Jesus já nos avisou que o espírito (o nosso espírito) está pronto, mas nos alertou que a carne é fraca. E por quê? Porque é através da colaboração do corpo (seus sentidos e intelecto) que o espírito peca. Se por ventura alguém ainda não se deu conta ou não percebeu por conta da sutileza da situação, vamos logo recordar: o pecado é uma realidade do espírito. E este espírito, parte daquilo que somos pois sabemos que como um composto de corpo e alma, um dia teremos esse corpo transformado num corpo glorioso (recorde-se do corpo de Jesus após sua ressurreição) que unido a nossa alma gozará das alegrias eternas ou, será ressuscitado no último dia, como atestam as escrituras, para o fogo do inferno preparado para o diabo e seus demônios e com muito, mas muito lugar para abarcar os ímpios que para lá desejaram ir ao virarem as costas para seu criador. É a velha batalha diária descrita em Efésios que travamos durante a caminhada. A alma, através do corpo sofre imensamente os açoites do maligno. Mas isso, conforme também aprendemos nas escrituras, é motivo de alegria. Porque a cada açoite suportado e vencido por amor a Deus e ao próximo crescemos em amor e santidade e vamos aos poucos nos aproximando da estatura de Cristo (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1). Viver para servir e amar a Deus parece para muitos uma escravidão sem fim. Parece que isso nos torna escravos e marionetes dele. “Me obedeçam senão serão castigados e condenados. Eu dou e tiro o doce de suas bocas quando bem entender”. Parece que é assim que Deus age com todo mundo. Quem sabe até seja, afinal ele é o dono de tudo, criador de tudo e não possui sociedade com ninguém. O céu é dele, as regras são deles, os mandamentos são dele e por aí vai. Não éramos nada e agora existimos por conta de seu imenso amor que quer compartilhar para todo o sempre e ainda existem pessoas que teimam em achar alguma injustiça nisso. É nesse ponto que mora o perigo, de olhos e ouvidos abertos o cruel inimigo se aproxima e oferece a alternativa tão desejada que é viver as felicidades e prazeres terrestres todos os dias. Pobre da carne, facilmente iludida toma conta da situação, envenena a mente e o coração e arrasta a alma cristã para a ruína, que se não for remediada em tempo pode se tornar uma ruína definitiva. Precisamos ter consciência da miséria, Deus nos quis assim, nos criou assim para sermos seus dependentes filiais e com isso fazermos de tudo para um dia estarmos com ele em definitivo. As verdadeiras glórias nos aguardam lá no alto, as glórias que são vãs estão por aqui, por toda a parte, basta esticarmos a mão e acolhe-las. É sempre uma questão de escolha, uma escolha que tem consequências eternas. Fonte: Jefferson Roger
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