sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Não faça pela metade

De Deus as pessoas querem tudo para ontem, tudo do bom e do melhor e querem por completo. Não admitem que exista da parte dele algo como a cobrança de impostos inventada pela humanidade. Fazem no entanto pouco caso e ofendem o altíssimo ao compara-lo com a natureza humana facilmente corrompida nos moldes do egoísmo.

Ora, é a história bem conhecida de todos. A lei vale para o outro enquanto exigências e cobranças e para mim enquanto privilégios e benefícios. Não podemos, se agirmos assim, esperarmos ser servidos por Jesus se não nos colocamos a servir, se não nos humilhamos para sermos exaltados. Se nosso comportamento não condiz com a realidade que o batismo nos trouxe de filhos de Deus, não devemos esperar a correção paterna que vem lá do céu? Por que achamos que deve ficar tudo bem conosco quando não agimos como nos pede o Pai Eterno? Esperamos dele que faça vista grossa e passe a mão em nossas cabeças como filhos mimados?
Nossos filhos quando repreendemos, castigamos e retiramos privilégios e conquistas ainda assim não deixamos de ama-los. Ninguém dá remédio para alguém com intenção de que não se cure, embora o remédio seja amargo. E fazemos assim porque não queremos agir pela metade com os filhos, com aqueles que mais gostamos. Por que então muitos agem pela metade, na política de salário mínimo, em relação ao “religare” (ligar-se a Deus), promovido pelo propósito da “religião”?

Não se trata de exagerar, mas de manter um equilíbrio e agir dentro do esperado pelo Cristo se quisermos receber frutuosamente as graças necessárias para nossa salvação. Ou fazemos algo por completo ou não, se não fazemos é porque deixamos pela metade, inacabado e sem essa completude não há como a vida em abundância acontecer. Quantos só rezam a oração do Pai Nosso quando vão na missa de preceito. E ai da missa demorar mais que uma hora, começam a agitar-se nos bancos da igreja, estão lá de corpo presente, mas com o coração em outro lugar. Há muito que nem se preparam para uma santa missa, diferente de alguns que ainda preservam o jejum eucarístico, a prática das orações antes da celebração e pós celebração.
Cito (felizmente e graças a Deus) um exemplo entre tantos, de pessoas que ainda se dedicam ao seu encontro com Deus de uma forma muito fervorosa. Trata-se da Paróquia São Tiago em Medjugorje, na Bosnia-Herzegovina, onde primeiro reza-se o terço a Nossa Senhora, depois canta-se a Ladainha dela, em seguida, após essa preparação, vem a santa missa, depois uma dezena de reparação e desagravo com dez orações do pai-nosso, ave-maria e glória, encerrando com uma hora de adoração ao santíssimo sacramento. Ninguém arreda o pé, as pessoas não querem separar-se de Jesus e sua mãe. Tudo fruto das práticas católicas que se praticadas constantemente (missa, confissão, comunhão, rosários e leituras da bíblia), irão colocar no coração das pessoas o verdadeiro sentido da felicidade em se viver neste mundo, em meio às suas tormentas, com uma paz no coração que só pode vir dos céus.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Atração Física Desordenada

O catecismo da Igreja Católica em seu número 2359 diz: “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”. Muito bem, caros leitores, vamos a outra pincelada nesta questão sempre em voga.

Os que defendem a bandeira do homossexualismo condenam a igreja de ser dura demais, exigente demais ao pedir que se viva a castidade. Dizem isso porque parece ser algo além das forças próprias, ou então, não se trata de querer uma facilitação em termos de possibilidade em se viver aquilo que se deseja? São pessoas com essa tendência profundamente enraizada (e, portanto, desordenada) que sustentam uma mudança na doutrina na Igreja de Jesus Cristo (Mateus 16,18).

Tudo isso porque hoje a humanidade vive sob três pilares: a imoralidade desenfreada, o materialismo e o ateísmo.

Com isso as pessoas vão se descristianizando porque, já dizia Jesus em João 3,20 – “todo o que pratica o mal, odeia a luz”. Existe algo maior que cega o ser humano do que a obstinação ao pecado? Vale recordar que o relativismo tem parte nisso, causando confusão nas pessoas. Elas misturam conceitos e confundem prazer com felicidade. O prazer não está relacionado à alma, a felicidade está intimamente ligada a ela. E a doutrina católica claramente nos ensina que a felicidade máxima consiste em conhecer e amar a Deus. Todo o restante deve subordinar-se a isso. Não é o que Jesus nos ensinou em Mateus 6,33?

Se agimos em contrário a isso, nós é que precisamos de mudança (de conversão), não a doutrina de Jesus transmitida pela Igreja. A religião não existe para atender interesse pagão. Ademais então é preciso esclarecer que, a “cura” para essa desordem passa pela difícil tarefa, que não se pode trilhar sozinha, precisa ser trilhada de mãos dadas com Jesus, em colocar a questão do sexo sempre compatível com a santidade. Se alguém quer seguir Jesus (Lucas 9,23), isso significa que o ato sexual só deve ser realizado dentro matrimônio.

Acrescenta-se ainda que a castidade pedida por Jesus através de sua igreja se estende a todas as pessoas, os namorados e noivos que praticam o sexo antes do matrimônio, o marido ou a mulher que trai o cônjuge, o jovem e adolescente que vive no mundo solitário da pornografia e todos aqueles que “passeiam” pelo viés distante da ortodoxia doutrinal católica, fazendo da natureza do aparelho reprodutor sexual ou parque de diversões. Doutrina essa tão atacada por motivos errados; insistem em seu abandono, considerando imperfeita para os moldes atuais e muito difícil de ser praticada, porém, nem sequer por muitos, tentaram pratica-la. Vale mais o que ensina o mundo ou a palavra de Deus? O preço dessa escolha nesse mundo é bem alto, ele vale nossa salvação eterna no outro.


fonte: Jefferson Roger
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O caminho das mudanças


O lhe para seu erro e aprenda

C om ele. A teimosia insiste em
A fastar a humildade que nos ajuda e
M uito a reconhecermos que é
I mpossível sem atitude concreta,
N enhuma sequer, acontecer
H oje, amanhã ou depois, uma alteração naquilo que precisa de
O utro olhar. A forma de olhar, de encarar a vida,

D eve sofrer o processo da mudança de
A titude. O querer não deve ficar
S omente em pensamento, o caminho das

M udanças exige e cobra de cada um,
U ma atitude atrás da outra. Não se pode nadar e
D epois morrer na praia; um esforço inútil como esse não
A lcança frutos permanentes. Se penso e quero, mas no fundo
N ão faço nada, me comporto como o
Ç que para os desatentos causa incertezas na hora de escrever.
A mudança exige esforço, dedicação, compromisso e seriedade.
S em uma mudança de vida dessa magnitude não alcançaremos a estatura de Cristo.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Conversão aos poucos ou totalmente?

