À primeira vista quem lê ou escuta uma frase como a do título deste artigo já vai inclinando-se a pensar que é uma afirmação de quem tem autoestima baixa ou algum tipo de depressão. Porém, vou lhes contar uma coisa muito interessante e que está relacionada a vida dos santos. Vale lembrar, antes de mais nada, que você que crê em Deus e na vida eterna, para um dia morar para todo o sempre em seu reino (o reino de Deus) não precisa ser santo para ser salvo. Essa afirmação é evangélica, basta conferir o sermão da montanha e o diálogo de Jesus com o jovem rico. A conclusão que se tira é de que para ser salvo você precisa seguir os mandamentos; para ser santo, além deles você precisa viver as bem-aventuranças. Por isso Deus com seu amor e justiça criou a realidade do purgatório para as almas que apresentam grande dificuldade em seguir o primeiro mandamento da lei de Deus e por não amarem ele acima de todas as coisas, também amam muitas outras coisas. Quanto menos configurado ao Cristo, menos imitadores dele, mais manchados com as coisas do mundo. Agora, se você vai se aproximando de Jesus, entregando toda a sua vida a ele, tudo que possui, isso inclui tudo mesmo, não uma porcentagem apenas, você vai percebendo que as coisas dessa vida terrena não abrem mais nenhum tipo de apetite. Era o que os santos diziam, que viver nesta terra se constituía um grande pesar, por causa do afastamento dos céus, do paraíso onde a glória eterna aguarda os violentos (Mateus 11,12). A vida então não preenche mais o coração com alegria alguma porque ele finalmente foi preenchido por completo pela Santíssima Trindade. Usando a expressão popular, “nada mais tem graça”. A vida se torna um viver diário procurando manter-se na graça de Deus para no dia da morte não ser pego longe da amizade com ele. E quanto mais os dias passam mais a alegria e expectativa aumentam porque sabe-se que a proximidade do fim desta vida irá nos conduzir ao paraíso. O católico precisa estar sempre com a “mala pronta para a viagem”. Ai de mim se for pego de surpresa, vivendo uma vida que está na rampa que desce. Da mesma forma, cada dia é uma torcida constante para que seja o último dia, para que a morte se apresente e me conduza ao justo juiz. O empenho diário deve ser pela santidade e não somente pela salvação. Pois com a santidade iremos “pular” a etapa do purgatório e nos céus, seremos mais úteis aos que aqui ficarem aguardando a vez. Os santos diziam isso em seus leitos de morte aos que os acompanhavam nos momentos derradeiros. Eles diziam: não chorem porque quando eu me for serei mais útil a vocês lá de cima. Esse é o pensamento cristão, esse é o ensinamento de sempre que Deus nos dá e que o diabo sempre tentou modificar. Fonte: Jefferson Roger
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