E não é assim mesmo que nos sentimos, caros leitores, em relação ao modo como ele nos trata? Parece ser isso uma constante em nossas vidas. A tal da liberdade que ele nos concede é vigiada, bem vigiada. Livre arbítrio? Sim, parece existir. Porém, dependendo da escolha feita, para este ou para aquele lado, conforme está escrito na carta aos Romanos, Deus nos abandona aos nossos desejos e paixões. Dali para frente é só oba oba (pensam os incautos). De festa em festa (de degrau em degrau ladeira abaixo), vão vivendo uma vida no estilo do Filme de Hollywood chamado “Click”. Fazem de tudo para pular as partes ruins de suas vidas, ou pelo menos evitá-las ou quem sabe até adiá-las. A concentração do esforço que fazem é para se viver de feriados em feriados, de festas em festas, passeios em passeios, lazer em lazer e prazeres em prazeres. É uma alegria só, viver assim, um paraíso aqui na terra. Esse negócio de adotar o que Deus ensina e viver sob sua lei e seu amor para depois alcançar a glória dos céus é para quem é desocupado e não quer aproveitar a vida. Pobres deles, dos seguidores de Jesus; vivem uma vida pensando na eternidade sem saborear profundamente as ofertas do mundo. Assim pensam as pessoas que rotulam Deus como o inimigo a ser evitado. Distorcem a verdade e viram as costas para o criador. Muitas vezes agem assim porque ao aderirem ao projeto de salvação que ele propõe, a dificuldade em vivê-lo é tamanha que, por conta disso, terminam por colocar suas culpas nele. E assim Deus vira um carrasco, um desmancha prazer, que quer meu sofrimento. Ele me permite que coisas boas aconteçam na minha vida e lá na frente, depois que eu gostei daquilo ele retira sem aviso algum e eu é que fique chupando o dedo. Pois bem, a triste verdade é que as coisas são assim mesmo. No entanto a ótica que adotamos para olhar o contexto é que está errada porque as “regras” são dele, não nossas. O mecanismo está sob o controle dele e nós devemos acompanhar as medidas apresentadas. Ora, para se ir bem num emprego em uma grande empresa, a pessoa acata todas as normas; horários, uniformes, regulamentos, turnos, dias de pagamento e outras condições próprias daquela empresa. Tudo por quê? Porque deseja não perder seu emprego, quer mantê-lo a salvo. E com sua alma, por que não faz o mesmo? Ou não faz porque não acredita em Deus, ou não faz porque simplesmente não quer fazer, quer tentar do seu jeito, ou ainda não faz porque não compreende direito esse amor divino que nos quer no céu e que de fato é difícil de se viver. Mesmo assim, as coisas estão aí, a falta de conformidade e comunhão com a Santíssima Trindade nos faz sofrer mais do que o necessário para crescermos no amor e na santidade. Que acordemos de forma urgente para a vida que nos aguarda e que depende de poucos anos nessa passagem pelo vale de lágrimas. Fonte: Jefferson Roger
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