A conversão pode ser compreendida em dois níveis. Se se trata da busca pela santidade, então é um caminho lento e gradual, que precisa ser trilhado todos os dias, com perseverança e o auxílio da graça de Deus. Somente almas eleitas já praticamente nascem nas mais altas moradas da perfeição cristã. Mas se por conversão se entende o abandono dos pecados mortais, neste caso, deve ser algo total e imediato.

O pecado mortal destrói a caridade na alma humana. Trata-se verdadeiramente de uma morte espiritual, que só pode ser remediada mediante o arrependimento, a Confissão e o firme propósito de nunca mais cometer esses crimes ou outros de igual gravidade. Não é possível viver na paz de Deus estando em pecado mortal, assim como não é possível viver meio morto, porque não existe semimorto: ou se está vivo, ou se está morto. Assim diz o Catecismo da Igreja em seu número 1856: “O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, torna necessária uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração que normalmente se realiza no quadro do sacramento da Reconciliação”.

Todo pecado mortal acontece quando, consciente e livremente, se ataca um dos Mandamentos. Na verdade, a pessoa substitui o Criador pela criatura (dinheiro, pessoas, jogos, sexo etc). A pessoa vira as costas para a fonte do seu ser, isto é, Aquele pelo qual ela existe. Daí a gravidade dessa ação e a sua consequente mortalidade. São João distingue duas espécies de pecados: os que levam à morte (mortais) e os que não levam à morte (veniais). “Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduza à morte, reze, e Deus lhe dará a vida; isto para aqueles que não pecam para a morte. Há pecado que é para morte; não digo que se reze por este” (1Jo 5,16-17). Embora não levem diretamente à morte, os pecados ditos “veniais” também ofendem a Deus, e pavimentam o caminho para a perdição.

Não resta dúvida de que o pecado mortal é algo abominável, com o qual nenhum cristão pode sobreviver. E não é preciso ser nenhum sábio para chegar a essa conclusão, pois Deus já nos revelou tudo. Basta a fé. O verdadeiro católico, portanto, deve acolher a Revelação como um todo, buscar sempre a necessária confissão dos seus pecados, tomando a firme resolução de nunca mais pecar. Por isso, uma conversão só acontece quando se tem a intenção genuína de se largar todos os pecados mortais.

A dificuldade que muitas pessoas encontram para se converterem deve-se à falta de propósito. Algumas fórmulas do ato de contrição fazem o desserviço de dizer que a pessoa “deve esforçar-se para não mais pecar”, como se já estivesse determinada a provável queda posterior. Mas nenhum marido diz à sua esposa: “Vou esforçar-me para não te trair outra vez”. De igual modo, como se pode dizer a Jesus: “Vou esforçar-me para não O crucificar outra vez”? Isso é blasfemo. Ou há o propósito de não mais pecar, nunca mais, ou não há conversão.

O arrependimento é um ato da vontade. Com a meditação das consequências do pecado, da paixão de Nosso Senhor, com muita oração etc., esse ato de vontade torna-se mais forte e decidido, de modo que a alma passa a detestar o mal, e ainda que volte a pecar, ela buscará o quanto antes a Confissão para retomar a vida outra vez. A determinação para as coisas de Deus é como um músculo que necessita de exercícios para ficar forte. E essa força só virá por meio da oração, da ascese e da fuga das ocasiões.

O importante é decidir-se pela vida da graça. Afinal de contas, Deus quer a nossa salvação.


Fonte: adaptado de padrepauloricardo.org
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Gostos e Compromissos

Há quem diga que vida de solteiro e vida de casado não se coadunam enquanto características próprias. De fato, parece que a voz do povo tem uma direção acertada nesta questão. Tanto é que a palavra que mais se houve dizer, relacionada ao êxito no matrimônio, é renúncia, tolerância e perdão.

Esforço, Compromisso, Dedicação e Seriedade devem fazer parte de uma conduta de quem passou a não viver mais sob o título de solteiro. Podemos acrescentar também o equilíbrio, que traz para dentro do lar a moderação, ponderação e afasta os exageros. Sem dúvida qualquer pessoa pode atestar o grau de mudança que suas vidas recebem quando mudam da água para o vinho (se casam); nem é preciso algum especialista para falar sobre isso porque cada um acaba por se tornar especialista no assunto.

No entanto, a falta de preparo e humildade, aliada à uma boa dose de egoísmo, transforma o projeto de Deus (Gênesis 2,24 – Mateus 19,5) num desastre tsunâmico, onde por estar construída sobre a areia, a casa se vai. Soluções baratas e imediatas só tampam o sol com a peneira. O bom mesmo é compreender a natureza da coisa para bem agir conforme a natureza da pessoa. Infelizmente o que mais se vê são pessoas que vivem juntas tentando resolverem os problemas a dois de forma independente. Isso resolve até certo ponto, onde o causador consegue enxergar seu erro e se corrige, não buscando soluções externas.

Problemas originados dentro do matrimônio devem ser resolvidos dentro dele. As pessoas esquecem que quando se casam já começam uma vida a três: Marido, Esposa e Deus. Estando ele a fazer parte da relação não existe necessidade de se buscar no mundo e seu príncipe (o diabo) as soluções.

Primeiro mandamento: amar a Deus sob todas as coisas com todo teu coração, alma e entendimento. Sendo assim, os problemas devem ser levados primeiro a ele. A solução sempre esteve tão perto de todos e muitos sempre ignoraram por tentarem resolver as coisas sozinhos (João 15,5). Não é possível.

Outrossim, não chega a ser totalmente verdade que os hábitos de solteiro são perdidos por completo; muita coisa permanece e vale observar que tudo que permaneceu conseguiu se manter porque é saudável. Cito exemplos próprios: com minha esposa desde 1995 e já com meus 47 anos e duas filhas, cultivo os seguintes hábitos de solteiro:

Leitura, prática de esporte (corrida a pé), catequese e videogame só para citar poucos exemplos. O que influencia na vida familiar? Nada! Casar e constituir família foi um propósito de vida, esposa e filhos (no meu caso, filhas) não são um fardo a se carregar. O que ocorre é um amadurecimento de valores, compromissos e responsabilidades, até porque, no dia do juízo final, não existirá alguém que compareça diante de Jesus e possa dizer que não foi avisado de como são as coisas. No tempo da graça (o tempo da igreja – Mateus 16,18), caminhamos e caminhando aprendemos a aprender que não podemos, se queremos ir ao céu, virarmos as costas para a palavra de Deus. A vida é um constante depositar e receber, obras e graças, o que se vai fazer com isso refletirá no resultado final (Apocalipse 22,12)


fonte: Jefferson Roger
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O que fala o povo

Numa pequena varredura pelos sites que tratam de reflexões sobre relacionamentos é possível colher depoimentos das mais diversas naturezas. Existe o pessoal que defende que o que é certo é o que se faz de errado, existe o pessoal que defende que o que se faz errado nunca será o certo e existem aqueles que procuram ficar em cima do muro conforme seja melhor para a própria situação.

