Pois muito bem caros leitores, recentemente em outra entrevista concedida ao jornal italiano “Corriere della Será”, Francisco saiu com mais essa, para confusão dos fiéis e deleite dos não católicos: “Uma moça normal, normal, uma moça de hoje […] normal, normal, educada normalmente, disposta a casar-se, a constituir família. […] Depois, após a concepção de Jesus, ainda uma mulher normal. […] Sem nada de extraordinário na vida, uma mãe normal: mesmo no seu casamento virginal, casto no quadro da virgindade, Maria foi normal. Trabalhava, fazia as compras, ajudava o Filho, ajudava o marido: normal”. Pessoal, vamos lá refletir uma questão delicada a esse respeito? Dizer que Nossa Senhora era “uma moça […] disposta a casar-se, a constituir uma família”, vai contra o sentir geral dos Santos e dos Doutores, os quais sustentam que, quando se deu a Anunciação, Maria já tinha feito voto de castidade perfeita. É o que deduzem da pergunta que Ela fez ao Anjo Gabriel, depois de informada de que seria a Mãe de Deus: “Como se fará isso, pois não conheço varão”? Explica o grande exegeta Cornélio a Lapide (+ 1637): “Porque não conheço varão […]. Nenhuma outra justa razão para esta desculpa e hesitação por parte da Virgem pode ser aduzida ou suposta aqui, senão a impossibilidade moral resultante do voto que a Santíssima Virgem fez antes da anunciação angélica: este é o ensinamento dos Santos Agostinho, Gregório de Nissa, Beda, Bernardo, Anselmo, Ruperto”. Santo Agostinho, no livro De virginitate, é inteiramente categórico: Maria não teria feito essa pergunta ao Anjo, “a não ser que se tivesse consagrado a Deus como virgem”. São Bernardo é igualmente claro em relação ao voto de virgindade feito por Maria: “Ele [Deus] concedeu-lhe a maternidade, tendo antes lhe inspirado o voto de virgindade, e a cumulado da virtude da humildade”. Maria Santíssima é a obra-prima da Criação. Tendo sido escolhida por Deus para ser a Mãe do Redentor, foi preservada de toda mancha ou pecado, sendo Imaculada desde o seu primeiro instante, como diz Pio IX. Ela é a Theotokos (Mãe de Deus), como definiu o Concílio de Éfeso. Diz o Papa Pio XII que não pode haver ofício maior do que esse, pois ele “pede a plenitude da graça Divina”, portanto confere “a maior dignidade e santidade depois de Cristo”. Os Padres da Igreja, os Santos Doutores, os Sumos Pontífices, sempre a consideraram um “vaso de eleição”. Abismados diante de tanta perfeição, santidade e dignidade, exclamavam “de Maria nunquam satis” — de Maria nunca diremos o suficiente, nunca saberemos o suficiente. Por mais que a contemplemos, por mais que estudemos seus privilégios, muito ainda restará por conhecer e por dizer. Ao referir-se à Mãe de Deus como uma mulher comum, “normal”, o Papa Francisco rompe com essa tradição e contraria o sentido dos Evangelhos. Contradiz ainda a forma lapidar do Papa Pio XII, acima apresentada, que atribui a Maria Santíssima “a maior dignidade e santidade depois de Cristo”. Fonte: adaptado de gloria.tv por Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário