quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Nossos problemas

Problemas, por incrível que pareça, caso não tenham percebido, são relativos. Isso mesmo que você acabou de ler caro leitor. E não é difícil a constatação dessa afirmação. Todavia, também é fato, que os problemas possuem graus. Existem aqueles que são macros, outros são micros, outros são medianos e relevantes, outros irrelevantes, outros públicos e tantos outros, privados.

Uma coisa pode ser problema para alguém e não ser problema para você. Poderíamos aqui passarmos horas “filosofando” sobre a questão e elencando uma mega lista de problemas. Mas não vem ao caso, vamos de um pequeno exemplo apenas.

Para uma pessoa materialista e vaidosa, apegada pelo ego e sua vangloria ao consumismo e a moda e a autopromoção de sua imagem, comprar um calçado pode se constituir numa verdadeira maratona e um enorme desafio. São tantas opções na vitrine, um combina com essa roupa, outro com aquela outra, aquele é mais na moda, aquele outro nem tanto, gosta-se de um que é lançamento e muitas vezes nem existe tanta necessidade assim, é impulso pelo consumo, tentativa vã de preencher vazios no coração e ostentar uma posição indevida, um personagem; o resultado também disso é um armário repleto de calçados, muitos calçados.

Agora, para uma pessoa que tem uma preocupação completamente diferente porque tem outras prioridades para seu corpo e alma, a compra de um calçado é algo muito simples, em poucos minutos escolhe o modelo conforme seu gosto, bolso e necessidade e dessa forma anda vestido decentemente e modestamente, evidenciando mais aquilo que é interiormente do que o exterior. Normalmente vai comprar um novo calçado quando o seu já está bem velhinho e gasto, rasgado, furado na sola ou descosturado. Essa pessoa possui muito menos pares de calçado. Coloco aqui meu exemplo: tenho um tênis para sair, um tênis para correr, um sapato para trabalhar, uma bota cano baixo para os dias de muito frio e/ou chuva e um chinelo.

Como vemos as escolhas que fazemos e as prioridades que damos na vida nos ajudam e muito a dedicarmos nosso tempo de vida, que nem sabemos o quanto é, com coisas e dentro delas, problemas, que realmente importam na vida, no aqui e agora e para depois do presente.


Fonte: Jefferson Roger

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