Já parou para pensar, caro leitor, por que ficamos tristes? A tristeza, sem dúvida alguma representa o termômetro de nossas prioridades. Ela sinaliza toda vez que algo acontece que contraria nossas vontades e desejos. Porém, não só isso, ela silenciosamente pode ir somatizando dentro de nós e eclodir como uma doença, física ou psicológica. Alguém já ouviu falar em depressão? Pois bem, creio que todos começaram a ligar os pontinhos nessa reflexão, vamos adiante. O embotamento da mente humana, permitido por cada um por causa de sua curiosidade em relação as ofertas do mundo e do mal, transformam o ser humano num indivíduo que não consegue mais, como o cavaleiro que em rédeas em pulso comanda a direção do cavalo, ordenar os caminhos que precisa percorrer em vida. A dignidade humana facilmente se torna um marionete que se deixa conduzir pelo que o mundo diz que precisa ser feito, comprado, vivido e aproveitado. A tristeza existe sim, ela é o resultado de uma perda, no entanto, o ser humano, criado a imagem e semelhança de seu criador, não foi criado doente, mas padece adoecido por ter se deixado manchar através da concupiscência, a qual São Tiago nos recorda que atrai e alicia concebendo o pecado que gera a morte (Tiago 1,14-15). Portanto, por mais duro que possa parecer, é preciso deixar a burrice e a idiotice de lado e sofrer pelos motivos certos. Claro que isso é um trabalho que exige esforço porque se aprende de forma errada sobre os sofrimentos; o mundo prega uma forma de sofrer completamente diferente daquilo que Deus nos ensina. Você nasce, cresce, vai progredindo na vida; depois começa a perder coisas e pessoas. É tristeza sobre tristeza para aquele que não coloca sua vida nas mãos de Deus, vive longe da fé e crente apenas em valores científicos. Quando morrer, além de tudo que perdeu na vida, terminará por perder o resto e só lhe restará apenas Deus. E se sua vida não foi vivida semeando o bem e vivendo das coisas do Espírito, conforme a vontade de Deus? As pessoas planejam tantas coisas em vida (para a primeira etapa de suas vidas) que é esta passagem por este vale de lágrimas, e para o restante dela, que será vivido na eternidade, relaxam vergonhosamente. O tesouro escondido no deserto que nos fala o evangelho vale muito mais que qualquer coisa a se almejar para esta vida. Não se diz aqui que não devemos almejar enquanto estamos aqui na terra, mas se exorta que a vida vai além, as prioridades que damos no agora irão trazer reflexos e consequências no depois. Parece muito sadio e sensato ficarmos muito tristes com a possibilidade de perder a Deus para sempre, cada vez que cometemos nossos pecados mortais; muito mais do que quando ficamos tristes porque alguma coisa não anda na vida como queremos. Fonte: Jefferson Roger
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