Quando precisamos fazer alguma coisa que possui um certo grau de importância sabemos muito bem que devemos colocar nosso empenho e atenção; capricho, esmero, cuidado, dedicação e por aí vai. Já se ouviu dizer nos ditados populares que que o tempo que gastamos para fazer algo de modo correto é o mesmo que gastamos para fazê-lo de modo errado. Ah não, alguém vai dizer que “dando aquele jeitinho e jogo de cintura” dá para se fazer mais rápido. Ora, realmente dá, mas é preciso levar em conta que muito provavelmente você terá que refazer alguma coisa, então, no final das contas, vai levar o mesmo tempo. Esse é o teor do ditado popular. Na vida espiritual de cada um rumo ao céu, tudo funciona da mesma forma. A subida para o céu é difícil já fazendo o que se deve fazer para chegar lá. Se não agimos assim, sabemos muito bem que as quedas que levamos pelo caminho, além de nos atrasar e as vezes nos derrubar afastando-nos da meta, atrasa a conquista porque precisamos recomeçar. A cada queda (cada pecado), precisamos voltar para a vida da graça, deixamos o mal quebrar nosso frágil vaso de barro onde insistimos em defende-lo sozinhos contra os ataques do maligno. Não adianta, é dar as costas que somos surpreendidos pelas investidas sutis ou não da caterva infernal. Conforme nosso grau de santidade somos atingidos de forma compatível pelo mal. Não se sabe de alguém que esteja isento de sofrer as tentações. Não existe exceção para se rezar a oração que o Senhor nos ensinou: “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. O mal, pois bem, está aí um mistério em meio a tantos. Se tentarmos ir atrás de todos os porquês que nossa mente consegue conceber iremos sempre ou muitas vezes nos depararmos com uma grande muralha; aqui se fala em relação a salvação da alma. É uma avalanche de porquês. Porque Deus isso, porque Deus aquilo, porque permite isso, porque permite aquele outro; se ele quisesse poderia fazer isso, se quisesse poderia fazer aquilo, se quisesse resolveria isso assim ou assado. É, a lista das dúvidas pode ser bem grande se deixarmos essa tentação nos invadir. Mais fé, menos dúvida, menos fé, mais dúvida. É a balança da regra divina. E é nessa dúvida que se infiltra nosso inimigo cruel, assim como o predador mistura-se a vegetação para ocultar o seu bote, à espreita do diabo acontece da mesma forma, quando vemos, a tentação consentida já nos envolveu e libertar-nos das garras e presas da escravidão dos pecados é tarefa das mais difíceis. Não é bom negócio correr um risco dessa natureza quando em jogo está a salvação da própria alma. Fonte: Jefferson Roger
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