E não poderia ser diferente, pois quando pecamos estamos preferindo algo ou alguém no lugar de Deus. Amar a Deus SOBRE todas as coisas, com todo teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento – diz o primeiro mandamento de sua lei. Quando o esforço não é total, sendo portanto parcial, Deus vai caindo de posição no ranking das pessoas. Do grego “hamartano” que quer dizer alguém que não alcançou um padrão estabelecido, o ato de cometer erros (pecar) condiz exatamente com essa afirmação. Quando não agimos conforme o padrão de atitudes e comportamentos esperado por Deus (seu padrão), muitas vezes o resultado do que fazemos caminha na contramão dessa vertente. Jesus é bem claro: quem não está comigo está contra mim, e quem não ajunta, espalha, diz nosso Salvador. Isso é o mesmo que dizer: quem não segue o padrão estabelecido por mim, segue o padrão estabelecido pelo mundo. E nas palavras do próprio Cristo o príncipe do mundo se chama Satanás. Para bom entendedor bastam meias palavras. Não é possível atribuir uma nova definição para os erros ou tentar enquadra-los numa ótica em que o ponto de vista autocomplacente promove indulgência atrás de indulgência. É um passar a mão na própria cabeça e ainda se chamar de bonzinho e santinho. Uma das artimanhas mais utilizadas pelas pessoas é a técnica do grande leque de pré-requisitos. Vamos entender. Sabe-se que para um erro ser considerado pecado mortal é preciso que o mesmo atenda a três condições: 1 – Ser matéria grave; 2 – O sujeito saber que é matéria grave; 3 – Ele querer fazer. O que ocorre então é que os três quesitos são relativizados e a partir disso para que um pecado seja grave e nos conduza para o inferno não são necessárias mais três condições apenas e sim, dezenas. Dessa forma a reta ortodoxia tradicional católica e o preto no branco do evangelho nas palavras de Jesus são transformados em pontos de vista para que, numa tentativa de agir com extremo jogo de cintura, a pessoa vá vivendo feliz achando que depois da morte ainda irá ser admitida na glória eterna dos céus. Triste engano, lemos na bíblia que o justo se salva com dificuldade através das obras que servirão de instrumento para nosso julgamento (Apocalipse 22,12) e nossa perseverança em vivermos os mandamentos (Deuteronômio 6,6-7). Fonte: Jefferson Roger
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