O pano de fundo que vamos colocar aqui é a questão de duas pessoas que se acordaram em matrimônio lidarem com o cometimento da traição e adultério. Ressaltamos aqui que é uma transcrição colhida no site reginanavarro:

“Sou casado a 11 anos, casei muito novo aos 23 anos, uma vez me envolvi com uma garota na faculdade porque achei ela engraçada, carismática, vi algumas qualidades que minha esposa não tinha... certo dia sai para uma balada, dançamos, bebemos e acabamos em um motel e essa relação durou uns 6 meses até minha esposa descobrir... esse é o maior arrependimento da minha vida, ao me envolver com alguém que tinha atributos que minha esposa não tinha acabei por esquecer de todas as qualidades que minha esposa tinha e o motivo por eu ter me apaixonado e casado com ela... se quer minha opinião, se ama seu marido não faça isso.”

“Sou casado a quase três anos e passei por algo parecido, e acabei beijando outra mulher que não era minha esposa, só aconteceu uma vez, me arrependi e no final minha esposa acabou descobrindo e por pouco não joguei fora o meu casamento, e tudo isso por um momento que eu achava que queria, um conselho bíblico não meu, "foge da aparência do mal", não leve isso adiante só vai te trazer dor e sofrimento não só a você mas a todos ao seu redor, todos que acreditam em você, ao invés de se perguntar o que outra pessoal faria em seu lugar, você poderia se perguntar o que eu gostaria que meu marido fizesse se estivesse nessa situação! Creio que o diálogo e a quebra de rotina, uma viagem a dois, vai acender a chama pela qual fez você se casar com este homem. E lembre-se tudo que plantamos um dia colheremos, então vamos plantar felicidades! Boa sorte!”

“O íntimo do ser humano ninguém conhece, mas, uma coisa é certa, se não quer ter problemas não se iluda com a ilusão. Todos devem ter consciência de que no mundo há três tipos de pessoas, aquela que vê, sente o desejo e não pega, aquela que vê, sente desejo e pega porque não resiste e aquela que vê e nem desejo sente.”

“No começo é só alegria, ah, oh, uh... depois só choro e ranger de dentes. Não conheço ninguém que traiu e não tenha se arrependido. Um amigo meu que teve problemas no casamento dizia ao chegar na minha casa e me ver com a família: "O casamento vira uma rotina, mas ao perder essa rotina você daria tudo para tê-la de volta".”

“CASADO há mais de vinte anos, indo para TRINTA... SEIS FILHOS. Jamais pensei em outra mulher. Jamais trairia minha mulher. E sei que isso se passa com ela também. Casamento feliz não é para qualquer um. É para quem acredita que, ao se casar, os dois formam apenas UM. Pequenos conflitos, quando bem resolvidos, não se transformam em grandes tormentas. E quem trai seu parceiro ou sua parceira, trai a si mesmo. Isso não é sinal de ser independente, moderninho ou qualquer coisa que o valha: é falta de CARÁTER. UMA BOA DOSE DE VERGONHA NA CARA RESOLVE ISSO.”


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Olhe com atenção

Na bíblia encontramos na carta de Pedro que o diabo anda como um leão à espreita de uma presa para dar o bote. Essa presa, quanto mais suscetível for, o será por conta do seu grau de distração. É na distração intencional ou não que cometemos os nossos erros. Pronto, ops, quando vemos, por impulso ou não, fizemos a coisa errada. No entanto, nessa questão paira outro problema; tudo gera resíduo e algumas questões não podem ser desfeitas. Deus perdoa a culpa que o arrependimento de coração solicitou, o “fruto” do erro “precisa” ser reparado. Para isso todos sabemos que a penitência é uma das formas.

É como se diz, é sempre uma questão de escolha. Tantas vezes escolhemos o que queremos e não devemos, porque o que devemos escolher, não queremos. Ninguém gosta de tomar remédio ruim, porém, é bem este que trata e cura as doenças. Ouve-se dizer no dito que o remédio é sempre amargo. Pais que amam filhos sabem que certas medidas são para o bem das crianças; correção na educação, firmeza na transmissão de valores sadios, medidas de autoridade e respeito ajudam, embora crianças, jovens e adolescentes não compreendam profundamente a questão, na construção de um caráter idôneo e mais isento de defeitos perigosos.

Por isso, precisamos do olhar atento, físico e espiritual; a atenção que devemos dar a tudo precisa ser a maior possível. Nós temos o nosso dia a dia e somos muitas vezes culpados pela correria que ele tem, todavia, se assim o é, que os cuidados devidos sejam tomados. Com uma chance (uma vida) para salvar a única alma que temos, não devemos deixar a desatenção se misturar em situações vamos colocar assim, de vida ou morte (salvação ou condenação).

Vejam o exemplo da foto deste artigo. No centro da foto é possível vermos um clipe alojado dentro de uma peça chamada leitor de “blu-ray”. Até aqui tudo bem, porém, para olhares mais atentos, percebe-se que o leitor está inclinado e o clipe não cai, parecendo estar “colado” magneticamente, preso ou encaixado de alguma forma em alguma fresta. Pois bem, a título de ilustração, o clipe realmente está “colado” magneticamente numa peça que tem a função de pressionar o disco contra uma superfície para mantê-lo sempre à mesma distância do leitor ótico e livre de pequenas batidas e solavancos. Como se vê na foto, a solução do problema exigiu a completa abertura do console de videogame até o local do problema.

