Um dos empecilhos que tumultuam a caminhada do cristão é o medo de “apostar” na palavra de Deus e acolhe-la sem reservas. A pessoa passa por uma espécie de síndrome de São Tomé ou síndrome dos fariseus. Numa, a pessoa só vai adiante, só toma atitude depois que “tocar nos ferimentos da crucificação de Jesus”. Na outra, a pessoa só vai adiante, só toma atitudes depois que lhe for “dado um sinal dos céus”. Infelizmente estas síndromes estão interligadas porque termina que o sujeito só acredita vendo e ainda por cima vendo “sinais”. A questão que é passada despercebida é que, relacionado as coisas de Deus, a coisa funciona de forma contrária. É preciso primeiro acreditar sem ver (fé – leia carta aos Hebreus capítulo 11). É entregar-se sem medo do risco. Deus nesse quesito age com imparcialidade e na medida do retorno do amor de seus filhos. Você não pode se relacionar com Deus mantendo alguma reserva e esperar dele um comprometimento total. Não vai acontecer como você quer porque está partindo de você não ter plena comunhão com ele. Sempre batemos por aqui no lembrete do amor de Deus, muitíssimo diferente do amor mundano permeado pela presença da carne e dos sentidos. Um tem como filha a dor, o outro tem como filho o prazer. Ambos, se respeitarem as leis divinas, irão contribuir para o progresso pessoal, mas se houver desordem uma babilônia vai tomar conta da sua vida. Começa que o sujeito tem medo de se aproximar de Deus porque vai aprendendo que ele, por amor, nos envia ou permite os sofrimentos. E o medo aumenta ainda mais porque se pensa que, aproximando-se de Deus, será preciso “renunciar-se a si mesmo, tomar sua cruz dia após dia e seguir Jesus” – Lucas 9,23. E querem saber? É isso mesmo! Porém, o medo demonstra a falta de fé, quanto mais medo menos fé; quanto mais fé menos medo. Por outro lado, muitos fazem pouco caso do inferno, cometem seus pecados e não estão nem aí para a desgraça que irá acontecer à suas almas se mantiverem essa vida de erros. Cadê o medo de ir para o inferno? Para a felicidade do diabo o inferno foi relativizado, o diabo esquecido e o mal transformado em prazeres e alegrias. O inimigo invisível também é oculto e sua sutileza lhe permite trabalhar atrás das linhas inimigas e dos bastidores de nossas vidas. Ele precisa de uma fresta de nossos corações para invadi-lo e causar todo o estrago possível. Medo? Com relação ao medo Jesus nos coloca as seguintes palavras: Mateus 10,28 – “Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena”. Fonte: Jefferson Roger
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