Trata-se de uma frase de São João Crisóstomo proferida pelo santo em uma de suas homilias, pois trata-se (mais uma vez comentando aqui neste site) de uma questão de escolha. Nossa atitude traz a consequência dos cuidados divinos. Isso não é novidade para o cristão que lê a bíblia e aprendeu que Jesus disse que pelas escolhas já recebemos por aqui a nossa recompensa. Também se aprende na carta aos Romanos que Deus entrega cada um as suas escolhas. Desta forma podemos entender porque como ovelhas vencemos e como lobos não. Ora, Jesus é o bom pastor, aquele que cuida das ovelhas e elas o conhecem pela voz. Basta uma passadinha no evangelho de São João para um rápido avivamento de memória. Pastor apascenta ovelhas e não lobos, se escolhemos não dar ocasião para Jesus mostrar o seu poder em nossas vidas, seremos deixados e abandonados por culpa própria. Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos – disse Jesus. Não é uma baita sacanagem? Mas o porquê disso é compreensível; se não houvesse mal algum em vista que nos obrigasse sujeitarmos ao lobo como ovelhas, correríamos o risco de nos tornarmos mais terríveis do que leões pois, ademais, lemos em Coríntios que “basta-te a minha graça, pois a força se realiza na fraqueza”. E para a completude desse mandato, ainda quis o bom Deus incluir a isso a prudência, tal qual a serpente e a simplicidade tal qual a pomba. Por que? Para que não viéssemos a pensar que poderíamos conseguir algo por nós mesmos, demonstrando que nem tudo vem da graça, julgando dessa forma sermos coroados por méritos próprios. Por conseguinte, quis Jesus unir as duas coisas (prudência e simplicidade). Vejamos: A serpente em sua prudência se expõe em tudo, mas sempre está a defender sua cabeça. Por isso a prudência para nós, para que se nos expusermos a tudo, resguardemos nossa fé (a cabeça). Já a simplicidade que se pede é para que não nos vinguemos pelo mal que nos é causado. Sem a simplicidade de nada adianta a prudência. Desta forma, como ovelhas, prudentes e simples, derrotamos as ferocidades com brandura (entrega total a Deus em dependência incondicional) e não o contrário, tentando soluções próprias ao estilo do mundo e suas modas. fonte: Jefferson Roger
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