terça-feira, 16 de outubro de 2018

Tementes a Deus? Para quê?

A bíblia diz que o temor a Deus é o início da sabedoria. As pessoas têm medo de Deus, o Deus castigador, as pessoas têm medo de que Deus se afaste delas, as pessoas têm medo de ofender a Deus, as pessoas têm medo de entristece-lo. Todos esses medos de uma certa maneira, possuem raiz no mesmo medo gerado no coração de Adão e Eva quando, desobedecendo a Deus, comeram do fruto proibido:

Gênesis 3,9-10 – “Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe: “Onde estás?” E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.” Como vemos este é o medo da consequência que estava por vir, por causa de alguma coisa errada que foi feita.

Dito e feito, Deus resolveu que a morte fosse integrada a natureza humana. Dali em diante, as coisas ainda iriam piorar, a mácula do pecado impôs ao ser humano uma avaliação que dura a vida inteira. Quem se sair bem e for aprovado, recebe de volta a condição perdida (viver sob a graça de Deus na eternidade); quem for reprovado “cai do cavalo” e além de não receber a condição inicial ainda tem como acréscimo a perdição no fogo eterno feito para o diabo.

Como vemos, existe sim a radicalidade divina. Aprendemos nos dois testamentos bíblicos que Deus é misericordioso, isso precisa ficar bem claro, pois, do contrário, a tentação de se achar que Deus, que não precisava ter-nos criado, já que criou, nos trata como seus brinquedinhos, onde quem seguir seus mandatos e regras irá viver em seu rebanho no céu, e como diz na bíblia, adorando-o e glorificando-o pelos séculos dos séculos. Ou alguém acha que o paraíso será como um parque de diversões? Muito pelo contrário.

Mesmo por aqui, neste vale de lágrimas, não estamos o tempo todo nos divertindo, não estamos o tempo todo fazendo sempre a mesma coisa. Distribuímos dentro do tempo que dispomos nossos afazeres conforme o grau de importância que damos para cada um.

Então, tementes a Deus sim, poderíamos dizer que é questão de vida ou morte. Posta a regra por ele, nossa parte consiste em segui-la. De nada adianta uma atitude contrária. Somos um nada, incapazes de qualquer autonomia. Basta um querer da parte dele e nossa vida se esvai como poeira ao vento. Podemos as vezes nos rebelarmos por conta de desejos e anseios que temos e que não coadunam com as máximas divinas. Se queremos ser salvos e santos, não há outra forma. É preciso reconhecer que ele nos tirou do nada, da não existência e agora nos propõe uma eternidade por conta do seu amor, que é exigente e nos compromete. Ou santos ou nada, se compreendemos seu projeto entendemos porque precisamos teme-lo: isso é uma atitude de resposta para aquele que nos amou primeiro. Alguém que gostamos não queremos magoar, assim deve ser com o Pai Eterno.


fonte: Jefferson Roger

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