Há quem diga que vida de solteiro e vida de casado não se coadunam enquanto características próprias. De fato, parece que a voz do povo tem uma direção acertada nesta questão. Tanto é que a palavra que mais se houve dizer, relacionada ao êxito no matrimônio, é renúncia, tolerância e perdão. Esforço, Compromisso, Dedicação e Seriedade devem fazer parte de uma conduta de quem passou a não viver mais sob o título de solteiro. Podemos acrescentar também o equilíbrio, que traz para dentro do lar a moderação, ponderação e afasta os exageros. Sem dúvida qualquer pessoa pode atestar o grau de mudança que suas vidas recebem quando mudam da água para o vinho (se casam); nem é preciso algum especialista para falar sobre isso porque cada um acaba por se tornar especialista no assunto. No entanto, a falta de preparo e humildade, aliada à uma boa dose de egoísmo, transforma o projeto de Deus (Gênesis 2,24 – Mateus 19,5) num desastre tsunâmico, onde por estar construída sobre a areia, a casa se vai. Soluções baratas e imediatas só tampam o sol com a peneira. O bom mesmo é compreender a natureza da coisa para bem agir conforme a natureza da pessoa. Infelizmente o que mais se vê são pessoas que vivem juntas tentando resolverem os problemas a dois de forma independente. Isso resolve até certo ponto, onde o causador consegue enxergar seu erro e se corrige, não buscando soluções externas. Problemas originados dentro do matrimônio devem ser resolvidos dentro dele. As pessoas esquecem que quando se casam já começam uma vida a três: Marido, Esposa e Deus. Estando ele a fazer parte da relação não existe necessidade de se buscar no mundo e seu príncipe (o diabo) as soluções. Primeiro mandamento: amar a Deus sob todas as coisas com todo teu coração, alma e entendimento. Sendo assim, os problemas devem ser levados primeiro a ele. A solução sempre esteve tão perto de todos e muitos sempre ignoraram por tentarem resolver as coisas sozinhos (João 15,5). Não é possível. Outrossim, não chega a ser totalmente verdade que os hábitos de solteiro são perdidos por completo; muita coisa permanece e vale observar que tudo que permaneceu conseguiu se manter porque é saudável. Cito exemplos próprios: com minha esposa desde 1995 e já com meus 47 anos e duas filhas, cultivo os seguintes hábitos de solteiro: Leitura, prática de esporte (corrida a pé), catequese e videogame só para citar poucos exemplos. O que influencia na vida familiar? Nada! Casar e constituir família foi um propósito de vida, esposa e filhos (no meu caso, filhas) não são um fardo a se carregar. O que ocorre é um amadurecimento de valores, compromissos e responsabilidades, até porque, no dia do juízo final, não existirá alguém que compareça diante de Jesus e possa dizer que não foi avisado de como são as coisas. No tempo da graça (o tempo da igreja – Mateus 16,18), caminhamos e caminhando aprendemos a aprender que não podemos, se queremos ir ao céu, virarmos as costas para a palavra de Deus. A vida é um constante depositar e receber, obras e graças, o que se vai fazer com isso refletirá no resultado final (Apocalipse 22,12) fonte: Jefferson Roger
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