Em nossa vida real muitas coisas são assim, exigem medidas delicadas, bem pensadas e executadas para que juntas, fé e razão, contribuam para o sucesso da caminhada. Sem fé, a razão corre o risco de relativizar as coisas. Sem a razão a fé pode enfraquecer pelos impulsos. Assim como somos um composto de corpo e alma, fé e razão, vindas como dons de Deus precisam nos manter firmes, atentos, para vermos e enxergamos (compreendermos) as coisas de Deus.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A descrença

Acreditar em algo, alguma coisa ou alguém. Se colocarmos o prefixo de negação “des” na frente da palavra ela significará o oposto, desacreditar. Quando acreditamos em alguma coisa, temos por esta coisa o que chamamos de crença. Um conjunto de fatores reunidos nos fornecem uma maioria de motivos que nos levam a desenvolvermos essa crença. Um conjunto bem embasado e livre de refutações, oferece condições para que a crença não possa ser abalada. Afinal, foi através delas (as condições), que pudemos atestar e compreender que o verídico faz parte desse ato de crer.

Todavia, os seres humanos influenciáveis, permitem que o pacote fechado de crenças possa ser questionado. Já dizia o Padre Tomas de Kempis que uma alma que busca algo se torna inquieta enquanto não a alcança. Vemos que isso vale para as coisas ruins e boas; atesta esse fato Santo Agostinho.

E então, vale a reflexão: por que as pessoas deixam de acreditar em algo, alguém ou alguma coisa?

Existem vários motivos, nem se tem o intuito aqui de filosofar sobre muitos deles, porém, uma pitadinha essencial podemos dar. Normalmente um horizonte aponta para o fato de que não consiste mais em maioria o conjunto de motivos que nos levava a acreditar. Uma análise mais atenta aponta deveras, nessa direção. O que confunde em geral as pessoas é que não se percebe que algumas crenças não possuem muitos fatores que alimentem a questão.

Exemplo: dois namorados fazem juras de amor; um deles pega o outro, ou a outra traindo. A crença foi abalada no quesito confiança. Para voltar a acreditar é preciso antes voltar a confiar. Pois, se a desconfiança trocar de lugar com a confiança, a crença não acontecerá. Esse é o mecanismo, o funcionamento geral de muitas coisas.

Outrossim, no exemplo acima, aconteceu uma ação passiva do sujeito. No entanto, algumas vezes o sujeito promove a ação, ele por sua iniciativa corre atrás dos “porquês”, motivado por algum agente externo ou não. É a história que o ditado popular diz que está procurando sarna para se coçar, ou ainda procurando colocar chifre em cabeça de cavalo.

Numa frase que colhi de um sacerdote, dizia ele: o importante é sabermos o que é certo, frase esta que foi dita dentro do contexto de seguir o que Deus nos ensina e pede de cada um. Colocadas as coisas dessa maneira como consequência o resultado é apontado por Jesus. Ele nos disse que a casa pode ser construída sobre a rocha ou sobre a areia.


fonte: Jefferson Roger
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Pega leve

Com trinta e três anos de catequese já percorridos, uma coisa posso atestar com propriedade: quanto mais o tempo passa mais o diabo faz seu esforço para “transformar” o mundo num liquidificador. E basta um olhar mais atento e apurado para se concluir que ele tem obtido êxito. A radicalidade pedida por Jesus nos evangelhos sempre foi duramente combatida, já nos tempos em que ele se sujeitou a caminhar entre nós; a violência praticada contra aquilo que Deus quer de nós e aquilo que nós queremos (dele para nós e de nós) movimentou a humanidade em muitas direções, todas, adaptadas.

Seguir uma religião, defendendo-a com unhas e dentes, está sendo cada vez mais uma tarefa de proporções titânicas. Basta experimentar sairmos em defesa da fé, aquela fé descrita no capítulo onze da carta aos Hebreus que pronto, feita a discussão. Porém, se ainda fosse uma discussão entre rivais que pregam “verdades” diferentes (suas verdades), ainda poderíamos dar um desconto. O problema é que tantas vezes, as discussões acontecem dentro da farinha que está no mesmo saco. Onde já se viu?

Ademais, o fato, no entanto, está documentado nas santas palavras de Deus; Jesus disse que veio para trazer a discórdia dentro de casa e disse que seríamos perseguidos por causa do seu nome. É o que acontece sem dúvida alguma com aqueles que empunham a bandeira do evangelho. Eu já passei por isso, basta “apertar” um pouco mais nos encontros da catequese, nas conversas entre cristãos, artigos escritos que pronto: alguém sempre acaba esperneando; inclusive padres, que já disseram que eu tinha razão em ensinar o que estava ensinando, que estava correto, mas que é preciso “pegar leve” com o povo, porque eles não estão preparados para seguirem Jesus na proporção que ele nos pede. Ou ainda tive que ouvir que é melhor deixar que a misericórdia de Deus se encarregue dos fatos. Essa é boa hein! Jesus é misericordioso, mas também é justo juiz. A bíblia nos recorda que não devemos abusar da sua misericórdia (Eclesiástico 5).

Seja como for, quanto mais o tempo passa menos pessoas estão dispostas a trilharem o caminho oferecido. O ponto em questão é que, não devemos levar duas túnicas, duas sandálias... ou seja, nesse caminho devemos desapegar de tudo, porém, além do mundo pregar a sua doutrina, a doutrina do liquidificador e da batedeira, no seio da igreja (Mateus 16,18) do Redentor a conversa é a mesma. A direção da igreja, que buscou se tornar uma instituição de hierarquia aparente, pinta e borda pelo mundo afora confundindo a cabeça dos fiéis. Hora prega uma radicalidade, hora prega um relativismo, hora prega algo que nem pode ser denominado. Haja vista tantas pessoas se tornarem ateus.

Ainda bem que no fim das contas, como nos recorda Santa Teresa de Calcutá, tudo é entre nós e Deus. Por isso, seguir Jesus Cristo nunca vai deixar de ser o que de melhor podemos e devemos fazer (1ª Coríntios 11,1).


fonte: Jefferson Roger
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Depoimento de um Bispo

Nossa Senhora está presente aqui, como ela estava em Lourdes”. Estas são as palavras do monsenhor Michael Kennedy, o bispo australiano que gosta de visitar Medjugorje e descreve sua experiência da seguinte maneira:

“Tenho a sensação de algo grandioso e muito sério. Toda vez que venho, sinto algo mais e melhor. Tenho a certeza absoluta de que Nossa Senhora está presente aqui, como estava em Lourdes. A paz que é sentida aqui é difícil de encontrar em outro lugar na terra ”.

O monsenhor Kennedy ouvira falar de Medjugorje, do outro lado do mundo, e queria viver pessoalmente “a mensagem da paz, de onde se origina”.

“É necessário que, através do nosso exemplo, eles vejam o quanto a mensagem de paz nos fez. E neste ponto, quando vemos a mudança em nós, nem precisaremos falar ”.

