Uma coisa é muito certa em nossa realidade, tanto a passageira quanto a eterna: a existência do sofrimento. Para início de reflexão vamos logo reduzindo a coisa sob duas esferas de pensamento. Podemos escolher sofrermos em vida ou sofrermos depois da morte. Em termos espirituais nos parece muito clara a escolha. Ora bolas todo mundo quer sofrer agora, um sofrimento que é passageiro para evitar ter que sofrer eternamente depois da morte, sinal claro de que a alma foi condenada ao inferno. Todavia, na prática não é bem assim que as pessoas agem; elas tentam agradar a dois senhores: Deus e o mundo. Não adianta, São Tiago já nos recordou que quem quer ser amigo do mundo se faz inimigo de Deus – Tiago 4,4. No evangelho de São Lucas lemos que o que para os homens é bom para Deus é abominável. Como vemos, embora o alerta e o aviso estejam dados, as pessoas insistem na tentativa de evitar sofrimentos nessa vida e também evitar os sofrimentos futuros no pós-morte. O pequeno probleminha é que já está decretado que não vai dar certo agir assim. O diabo, louco de ligeiro e esperto, mete seu bedelho no meio e vai logo contribuindo para que as pessoas evitem ou não aceitem os sofrimentos da vida, os enviados por Deus e os permitidos por ele. Dessa forma, no lugar deles (dos sofrimentos) entram em cena uma avalanche de alternativas e infelizmente, de matriz não cristã. Quantos não tentam fugir dos problemas no alcoolismo e nas drogas? Quantos não tentam resolver problemas matrimoniais buscando soluções fora de casa? Quantos não buscam evitar o suor do trabalho na facilidade dos roubos? A lista é enorme, nem precisamos prosseguir, cada um sabe muito bem apontar vários exemplos. É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrarmos no reino dos céus – Atos 14,22. A verdade é esta e não pode ser mudada por alguma regra criada pela mente humana. Porém, essa mudança existirá, já está prevista nas sagradas escrituras. Para os perseverantes na fé e no seguimento de Jesus, o vinde benditos pronunciado pelo justo juiz no dia do juízo final prescreverá a entrada no reino de Deus, que nos enxugará toda a lágrima e onde não haverá mais dor e sofrimento. Para os que evitaram e/ou não aceitaram sofrer no aqui e agora, sua dose dolorosa os aguarda na danação eterna. Agora, que é o tempo da misericórdia, não devemos esquecer que é também o tempo da escolha. Fonte: Jefferson Roger
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