Com certeza, caro leitor, essa expressão você já deve ter muito ouvido da boca de muitas pessoas e, tomara, que você não a tenha dito tantas vezes ou mais vezes do que tenha ouvido. Vamos entender. Jesus disse que nem todo aquele que diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas sim aquele que fizer a vontade do pai. Os estudiosos apontam claramente aqui uma referência direta com o segundo mandamento da lei de Deus que nos orienta a não tomarmos o seu santo nome em vão. O nome daquele que é Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo, onde o céu e a terra proclamam a vossa glória não é palavra que se use ou pronuncie sem a devida consciência e respeito daquilo que realmente representa. Santa Francisca Romana, agraciada por Deus com algumas visões, nos revela em sua biografia que quando alguém pronunciava santamente o nome de Deus, todos os anjos, santos e até os demônios se ajoelhavam (e ainda se ajoelham) em sinal de respeito. Claro, os anjos e santos vão além, dão louvor e glória. Como vemos, no antigo testamento Deus nos orienta sobre isso, depois Jesus no novo testamento frisa mais uma vez e mais tarde, através da sua igreja viva na pessoa de seus santos atesta o ensinamento. Pois bem, esse negócio de ficar com “Deus na boca” toda a hora, de forma automática, sem iniciativa brotada do coração deve ser cautelosamente averiguada, e isso, para o bem de cada um. Mais grave ainda é agir como Deus abomina, seja por pensamentos e palavras, atos e omissões, e em seguida emendar, para alívio da consciência, um “Deus que me perdoe”. E alguns ainda vão mais longe, fazem sobre si o sinal da cruz (ato de persignar-se). Que pesar e que lástima, não levam a sério muitas coisas ensinadas pelo Cristo e acham que a verdade que vivem e praticam faz parte da mesma essência do ressuscitado. Nem de longe! Já é sabido que pecar com intenção de pedir perdão gera uma absolvição que cai no vazio e agrava ainda mais o estado de graça do penitente. Agora, que é o tempo da graça, é hora de acordar, se humilhar, se reconhecer dependente dessa graça e seguir os passos do Cristo. Pois, quando o último “tic” preceder o último “tac” de sua vida, a próxima etapa da existência eterna será levada a cabo pelo justo juiz que julgará cada um segundo suas obras (Apocalipse 22,12). Fonte: Jefferson Roger
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