Não há muitos Bispos que se reúnem em Medjugorje e que emitam seu testemunho devotado, porque muitos esperam que a Santa Sé se pronuncie antes de tudo. O monsenhor Kennedy, por outro lado, não precisa de confirmação, está firmemente convencido de que a Rainha da Paz fala na Bósnia e Herzegovina.

Ele diz: “Não tenho dúvidas. Se eu não acreditasse, não teria exposto minha posição. Embora a Igreja ainda não tenha reconhecido oficialmente essas aparições, elas são as mesmas de Lourdes e Fátima ”.

E quando ele retornar à sua terra natal, Monsenhor Kennedy poderá testemunhar que, após cada viagem a Medjugorje, sua convicção tornou-se cada vez mais profunda e voltando-se para todos poderá dizer: “Eu pediria a eles que permanecessem fiéis e se sentissem responsáveis pelo que acontece aqui. Tenha em mente quem vem esta guerra, porque há muitos que não acreditam nisso … É necessário rezar pelos jovens que vão à guerra. A verdade e a justiça vencerão porque o tempo está do seu lado. Deus trará paz e bem-estar a toda a sua terra ”.

E este, caros leitores, é mais um depoimento colhido dentro das fileiras eclesiais. Enquanto o argentino Francisco procura agradar a dois senhores, desprezando a conduta de Nossa Senhora em Medjugorje, que é a mesma de Fátima, aqueles que abrem seu coração, até com uma dose na veia de São Tomé, querem ver para crer, terminam por fazer a experiência dita por Jesus, onde aos pequeninos são reveladas as coisas do Pai. O bom disso tudo, no final das contas é que, como disse o Cristo, a verdade colocará tudo às claras.


fonte: Gabriel Paulino e Jefferson Roger
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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O que Cristo ensina ou o que a Igreja ensina?

Começo o artigo apontando para uma frase dita por Nossa Senhora em suas aparições, em resposta à indagação a respeito do porquê das aparições. Primeiro, ela diz que Deus Pai permite as aparições para que os homens sejam lembrados daquilo que deixaram de seguir, de fazer e de acreditar. Segundo: ela diz que seu filho Jesus nos deixou tudo que precisamos para nos salvar, nos evangelhos. Como não lemos, seguimos e não vivemos o evangelho, as aparições se tornaram necessárias por constituírem-se um modo de lembrar a humanidade a respeito desta verdade.

Colocado isso de forma muito clara pela mãe de Deus e nossa mãe, fica muito fácil de se compreender porque tantas coisas não andam bem na relação homem-Deus-religião. Como religião consiste em ligar-se novamente a Deus e Jesus veio para eliminar o muro que o pecado de Adão e Eva ergueu sob a investida da serpente para a desgraça da humanidade, percebe-se o cabo de guerra que coloca o homem no meio da situação é o responsável por tanta baderna.

A Igreja, una, santa, católica e apostólica tem a garantia de Jesus (Mateus 16,18) de que não perderá sua essência e teor frente as portas do inferno. Será sacudida, abalada, atacada, ofendida, desestruturada, ameaçada, maculada e outras formas mais de investidas receberá, porém, veio para ficar, quem a criou e a conduz tem o domínio da situação. No entanto, ainda resta a dúvida de muitos: por que essa bagunça toda?

Quem respondeu a isso foi Paulo VI, quando disse que a fumaça de Satanás havia invadido a Igreja. Concordo plenamente. O mal nesse mundo está bem organizado e não podemos ser ingênuos. Precisamos então não fugirmos da trilha (dos ensinamentos de Jesus contidos em seu evangelho). O que procede depois disso, quem vem para ajudar o esclarecimento do que o Cristo nos ensinou, é frutuoso; agora, o que vem para modernizar, adaptar, reconfigurar, relativizar e por aí vai, a autenticidade da santa palavra do Verbo Encarnado, devemos desconsiderar.

Infelizmente às vezes é o que acontece no corpo da Igreja destinado a evangelização. Se alguém quer transmitir os verdadeiros e duros ensinamentos de Jesus, logo o pessoal politicamente correto e da vertente ecumenista, além dos enraizados na doutrina manchada da igreja se apresentam para saírem em defesa do relativismo e da tolerância exacerbada. Acontecia em tempos bíblicos, acontece e ainda acontecerá. Isso se resolve de maneira muito simples, é uma questão de escolha: ficamos do lado da Igreja? Do lado de Jesus? Ou em cima do muro, querendo agradar a dois senhores?


fonte: Jefferson Roger
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domingo, 18 de novembro de 2018

Idolatria descarada

Não bastassem todas as ofensas diárias que existem no mundo nas mais diversas formas de idolatria, cujo empenho básico é colocar algo ou alguém no lugar de Deus, este artigo trás à tona mais um episódio que visa colocar as pessoas ainda mais afastadas dele, incentivando diferentes formas de interações entre as pessoas que não possuem uma ligação com o Pai Eterno.

Ademais, todo católico que se preze recorda-se facilmente que Maria Santíssima disse em suas aparições que muitas modas surgiriam para ofender Jesus. Pois bem, eis aqui mais uma.

Trata-se do site illuminidol.com, de uma empresa situada na cidade de Austin, estado do Texas, que descaradamente em sua página principal apresenta o tema: Idolatria do século XXI. No que consiste; consiste em comprar uma vela de oração, como as velas católicas de sete dias, personalizadas com figuras populares, celebridades e pessoas da mídia. E detalhe, nas descrições da empresa não existe pudor algum em dizer que existe teor de sátira em relação ao que se está promovendo, basta uma simples leitura pelo site para comprovação dos fatos.

E na bíblia lemos: “não abuse da misericórdia de Deus, de Deus não se brinca, de Deus não se zomba, o que o homem plantar, isso colherá´”. Infelizmente, muito mais para quem pratica do que para quem é ofendido, a gravidade desse resultado um dia chegará. São pessoas que colocam toda sua crença no mundo e na ciência e desprezou o seu criador. Deus não se agrada com isso, porém, através de seu amor nos concedeu a liberdade e se entristece quando é renegado. Todavia, lemos nas escrituras que mesmo em tempos da igreja, tempos de graça, ele que não deu licença para ninguém para cometer o mal, entrega todos às suas paixões (Romanos 1-28-32).

