Já se passaram 10 anos desde que a primeira famosa rede social chegou até os brasileiros. O Orkut, agora já falecido, foi um sucesso. Lembro bem, só podia fazer parte quem era convidado. E todo mundo queria entrar, claro. Depois dele se seguiu o Facebook e muitas outras redes, como Twitter, Instagram, MySpace, LinkedIn, Pinterest e sabe-se lá mais o que tem por esse mundo que ainda não conhecemos bem. Hoje para você fazer parte da sociedade, parece ser obrigado também fazer parte de, pelo menos, uma rede social. É um mar de atualizações e informações subindo nas “timelines”. A sede por saber o que o outro está fazendo nunca acaba e, mostrar que é mais feliz que o outro, virou moda. Haja criatividade para tantas senhas, uma para cada rede social: uma é para foto, outra para vídeo, uma só escreve até 140 caracteres. Em uma mais nova, você pode postar um vídeo que será apagado em algumas horas. Se isso não for um tipo de escravidão, é algo muito parecido. O historiador brasileiro, Leandro Karnal, falou em uma palestra algo muito interessante sobre o mundo virtual: “Se eu tiver 35 grupos no WhatsApp, três contas no Instagram e quatro no Facebook, quem eu estou lendo de fato? Se todo o tempo é gasto em atualizações?”. Para ele a tecnologia não é uma preocupação, pois ela veio para somar. Porém, a preocupação real dele está em “quem sou eu que preciso estar presente com tantos personagens? Em tantos espaços e para tantas pessoas?”. Precisamos mesmo viver assim? Assistindo ao show de uma banda, a gracinha do filho ou o pôr do sol pela telinha do celular ao invés de contemplar tudo ao vivo, sem ter a “obrigação” de compartilhar com todos os seus contatos. Alguém se lembra de como é um almoço ou jantar em família sem que um celular toque ou alguém tenha um vídeo engraçado para mostrar? O que poderia acontecer se deixarmos um pouco de lado a tecnologia e fizer a vida real se sobrepor à vida virtual? 1. Tempo para a família Não há como negar que essa era tem feito as famílias estarem menos unidas. Cada um em seu canto, em seu quarto. Ou, às vezes, estão até todos juntos na sala, na mesa de jantar, porém, cada um com uma telinha bem em frente ao rosto. Quando você decide diminuir o uso da tecnologia na sua casa, o diálogo tende a aumentar. 2. Menos procrastinação Você não consegue mais ir adiante com sua agenda de tarefas diárias. Pode ser em casa ou no trabalho. Os cinco minutos para checar as novidades do Facebook podem levar, sem medo nenhum, a se transformarem em uma, duas ou três horas de atraso. Quando você decide impor um tempo fixo para isso, as suas tarefas fluem. É difícil no começo, mas com o tempo, você consegue se desligar aos poucos. 3. Inveja Não é novidade nenhuma dizer que as redes sociais são um caminho fácil para sentir inveja de alguém ou ser invejado. Viagens, casamentos, festas, roupas… Tudo com aquele filtro maravilhoso que deixam as fotos ainda mais lindas. Quando você diminui ou para de vez com as redes sociais, esse sentimento também deixa de fazer parte da sua vida. 4. Autoestima Se você está num período difícil, cheio de problemas, as redes sociais podem deixá-lo ainda mais para baixo. Comparar a sua vida com a de outras pessoas só por causa das fotos que elas postam não é uma boa opção. 5. Dormir mais Deixar o celular ou o tablet fora do quarto é a primeira atitude a se tomar quando você quer se desligar do mundo virtual. Você vai conseguir dormir mais cedo e estará muito mais disposto para iniciar o próximo dia. De acordo com especialistas da área de neurologia, a luz azul emitida por esses aparelhos diminuem a produção do hormônio que inicia o processo do sono. Está na hora de investir novamente no velho e bom despertador à pilha. 6. Privacidade Se o seu aparelho estiver com o modo de localização conectado com o seu Facebook, por exemplo, tudo o que for postado vai indicar o local onde você está. Ao se livrar desse vício, incluindo o de fazer check-in, ninguém mais precisa saber por onde você e sua família andam. 7. Deixar de ler coisas que lhe incomodam Além de toda a superficialidade que as redes sociais têm para nos oferecer, ainda podemos começar o dia estressado com a postagem de outra pessoa. As opiniões muitas vezes podem não se “cruzar”, e, geralmente, as discussões nos comentários não levam a lugar algum. Ninguém mudou de opinião sobre o assunto, você bateu boca à toa e, talvez, quem sofreu as consequências foi o filho, o marido ou qualquer outra pessoa, da vida real, que estava ao seu lado e, diga-se de passagem, não tinha nada a ver com a história. O resultado dessa equação toda é muito simples: quando as pessoas estão desconectadas, elas se conectam de verdade. Fonte: www.familia.com.br
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