quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Aliança quebrada

Quando se vai fazer um bolo, normalmente na lista de ingredientes existem aqueles que comumente se tem em casa, como leite, ovos, açúcar e trigo e outros que não são com frequência encontrados. Todavia, se aparece aquela vontade de meio de tarde para se fazer um bolo num final de semana para enriquecer a mesa no lanche ou simplesmente porque queremos oferecer algo mais para uma visita que chegou, existe uma solução muito simples que costumeiramente se faz:

Um dos ingredientes pode ser suprimido que não irá impactar no resultado final e sabor do bolo. Se a receita vai quatro ovos, mas só temos três, tudo bem, se não tem “maisena” em casa, tudo bem, se falta a essência de baunilha ou não tem margarina, substituímos por óleo de soja, por exemplo. Ainda assim, todos sabemos que o bolo irá ficar bom, muito próximo da originalidade pedida pela receita. No entanto, se faltar em casa açúcar, trigo ou fermento, a coisa muda de figura. Já não é possível fazermos o bolo.

Nos relacionamentos as coisas funcionam da mesma forma. Algumas coisas não podem faltar, outras podem diminuir um pouco, mas não faltar. Também o excesso é prejudicial, vai experimentar colocar cinco xícaras de trigo numa receita de bolo que pede três xícaras para um copo de leite e uma colher de sopa de fermento em pó químico! Seu bolo já era. Porém, se ainda assim insistirmos em fazer isso e colocar o bolo para assar com essa deficiência no preparo, com certeza irá batumar, ficar pesado e insosso, sem sabor. Como vemos, certas coisas não podem faltar na relação. Também podemos usar a analogia dos encanamentos. Se a tubulação de uma residência não sofrer manutenções periódicas corre o risco de entupimento, deterioração e o gasto do conserto é mais caro do que a prevenção.

Uma vez que a casa mal construída desabou, o que sobra são entulhos e a tristeza de poder ter feito certo aquilo que se evitou por causa da pouca importância que se deu. Restaurar um relacionamento em frangalhos é como reconstruir uma casa desabada. Dá muito trabalho. O ditado popular diz que é melhor prevenir. Por isso, quando as bifurcações da vida aparecem e escolhemos ir pelo declive, o quanto antes precisamos retornar, pois, quanto mais tempo demorarmos para fazermos essa conversão mais difícil será, mais temos que subir até encontrarmos de volta a bifurcação e tomarmos o caminho correto.

Não sigamos sós, não necessitamos disso; Jesus nos garantiu sua mão estendida (João 15,5) até o fim dos tempos. Tentar sozinho significa dizer a si mesmo que quer tentar do seu jeito, um jeito que muitas vezes não coaduna com o jeito de Deus.


fonte: Jefferson Roger

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