Sempre digo por aqui, é a história do leite derramado. No fim deste curso, o tempo dá lugar à eternidade e o juízo final marca o novo rumo de uma alma, que é eterno.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 13 de novembro de 2018

É questão de prioridade

Todo mundo sabe, se pararmos para analisar nossa relação com o tempo, iremos perceber que interagimos com ele conforme nossas definições de importância. Eis aí um grande porém, muitas coisas são importantes e não damos a devida atenção; outras não são e ganham mais atenção de nossa parte. Estamos sempre gerenciando nosso recurso de vinte e quatro horas. Sempre corremos o risco nas relações interpessoais de protegermos nossos interesses cedendo muito pouco ou quase nada aos interesses alheios. Quanto maior o envolvimento mais necessário é o empenho que se deve fazer para que tudo saia bem.

Detalhe, tudo sair bem significa muitas vezes tudo sair como quero. Muitos são assim, querem tudo para si e todos os direitos, mas os deveres, meio termo, tolerância e consideração pelos mesmos direitos do outro são colocados à margem. Forçam-se situações onde o desrespeito acontece e os embates acalorados são uma constante ameaça.

Acatar? Nem sempre. Ceder? Depende. Pessoas não são objetos e a grande dica de Jesus é “faça ao outro o que queres que te façam”.

Quer ser bem tratado? Quer receber ajuda? Quer ser auxiliado? Quer ser agradado? Quer ser amado?

Trate bem, ajude, auxilie, agrade e ame.

Não é possível querer colher o que não se plantou. E o que se plantou dará seu devido fruto. Se o plantio não foi adequado, outra dica de Jesus, coloca-se o machado ao pé da raiz.

Como não podemos voltar atrás, podemos recomeçar. Podemos abandonar o caminho atual e entrar no caminho correto. Ao final de nossa jornada, quando estivermos diante de Jesus no dia do juízo, receberemos aquilo que plantamos. Não é motivo para desespero, podemos lembrar da parábola que Jesus contou da vinha. De tempos em tempos os trabalhadores foram chamados, uns trabalharam mais que outros, mas todos receberam o combinado.

Jesus, como diz Santa Catarina de Sena, não costuma pagar mal sua hospedagem, diante dele estaremos nus, descobertos pela verdade, com as mãos à mostra apresentando as obras de nossa vida inteira. Deus nos quer no céu e como é justo vai nos recompensar, ele vê os corações e conhece as intenções. Não devemos nos afastar dele enquanto temos opção porque depois, quando o tempo der lugar à eternidade não poderemos mais nem escolher, nem nos arrepender, apenas receber a sentença da glória eterna ou condenação.


fonte: Jefferson Roger
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A visão externa

Transcrevo um trecho de uma entrevista que a jornalista marroquina Lamia Oualalou concedeu para uma revista, a qual tratava de diversos temas relacionados com política e religião. Seguem alguns trechos da entrevista retirada do site paulopes:

“Pouco a pouco a Igreja Católica foi desaparecendo dos lugares mais populares, sobretudo das novas cidades e favelas que foram criadas em uma velocidade enorme, após os anos 70. A Igreja Católica tem aqui um problema de presença urbana: nas favelas e cidades emergentes, a Igreja Católica não entra. Nesse mundo suburbano, pobre, com gente oriunda por exemplo do Nordeste, não há lugares de socialização. A única coisa que existe é o templo evangélico, onde podem cantar, fazer amigos, deixar seus filhos. Não estão presentes o Estado com seus auxílios (saúde, trabalho, educação), nem a Igreja Católica, mas, sim, os evangélicos que costumam prestar alguns desses serviços. Os evangélicos, no Brasil, ocuparam o espaço do Estado com o consecutivo impacto cultural e político que isso acarreta. Eles pregam a lógica da teologia da prosperidade, que é fascinante porque diz ao membro da Igreja que, basicamente, tem direito a tudo: à saúde, a uma boa vida material. E isso agora mesmo e não na próxima vida! E se não já não tem isso é porque não sabe exigir. Isto implica uma mudança no que diz respeito à relação com Deus: Deus tem que te dar isso e você só precisa saber pedir. E para pedir a ele, você deve fazer parte do grupo evangélico, pagar e rezar. E, ao final, de alguma forma funciona: quando os evangélicos dizem “deixa de beber e você vai e encontra um trabalho”, as pessoas acabam trabalhando mais e melhor sem estarem bêbadas. Por isso, as pessoas acabam vendo que há um impacto positivo em suas vidas, ainda que aquilo que obtenham seja mínimo. De fato, porém, não há uma Igreja evangélica, mas muitas. Seu único ponto em comum é a forte personalidade dos pastores. Os evangélicos têm uma visão de marketing sobre a sociedade. Fazem uma Igreja que interessa as pessoas que jogam futebol, outra Igreja para os gays porque estão excluídos, outra Igreja mais rigorosa e uma mais permissiva. Isto acaba tendo uma força incrível porque você sempre acaba encontrando uma Igreja do seu gosto.”

Como vemos, caros leitores, a realidade é esta, enquanto o Papa Francisco faz uma besteira atrás da outra no comando da igreja católica, outras denominações, não menos autênticas quanto ao descuido religioso, arrebanham como podem as pessoas “marquetilizando “ a palavra de Deus. Pobres dos fiéis, não conseguem atingir a magnitude do que lhes é oferecido. O céu é gratuito e a fé não se mede pelo aspecto financeiro. A realidade dura de se compreender que a religião tem propósitos que alcançam prioritariamente a vida eterna esbarra nas fraquezas humanas que vivem sedentas por menos sofrimentos e dificuldades aqui na terra.

Uma coisa é certa, precisamos nos agarrar em Jesus e sua mãe, Maria Santíssima, não arredarmos o pé da trilha. Não vamos ser salvos pelo que os outros disserem e sim pelo que Jesus nos disse e nos diz todos os dias. Se antes Deus se comunicava com seu povo pelos profetas e seus anjos mensageiros, agora é o próprio Cristo quem nos ensina; ele, que nos enviou o Espírito Santo para recordar tudo e ensinar o restante.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Ensinando com bom humor

Aproximar-se dos jovens sempre foi para o público adulto uma tarefa um tanto complicada. Até parece que os adultos de hoje esqueceram que foram os adolescentes de ontem. Essa época de descobertas pelas quais a juventude passa costuma efervescer ânimos e relações interpessoais. Não deixam de gostar dos pais, mas sentem um ímpeto para caminhar pelas próprias pernas e abraçarem mais em suas vidas um maior grau de autonomia.

Ademais, voltando agora o assunto para o âmbito da catequese, transmitir saberes de origens celestes para esse público sempre foi e será um grande exercício de flexibilidade. Sobretudo quando se reúnem grupos de abrangência etária bem variada. Como tratar de temas necessários e sérios para a caminhada das pessoas (no caso aqui os jovens) sem promover o tédio, desdém, falta de interesse e atenção?

