domingo, 20 de janeiro de 2019

Tenha foco, muito foco

Prestar a atenção em alguma coisa, concentrando todo nosso poder mental nada mais é do que direcionar nossos sentidos e capacidade de absorver tudo que nos cerca, seja de forma abstrata ou concreta. Mentalizar, se concentrar, focalizar em algo ou alguma coisa é essencial se queremos lograr êxito em alguma empreitada, seja de qual natureza for. Todavia, isso não exime um combatente nem o isenta de caminhar pelo lamaçal das dificuldades que nossa vida terrena sempre nos proporciona.

Sendo assim, fica fácil percebermos que se o empenho não é esmerado, o desleixo pode contribuir para a derrocada de um intento. Se isso acontecer, nossa parte, mal desempenhada irá causar a culpa própria pelos não acertos. Não é hora de apontarmos culpados e nem colocarmos nossa culpa em alguém. Do contrário, sempre bem-vindo é, quando alguém nos pega pela mão e nos auxilia na retomada dos caminhos corretos. Não é assim que fazem, por exemplo, os pais?

Certa vez estava eu em casa, com toda a família, esposa e filhas, no gramado da frente com a filha mais nova, fim de tarde. Ela brincava pelo quintal e eu estava cuidando e próximo ao portão do carro. De repente, aproxima-se da frente de casa uma mulher que fazia seu exercício de corrida a pé, era minha mãe (mulher do meio na foto, e estava com a mesma roupa da foto). Parecia estar de passagem, mas parecia também que tinha vindo até mim com um propósito. Assim que percebi sua chegada, saí de casa, fui ao seu encontro e nos abraçamos. Recordo-me de abraça-la bem forte indagando em meu interior, se isso não seria um sonho, pois tinha consciência de que estava morta.

Senti o caloroso abraço e após, ficamos de mãos dadas; nesse instante minha mãe me dirigiu as seguintes palavras: “tenha foco, muito foco”.

O tom de suas palavras me recordou de imediato o tom de voz que Nossa Senhora sempre dirige em suas mensagens ao redor do mundo. Sempre é um tom de advertência de uma mãe que ama e se preocupa com seus filhos. Após ouvi-la, assenti que sim com a cabeça, nos despedimos, outro corredor já a esperava na rua e eles foram embora correndo, desaparecendo de minha vista. Entrei para dentro de casa e em seguida, acordei. Era um sonho.

Um sonho muito nítido e muito bem acolhido porque, afinal de contas, em nossa caminhada cristã e católica, o horizonte, a razão da nossa esperança (1ª Pedro 3,15) não pode ser perdida de vista porque sem porquês, como suportar o como? A vida deve ser bem vivida, mas isso não significa vive-la de qualquer forma, é preciso vive-la como um fruto que sempre cai perto da árvore, e essa árvore, como aprendemos nos evangelhos, é Jesus. O foco tem que estar nele.


Fonte: Jefferson Roger

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