quarta-feira, 28 de agosto de 2019

É raro ao homem combater e vencer a luta em defesa da castidade

Essas são palavras ditas por Santo Afonso Maria de Ligório em seu livro “As Glorias de Maria”. Pautado num compêndio de vários outros ensinamentos de outros tantos (santos e santas), ilustra de forma prática os ensinamentos do evangelho onde se diz que são três as práticas que o homem deve exercer se quiser manter em pé essa condição.

A primeira delas é o jejum; é muito claro para o cristão, ou ao menos deveria ser, que a gula e o jejum não se dão bem. Muitos não compreendem qual a relação que jejuar tem com as concupiscências que nos arrastam para os pecados da carne. Ora, a gula é o apetite desenfreado e desordenado a respeito das necessidades. O erro aqui que muitos cometem é associar a gula apenas com o alimento. O jejum entra em cena para corrigir as vontades e trazer novamente ao equilíbrio aquilo que foi alterado e se tornou prejudicial.

A segunda delas é a fuga constante das ocasiões de pecado. Muitos sabem com agilidade e rapidez fugirem das ocasiões de perigo, porém, para as ocasiões de perigo ainda maior (o perigo para a alma na condição dos pecados), tardam a se manterem longe e evitarem. Não encaram as ocasiões como armadilhas prontas para nos prender pelas tentações. Santo Antonio Maria Claret dizia que o cristão não pode ter tranquilidade de sua salvação a menos que se preocupe seriamente em evitar todos as ocasiões de pecados e os pecados veniais. Seguiu por esse caminho e caiu em pecado, aprenda e lição e risque do seu itinerário de caminhada esse caminho e também caminhos semelhantes.

A terceira é, como diz Santo Antão – a única arma do cristão: a oração. O diálogo que fazemos com Deus não é via de mão única. Ele está pronto a nos atender. Vigiai e orai sem cessar disse Jesus, porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Tanto é que nossa carne não é a prova do fogo desse mundo, nossa alma é. No entanto, no outro mundo, a segunda morte na condenação ao inferno pode perecê-la (a alma). Então, concluímos que não podemos ficar de mãos abanando.

Nosso jejum não pode ser de “meia tigela”, evitar as ocasiões de pecado não pode ser só “quando der na telha”, rezar não deve ser só para fornecer a Deus uma lista de pedidos pontuais e egoístas. Por isso diz-se que é raro vencer um combate dessa magnitude. Lutamos da forma errada e tentamos o que não podemos fazer sozinhos (João 15,5). Não é de se admirar que Nossa Senhora disse em suas aparições que um dos pecados que mais condenam almas ao inferno são os pecados da carne. Fáceis de cometer e difíceis de abandonar. Coragem filho de Deus, com um pai como esse o que fazes que não se colocou sob seus cuidados e proteção? És herdeiro do reino e pensas em abandonar as vestes lavadas no sangue do cordeiro pelo lamaçal dos pecados e sua consequente danação eterna?


Fonte: Jefferson Roger

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