Várias técnicas existem, algumas funcionam melhor que outras, dependendo da situação; o que significa dizer que quem transmite precisa conhecer metodologias e se adaptar à situação. Tornar o assunto interessante já é um grande passo. Outro passo é manter a atenção intercalando entre os tópicos, histórias. Isso estimula a vontade de se saber como aquela história vai acabar. E foi com essa estratégia que neste mês, por ocasião do feriado de finados, que todas as turmas da catequese da paróquia São Rafael em Curitiba-PR, reuniram-se para assistirem uma apresentação teatral que contava a história da Vovó Filó e seu netinho Fred.

Com boa dose de bom humor, o tema da morte e sua relação com as práticas católicas foram explicados aos jovens que foram divididos em duas turmas por conta da quantidade de pessoas. Dentro da formação com teor bíblico e catequético, a seriedade do assunto foi aliviada, sem perder o contexto, através dessa contação de história realizada-interpretada pelo catequista Jefferson.



fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Se Deus quiser

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caros leitores, a expressão graças a Deus e se Deus quiser, algumas vezes são utilizadas em vão, de forma intencional ou não. Um olhar menos apurado sobre a questão pode ocasionar na desobediência, no mínimo, ao segundo mandamento da lei de Deus. A expressão graças a Deus até sofre menos percalços, porém, a segunda expressão já complica um pouco mais a vida do cristão. O sujeito vai dizendo que se Deus quiser ele irá fazer isso, se Deus quiser ele irá fazer aquilo, se Deus quiser ele irá fazer aquele outro. Não para e reflete que está transferindo a consciência humana para a cabeça do criador. Vou explicar com um pequeno exemplo. A pessoa anuncia que domingo vai na missa, se Deus quiser. De fato, ela se programa e no dia marcado vai, cumprindo o preceito dominical do terceiro mandamento, cuja falta consiste em pecado grave.

Em outra ocasião simplesmente não vai e não existe nenhum impedimento que desabone por ser impossível ir à santa missa. E então, como fica Deus? No domingo seguinte ele não quis que se fosse à missa? Comportamentos assim denotam uma banalização do pecado e um costume de agir em desacordo com Deus, rompendo com ele e se excluindo das graças santificantes. Vale recordar também, que as missas transmitidas pela televisão não substituem a participação de corpo presente numa celebração. Assistir a uma missa na tv é um ato devocional, não se cumpre preceito algum e ela não substitui a participação na igreja. Repito, só tem validade se para a pessoa é impossível ir na igreja, como os doentes acamados que mal podem ir banheiro, aqueles internados, os entubados, os gravemente enfermos. Não ir na missa porque está frio, chovendo, preguiça, dor no corpo (que não impossibilitam caminhar), gripe, resfriado e por aí vai, são, muito pelo contrário, motivação para o encontro com Deus e Jesus Eucarístico. Todavia, ainda assim, existem aqueles que argumentam dizendo que existem pecados muito piores, coisas muito mais graves que outras pessoas cometem.

Outro pensamento errado, Jesus disse que existem pecados maiores e menores. São Tiago vai nos recordar que quem transgride um item da lei, transgride toda a lei. Termos de comparação, se mal utilizados, nada mais fazem que promover a ruína. É fácil se achar "santinho" se nos compararmos com os assassinos, estupradores, pedófilos e assaltantes. Agora, se nos compararmos com Padre Pio, Padre Gabriele Amorth, Santa Catarina de Sena e Nossa Senhora, aí a coisa muda completamente de figura. Desta forma aquilo que julgávamos não ser pecado, muito pelo contrário é uma enorme ofensa contra Deus, pecado gravíssimo. Eis uma das grandes conquistas do diabo, fazer com que as pessoas se acostumem a pecar, conviver com o pecado, banaliza-lo, mudar seu conceito e transforma-lo numa alternativa viável. Tudo fica relativizado em prol de interesses pessoais. Ninguém fala: se Deus quiser este ano irei rezar mais, me confessar mais, ler mais a bíblia, tratar melhor o próximo, suportar todas as ofensas e fraquezas do próximo por amor a Deus e lista continua.

Que esquisito! Deus não quer tudo isso e muito mais? Pois bem, assim são as coisas e assim é o comportamento que cada um escolhe perante o que está posto. Outras vezes o problema não está em Deus querer, está em nós merecermos. Muitos se não comportam como filhos de Deus, mas querem dele o bom e o melhor. Os pais aqui na terra não tratam seus filhos com um grau de correção que muitas vezes impõem castigos, repreensões, privações e outras medidas e ainda assim deixam de ama-lo? Evidente que não. Então porque pensam que Deus agiria de outra forma se a natureza humana busca (aqueles que querem chegar ao céu) imitar a natureza divina?

Fonte: Jefferson Roger

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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Maus catequistas

As pessoas que me conhecem um pouco em relação à minha vida em comunidade paroquial, que já puderam assistir algumas das formações que ministrei ao longo desses pouco mais de trinta e três anos de catequese, já me ouviram dizer, e até já devem ter lido meu artigo com o título de "Catequista não tira férias", também transcrito para um de meus livros. É como a teimosia do besouro, que voa de teimoso, não flui pelos ares como um beija-flor, ou uma ave predadora de rapina. Assim são os maus catequistas, pensam que ser catequista é empurrar essa atividade pautada na boa vontade, que muitas vezes se revela uma vontade meio manca.

Se o sonho de ser um professor não aconteceu, ser catequista não é uma forma de resolver a questão. Dar catequese é uma coisa, dar aulas é outra completamente diferente; e ainda assim existem maus professores. Vamos melhorar? Ainda assim existem maus profissionais em muitas áreas, se não o for em todas. Seja como for, fala-se que ser catequista é uma vocação. Se é assim, podemos deduzir que muitos não sabem o que é vocação, confundem com desejo e vontade, nem sabem também o que é anseio, pois, se soubessem, talvez não agissem como agem quando são maus catequistas.

A questão da vocação tem que estar presente porque senão abandona-se o barco pelos motivos errados. O vocacionado afasta-se temporariamente e suas razões ficam no campo da sensatez. Já o besouro bate contra a parede, fica de casco para o ar e coloca a culpa na parede. A catequese é muito bem remunerada, sim, é isso mesmo que você leu caro leitor. Quem paga é ninguém menos do que o altíssimo. Nem por isso ou melhor, justamente por isso, não deve ser feito de qualquer jeito o ato de dar catequese.

