“Mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares” – Efésios 6,12. Como vemos, caros leitores, a raiz de nossa batalha é espiritual. Nem poderia ser diferente já que somos um composto de corpo e alma. Porém, muitos podem estar pensando: “e as muitas guerras que a humanidade tem registrado ao longo de sua existência? Pois bem, uma análise bem cuidadosa irá revelar que elas se originaram por conta da aceitação da entrada do pecado na vida das pessoas. Afinal, não poderia ser a guerra um bom fruto, Jesus disse que tudo nasce no coração, se ele disse tudo, infelizmente, as coisas ruins também nascem. Então, como podemos perceber, antes de travarmos uma luta contra os homens de carne e sangue (caso seja inevitável), precisamos combater incessantemente contra as tentações diárias. Ou alguém acha que passa um dia de sua vida sem ser tentado? Sempre é preciso lembrar, ter presente na mente, que temos uma situação maior a resolver, um “problema” principal a solucionar: temos que chegar no céu. E sabemos que o custo é alto, foi o Cristo mesmo quem disse que é difícil entrar no reino dos céus: “o reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam” – Mateus 11,12. Engana-se quem pensa que existe dia de folga nessa luta espiritual. O diabo não tem motivo para baixar sua ofensiva contra nós. Ele sabe que ao menor descuido de sua parte, nós iremos fortalecer nossa comunhão com Deus. Se isso acontecer a Trindade Santa irá fazer morada em nossos corações e um coração assim, repleto de Deus, irá tornar-se incorruptível. Mesmo assim, mesmo blindado a essa maneira, não podemos esmorecer. Sobre isso lemos na carta aos coríntios que “quem pensa estar de pé, tome cuidado para que não caia”. A mensagem das escrituras santas é “não pense que o paraíso já está certo”. A luta derradeira segue até a hora da morte, prova disso vemos na oração da Ave-Maria. Pedimos sempre a ela que rogue por nós nos dois principais momentos de nossas vidas: “agora e na hora de nossa morte”. A tentação segue até o momento final porque o momento da morte é a última oportunidade para satanás convencer alguém de que Deus está sendo injusto e castigando imerecidamente, propondo que se vire as costas para o altíssimo e abrace o desprezo, morrendo na impenitência e blasfêmia. Também na oração do terço ao arcanjo São Miguel rezamos assim: “Deus Todo Poderoso e Eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para Príncipe de Vossa Igreja, o gloriosíssimo arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora de nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado sermos introduzidos por ele na presença da Vossa Poderosa e Augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém”. Fonte: Jefferson Roger
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