terça-feira, 14 de maio de 2019

Não deixe que a realidade ofusque o brilho do seu olhar

A vida, como qualquer pessoa já deve ter constatado, gosta muito de destruir os sonhos das pessoas. Até parece que um dos seus passatempos predileto é justamente este: impedir que os sonhos se realizem. Sem dúvida essa é a impressão que as pessoas têm. Ou alguém acha o contrário e defende a tese de que basta sonhar que de forma quase mágica tudo aquilo que você imaginou irá acontecer? Não é assim não é mesmo, ao contrário, é bem diferente.

No entanto, é preciso perceber que os sonhos estão divididos em desejos e anseios. A diferença entre eles é imensa embora exista em princípio uma semelhança no exterior e no sentir. Porém, para simplificarmos a questão e colocarmos nos trilhos da questão espiritual cristã, vamos logo enfatizando que o desejo está mais relacionado com o material e o anseio com o espiritual. Vamos exemplificar.

O sujeito tem o anseio de constituir família, então movido por esse anseio e ele deseja conhecer uma pessoa e se relacionar com ela com vistas para esse fim. Essa é a sequência natural e correta das coisas porque tudo brota no coração, se instala na mente e ela comanda as ações. Se esta ordem for modificada as coisas correm o risco de não darem certo.

Para o bom observador essa questão é muito clara, o diabo com suas tentações procura mexer na ordem das coisas. A igreja chama de desordem, desejo desordenado, paixões desenfreadas e por aí vai. O ditado popular diz que “quando a cabeça não pensa o corpo padece”. Sendo assim, quando a ordem e a natureza seguem seu curso, até os desejos são beneficiados porque eles não sofrem a ação da desordem (leia-se as tentações).

Jesus, sapientíssimo que é, foi logo esclarecendo a questão e dizendo que tudo está pautado nos dois mandamentos do amor. Vamos recordar? Amar a Deus sobre todas as coisas com todo nosso coração, alma e entendimento e o próximo como a nós mesmos. Pronto, fim de conversa. Se o amor está instalado em nosso coração – lembrando que Deus é amor – o brilho em nosso olhar, resultado desse amor que nos impulsiona a partir do interior, não será ofuscado jamais pelas forças inimigas, sejam as forças malignas como lemos nas cartas apostólicas, sejam as forças contrárias da humanidade que caminha na direção oposta à da porta estreita, a porta do céu.


Fonte: Jefferson Roger

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