Algumas vezes acontece na vida da pessoa a tentação de pensar que Deus está de sacanagem com cada um. Se ele é tão poderoso, tão isso, tão aquilo e tão aquele outro e ainda lemos na sagrada escritura que ele nos fez a sua imagem e semelhança, por que é que somos assim tão diferentes dele? E a contradição parece ainda aumentar quando ouvimos dizer que Jesus se fez homem e experimentou toda a condição humana menos o pecado. Ou ainda em relação à Virgem Maria que foi preservada do pecado original com vistas a ser a mãe do salvador da humanidade. E pode piorar porque ouvimos que existem os eleitos, os destinados a algo maior. Pois bem, como sair dessa enrascada? Nos parece simples, para bom início de conversa basta não darmos ouvidos ao diabo. Reflexões e pensamentos dessa natureza demonstram uma falta de fé. É preciso equilíbrio entre fé e razão, pois muita fé causa fanatismo e fundamentalismo; muita razão causa uma tendência de vivermos segundo as regras do pelagianismo, julgando que basta apenas nosso próprio esforço. E por falar em esforço convenhamos, nosso esforço mental é inútil, não iremos alcançar a compreensão plena dos desígnios de Deus. Nossa Senhora já disse em suas aparições que apenas no céu tudo nos será revelado. Porém, apesar disso tudo que refletimos até aqui, ainda paira no ar a questão que encabeça o título do artigo: estou prestando? Estou servindo para alguma coisa nessa vida? As pessoas têm motivo para falar bem de mim? Não tem? Sou alguém que serve de bom exemplo para filhos ou filhas? Minha filha pode desejar um marido para ela como eu? Meu filho pode desejar para ele uma esposa como eu? Ela se espelha em mim para agir como mãe? Ele se espelha em mim para agir como pai? Nas mais diversas situações tenho atitudes que antes de agradar aos homens agradam a Deus? As reflexões que podemos fazer são muitas e a lista parece nunca terminar. Sabemos que a convivência humana é uma das mais difíceis tarefas. São Paulo já dizia em suas cartas que devemos nos suportar uns aos outros por amor a Deus. Jesus diz que devemos amar o inimigo. É complicado, o mundo insiste em nos tornar farinha do mesmo saco. É a cultura do comum. Não importa que Deus criou homem e mulher para se unirem em santo matrimônio (Gênesis 2,24), agora é comum pessoas de mesmo sexo brincarem de casinha, de mãos dadas, morando juntos, casando civilmente, adotando crianças e toda essa imundície que se vê mundo afora. Esse lixo todo que querem enfiar goela abaixo dos seguidores de Jesus Cristo quer ser empurrado como algo comum, evolução inevitável da humanidade. Só por Deus! O consolo para todos os que se esforçam para viverem o evangelho, os mandamentos e os ensinamentos da sagrada escritura é que no final dos tempos (Apocalipse 22,12) quem vai separar o joio do trigo (quem presta de quem não presta) será Jesus Cristo, caminho, verdade e vida. Não irá existir nenhuma verdade distorcida, promulgada e divulgada nesse mundo que supere ou substitua a verdade que vos libertará. Fonte: Jefferson Roger
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