Também, assim como a muitos, já me foi dito que tenho que estudar se quiser dar catequese. Não me preocupei com isso porque, deixando a modéstia de lado, bem de lado, porém, conservando a humildade, estudar e aprender (ler, ver, ouvir e colocar em prática) é algo que está em minha natureza de nascença. Seja qual for os motivos que levam as pessoas a exortarem algo assim, devemos ainda ouvir, nos policiar e ficarmos sempre alertas. Agir assim devemos porque tudo aquilo que não se cuida, atrofia, definha, padece e morre. Deixemos a saúde de lado para ver no que vai dar. Negligenciemos o sono para ver no que vai dar. Tudo que se decide fazer, depois é cobrado e a fatura apresentada não vem com desconto algum.

Ouve-se desde a época de Jesus que a messe é grande e os operários são poucos e pelo jeito sempre serão. O problema nem chega a ser isso, mas sim, na qualidade dos que existem. Jesus já prevendo essa situação deixou bem claro que devemos imita-lo, porque dessa forma a estatura dos cristãos (entre eles os catequistas) seriam de alta patente, realmente dignos do Cordeiro poder vistar a chegada no dia do juízo e dizer: Aí vem vindo um verdadeiro cristão.

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A catequese em 5D


fonte: Jefferson Roger
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Adolescentes dispersos

A fase da vida de muitas transformações e formação de identidade, com algumas crises aqui e ali, a adolescência, além de todas as transformações muito bem sabidas por todos, mas as vezes parece que não sabida pelos próprios, traz também algumas peculiaridades que envolvem a esfera espiritual, ou pelo menos a afeta.

Num tempo em que o jovem quer experimentar muito do mundo e pouco do resto, não percebe a gravidade dessa prioridade concebida. Ele quer isso, quer aquilo, quer aquele outro; a vida oferece muita coisa e tempo, que é item escasso e muito valioso, não pode ser desperdiçado com o resto.

O problema entra aí, no resto é colocado ninguém menos do que Deus. O jovem não vê uma necessidade para esta comunhão com seu criador com fins para obter aquilo que precisa. Deus fica relacionado com outros assuntos e assim o primeiro mandamento de sua lei é guardado no fundo do baú. Vamos ser honestos? Nem só jovens agem assim, quantas pessoas agem da mesma forma. Quando eu me aposentar, ficar mais velho, com mais tempo na vida, me ocupo com a questão da salvação de minha alma ou quem sabe da alma daqueles que gosto.

Problema dos problemas, quer dizer com esse pensamento que não vai se ocupar nunca com isso. Mas, o bom Deus (nas palavras de Jesus) se encarrega de tudo e se não se aproximar dele por amor, diz o ditado, que se aproximará pela dor. Ainda assim alguns não enxergam a diferença uma vez que a dor é filha do amor. Mesmo aproximando-se dele pela via do amor, o caminho apresenta muitas dificuldades e tribulações; estamos sempre repletos na jornada de fardos que valorizam nossa estatura de santidade.

Dispersar o pensamento pelo campo das ofertas mundanas não tem como render dividendos promissores, a “moeda de troca” criada pelo Pai Eterno não aceita um câmbio dessa natureza. Assim como na escola, no trabalho ou em qualquer atividade de muita importância nos focamos para ter êxito, da mesma forma, nossa batalha espiritual não pode acontecer no meio da dispersão, da distração, depois é a história já conhecida do leite derramado. Seja em que fase da vida for, quanto antes vivermos o equilíbrio que nos permite alegrarmos ao senhor sem desviarmos do seu caminho antes vamos compreender que a via do amor, que passa pela cruz, não deixa de recompensar ninguém que abriu mão de pequenos prazeres terrenos em busca da felicidade eterna.


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Santinhos ou Certinhos?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Está se achando o santinho! Não adianta, ele é todo certinho! Estas entre outras frases perambulam por aí, vagando de discussões em discussões. Algumas vezes utilizadas para tentar expressar uma espécie de elogio; outras vezes utilizadas para caracterizar um pensamento ofensivo. Seja como for, qual seria o pano de fundo que leva alguém a utilizar tais expressões? Já diziam os sacerdotes que a soberba promove a sensação na pessoa de achar que ela já é santa. Popularmente é o santinho ou santinha, uma tentativa de separar aqueles que foram colocados sob a honra dos altares: os santos portentosos. Ninguém vai chamar Santa Catarina de Senna ou Santa Gema de santinhas, tampouco chamar São João Maria Vianney ou São Pio de Pietrelcina de santinhos. Existe uma diferença enorme e abismal entre nós e eles. Todos chamados à santidade, porém, eles viveram a radicalidade do evangelho.

Nós, não. No entanto, alegra-nos saber que o caminho pelo qual eles passaram é o mesmo que devemos trilhar. Não existiu um facilitador para eles que contribuísse para a formação da santidade. A justiça divina se encarregou e se encarrega disso. E então, por que usar os diminutivos? Tirando o aspecto das ofensas poderíamos correr o risco de interpretar como algo bom. Mas não conseguimos dizer de alguém, com bons olhos, que ele é um santinho, nos parece que isso não soa bem. Dizer que alguém procura fazer tudo certinho ou que procura agir certinho na vida não causa estranheza ao ouvido e ao pensamento. Parece não causar estranheza porque fazer ou agir “certinho” significa fazer ou agir como deve ser, como manda o figurino, numa expressão que também se ouve por aí.

Como estamos percebendo, quando agimos corretamente (certinho) caminhamos no rumo da santidade (para sermos santos); nossas fraquezas e quedas insistem em nos manter apegados ainda em alguma coisa ou alguém (não conseguindo deixarmos de ser santinhos). Como disse Jesus, entre nós não deve ser assim. Não devemos pensar pequeno e nos contentarmos em entrar no céu “raspando”, escapando da condenação por pouco. Sobre Santa Tereza d’Ávila, abadessa de um mosteiro, autora do livro (que recomendo) Castelo Interior - As Sete Moradas, conta-se que após sua morte, quando uma das freiras do convento em que viveu estava recolhida em oração, eis que surge para ela, por permissão divina, a visão de sua superiora, que veio para recomendar mais uma vez que suas dirigidas em vida, se esforçassem mais para alcançar a glória dos céus, e ainda completou dizendo: que se lhe fosse possível retornar para a terra ela procuraria passar por quantos sofrimentos mais fosse possível para alcançar no céu um maior grau de glória. Recado dado, é hora de deixarmos a política de salário mínimo de lado, para trás, e começarmos, se ainda não começamos, a vivermos nos moldes do Cristo, da Virgem Maria e dos santos. fonte: Jefferson Roger

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