quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O pecado esquecido

Caros leitores, sobretudo os católicos; dentre as bombas atômicas que nosso senhor Jesus Cristo deixou como remédio em sua igreja (Mateus 16,18), uma das mais potentes (não a mais potente, já vamos compreender adiante), chama-se “sacramento da confissão”. Já dizia o sacerdote Duarte Sousa Lara, um dos grandes segredos para sermos santos, que é sinônimo de sermos felizes, é o sacramento da confissão.

Como já estão a perceber, metaforicamente falando, as sete bombas atômicas fazem referência aos sete sacramentos. Remédios diferentes para necessidades específicas que, num todo servem para uma necessidade única: a salvação de nossas almas em sua resistência no combate contra o mal. Na bíblia está escrito “confessem seus pecados” e diz, através da boca de Jesus “a quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados, a quem o retiverdes, eles lhes serão retidos”. Também fala que se não perdoarmos os pecados (ofensas) cometidos contra nós, tampouco Deus perdoará nossos pecados. Como vemos, através da sucessão apostólica, Jesus concedeu o poder de perdoar os pecados aos sacerdotes. Eis aí a confissão auricular e particular.

Pois bem, não é novidade alguma ao católico que esse perdão está vinculado ao arrependimento sincero com firme propósito de emenda de vista e conversão. Mesmo assim, é preciso salientar que a origem de todo o mal, de todo o erro e pecado, é o egoísmo, a soberba. Por não amarmos mais a Deus sobre todas as coisas, com todo nosso coração, alma e entendimento, trocamos, por conta de nossas vontades egoístas e soberba, o primeiro lugar que Deus ocupa em nossas vidas (cuja atitude é nosso dever e salvação) e o substituímos por outras coisas e nessas coisas estão, desgraçadamente incluídos, os pecados.

O sujeito comete um pecado, enraizado como já se disse na desobediência ao primeiro mandamento. Um exame de consciência mal feito não conduz o penitente até a raiz do erro e ao se confessar o mesmo não atinge a profundidade do mal que causamos à alma. Uma queda assim, não avaliada corretamente, deixa um estopim para ser facilmente aceso e promover as recaídas. Vale lembrar que o Cristo disse que uma recaída coloca a pessoa num estado sete vezes pior. Portanto é muito importante nos conscientizarmos muito a respeito disso porque é por causa de não amarmos a Deus e o colocarmos em primeiro lugar em nossas vidas que fazemos o mal que não aprovamos, como diz São Paulo em suas cartas. Por isso a necessidade da constante comunhão com Deus, se sempre lembrarmos do motivo que Jesus morreu não seremos mais capazes de colocarmos alguma coisa ou alguém em primeiro lugar, desobedecendo um dos maiores mandamentos que Jesus nos apontou, sobre os quais toda a lei e os profetas se assentam.


Fonte: Jefferson Roger

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