segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Fuja das ocasiões de pecado

Ora bolas, até parece simples e meio sem sentido tratar de um tema dessa natureza, afinal, se você não quer se queimar não irá brincar com fogo, diz o ditado popular não é mesmo! Pois bem, mas a cada comemoração de fim de ano as estatísticas mostram que os atendimentos emergenciais nos pronto-atendimentos são realidades constantes. Como vemos não é tão simples assim e o assunto aponta para algumas fraquezas humanas.

Pela tentação do raciocínio lógico se as pessoas pecam é porque não evitaram as ocasiões de pecado, ou pior ainda, até as procuraram. É o que podemos entender como a raiz do problema. A tentação ordinária apresenta-se na região das ocasiões. As tentações mais incisivas atacam indiscriminadamente depois que nossas fortalezas foram minunciosamente analisadas pelo nosso inimigo. Já ouvimos falar do “ponto fraco”, pois é, quem não tem um, alguns ou muitos? Procura-los e explora-los é o que fazem os exércitos maléficos.

Nós, em contrapartida, temos que fazer a nossa parte que não consiste em tentarmos fazer algo sozinhos. Jesus nos disse que sozinhos nada podemos (João 15,5). Santa Catarina de Sena disse que sozinhos o que podemos fazer é nos condenarmos ao inferno e sem a ajuda dos demônios. Pobre de cada um que não abraça a humildade e tenta viver sob uma conduta própria e alternativa visando o mesmo resultado que o “caminho, verdade e vida”, único registrado e percorrido por tantos pode promover.

Então o sujeito começa a cair e levantar sempre nos mesmos erros e não busca, como dissemos linhas acima, a raiz do problema. É como a pessoa que tem febre e insiste em tomar remédio para baixa-la; febre é sinal de infecção, de que alguma coisa está errada em nosso organismo e que está sendo sinalizado por esse aumento anormal da temperatura corpórea. Tem-se que encontrar a causa da doença e combate-la, curada a doença o “aviso” (a febre) cessará.

Assim é nossa relação com as adversidades que buscam corromper nossa alma, submete-la, escraviza-la e por fim, conseguir a sua condenação eterna ao inferno. O sujeito não sabe andar de bicicleta, tenta faze-lo, cai, machuca cotovelos e joelhos, levanta-se, recompõe-se, faz curativos nas feridas e depois faz o que? Tenta andar de bicicleta novamente; irá cair mais uma vez e machucar-se outra vez. Primeiro precisa aprender a andar, tomar as providências, equipamentos de segurança, aprender sobre o equilíbrio, sobre a bicicleta, começar por lugares controlados, sem movimentos, próximos a gramados e de pessoas que o auxiliem. Não pode simplesmente subir na bicicleta e tentar atravessar o centro de uma cidade urbana movimentada no horário de maior movimento ou praticar uma trilha em meio as montanhas.

Fugir das ocasiões ou evita-las, são as duas coisas que precisamos fazer, ora uma, ora outra, ora as duas. Santo Antonio Maria Claret dizia que essa conduta nos garante a certeza da salvação e da vida na graça de Deus.


Fonte: Jefferson Roger

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