Eu me acho, eu me basto, eu sou o cara, eu sou o tal, eu sei tudo, deixe que isso eu resolvo, sempre fiz assim e deu certo e por aí vai. Nesta pequena frase já podemos perceber de que tipo de comportamento e pessoa estaremos a tratar. O vaidoso e o egoísta, o presunçoso e o exibicionista, o metido e o arrogante. O grande problema, para início de conversa, é que embora existam pessoas que expressam esses comportamentos de forma bem acentuada, certa dose deles, poderíamos arriscar dizer que de todos eles, estão dentro de nós. Por isso se diz que a luta neste vale de lágrimas é constante. Jesus quando nos pediu a vigilância não estava de brincadeira, ele sabia que se a vigilância deixasse de acontecer, seu substituto, a distração, iria nos colocar no campo das possibilidades de se pecar. A distração é mais grave do que parece, ela nos empurra para o costume de se pecar. Quem se distrai para de ouvir a voz de Deus que toca o coração e passa a ouvir o canto da sereia e explora-lo através dos sentidos. Nesse ponto, o risco que a alma corre da danação é muito alto, pois a pessoa comete um erro e não vê consequências imediatas, passa a crer que Deus e sua lei é uma farsa escravizadora. Agindo assim ela é convencida pelo mal de que pode ser livre, fazer o que lhe apetece. Eu me libertei, agora posso viver sem o fardo da religião! Aqui, quando se bate o martelo decretando essa sentença o primeiro a aplaudir é o inferno. Agora eles (o diabo e seus séquitos) podem ajudar aquele que se acha o tal, o cara, o garoto experto que descobriu as verdadeiras verdades, as verdades que libertam. Triste fim o aguarda, o caminho que escolheu é descida, foi convencido e decidiu virar as costas para seu criador. Porém, embora a tristeza se abata sobre Deus, já que a pessoa não quis ir até ele pelo amor, irá experimentar o caminho da dor. Não se trata de punição, são as medidas de contenção que por amor o todo poderoso empreende para iniciar o tratamento de choque na tentativa de resgatar a ovelha perdida. Nós, em contrapartida, devemos abrir os olhos, os do coração inclusive. Podemos escolher este ou aquele “eu me acho”: eu me acho capaz de viver nesse mundo sem precisar de Deus para ser feliz ou eu me acho dependente dele para tudo, pois como seu filho e herdeiro do reino quero um dia ser chamado por Jesus de “benditos”. Basta uma atitude, basta uma escolha que precisa ser sem reservas. Fonte: Jefferson Roger
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