sexta-feira, 13 de setembro de 2019

A dor é filha do amor

Quem acha o contrário faça a seguinte experiência: pense numa pessoa que você tem certeza de que gosta de você, que te ama de verdade. Pensou? Muito provavelmente as pessoas em sua maioria pensam em suas mães. Não sei se sua resposta foi essa, mas vamos refletir a respeito. Por que a mãe encabeça uma lista como essa? Simples, o amor que tem pelos filhos chega ao ponto de extremos. É uma amostra aqui na terra do amor que Jesus tem por cada um de nós. Se não amasse a cada um por que aceitaria fazer o que fez e passar pelo que passou? Jesus, pessoa da Santíssima Trindade, já tinha tudo e não precisava de mais nada. Quem aceita livremente por amor a alguém padecer?

Pois bem, as mães, como dissemos, aceitam. Por amor ao filho tiram do seu prato e dão para ele, o visitam na penitenciária, deixam de comprar uma roupa para si para comprar para ele. Se o filho adoece gravemente a visão da indefesa criança sofrendo “corta-lhe” o coração. Se pudesse sofreria em seu lugar; quantas mães já não pediram isso a Deus? Que sofressem no lugar dos filhos?

Pois bem, experimente adoecer, é tua mãe que estará ao teu lado, não importa o horário. Mães são assim, se trabalham e recebem uma ligação de que o filho precisa de cuidados, larga tudo, pega sua bolsa e corre em direção da criança. Quem discordar não entende o que é o amor de mãe, que é um reflexo do amor de Deus demonstrado na pessoa de Jesus Cristo.

Nas sagradas escrituras aprendemos que temos que ser imitadores do Cristo (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1); então isso significa viver na vida um amor como o que Jesus viveu por nós. Se uma família está reunida em algum lugar público e é tomada de assalto em defesa dos filhos os pais farão de tudo para que o bandido não faça mal algum para as crianças. Vão até as últimas consequências para que o mal não se abata nas crianças. Ah vão mesmo! Pais que amam seus filhos não medem esforços, outro exemplo de amor pautado no modelo do amor divino.

Amar é aceitar a dor como fruto desse sentimento. Não se pode amar e não se importar com o amado. Isso é amor mundano egoísta, é o famoso “eu me amo” por mim mesmo, primeiro eu, depois, se sobrar tempo, o outro.

Já pensaram se Jesus agisse assim, só nos atendendo quando lhe sobrasse tempo por causa de um ego super inflado e uma vaidade sem limites? Estaríamos piores do que a fila dos postos de saúde, muito piores. Por bem, não é assim, o Deus conosco que sofreu por nossa causa está sempre ao nosso lado. Pena que muitos o fazem sofrer diariamente por causa de tantos pecados e ofensas cometidos contra ele. Pobrezinho de Jesus dizia uma das pastorinhas de Fátima, em meio a choros; e também Santa Gema Galgani que quando aprendeu na catequese sobre sua paixão, ficou tão compadecida que caiu sobre intensa e alta febre, aterrorizada com seus flagelos por amor a nós. E nós, fazemos o que?


Fonte: Jefferson Roger

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