quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

A doença dos olhos

E disse Jesus – Mateus 5,28 – “todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração”.

Caros leitores, é por isso que os pecados da carne, impulsionados pelos sentidos com destaque para os olhos, são pecados mortais. Olhar para uma pessoa na rua e fantasiar experiências sexuais com ela, olhar para pessoas na internet e consumir a pornografia digital, olhar para as fotos de pessoas estranhas ou nem tão estranhas assim e alimentar os desejos de relações carnais com elas, tudo isso, que acontece longe do contato físico, conforme nos ensina Jesus é pecado grave contra a castidade (sexto mandamento da lei de Deus e de quebra contra o nono e o primeiro mandamentos).

Na bíblia lemos que quem convive com o perigo acabará caindo nele. A linha que divide a queda em solo firme da queda do abismo é muito estreita, espiritualmente falando. O sujeito olha para a beleza de uma pessoa, admira; até aí está tudo bem pois não consentiu com o pecado, ainda está beirando a tentação. A partir do momento em que a admiração se tornou desejo e o desejo não foi barrado acontece o rompimento da amizade com Deus.

Vamos resumir? Olhou, achou bonito e admirou, mas parou por aí, está tudo bem, vida que segue. Agora, olhou achou bonito e admirou e em seguida desejou e concebeu na mente e no coração os frutos desse desejo, está tudo conforme o diabo gosta, vida que segue rumo a condenação eterna.

Não é de se assustar com a aparente exigência que Jesus nos ensina, quando eleva o significado do adultério à um novo patamar. O padrão imposto por Deus é alto, mas alcançável, do contrário ele seria um mentiroso e seu amor, um amor interesseiro e egoísta. O mesmo Cristo que nos ensina essas verdades também nos dá as armas para combate-las. Entre elas a oração e o jejum.

Mas não bastam orações e jejuns, é preciso evitar as ocasiões de pecado, lutar contra a abstinência do vício e aproximar-se muitíssimo de Deus. Vale ainda o lembrete dado por Padre Pio: “quanto mais perto de Deus maior a tentação”.

O ser humano não é doente, não nasceu doente, está doente, ficou doente pois permitiu que sua alma e coração convivessem com tudo que é contrário a Deus. Por isso os sentidos que foram feitos para nos ajudar acabam servindo para nos prejudicar. É preciso, pois, de forma urgente, pedirmos a Deus a cura de nossos sentidos, a cura espiritual para que nosso olhar possa se afastar das consequências de um olhar mundano, envenenado e malicioso, um olhar que torna a alma inquieta e que comanda junto ao corpo as atitudes que desagradam a Deus.


Fonte: Jefferson Roger

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