segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Sempre lutar

Realmente não importa, temos sempre que lutar nessa vida. Lutamos para pagar as contas, lutamos para mantermos as muitas coisas da vida nos eixos, lutamos para não perdermos a razão e não sairmos tentando dar murros nas caras das pessoas, ou então desferir ofensas contra alguém que não coaduna com aquilo que pensamos. Enfim, lutamos, lutamos, lutamos e lutamos. Todo mundo pode colocar na lista de lutas pessoais muita coisa. Algumas são comuns a todos, outras são lutas muito pessoais, outras são secretas e reclusas, outras abertas, seja como for, a vida é uma luta.

Jesus disse em Mateus 11,12 que “o céu é conquistado a força e são os violentos que o conquistam”; São Paulo vai dizer em suas cartas que devemos resistir na luta contra o pecado até o sangue. Esta existência passageira intitulada “vale de lágrimas” consiste numa batalha que terminará somente no momento que deixarmos essa vida. Tombaremos para o lado dos condenados ou deitaremos no berço esplêndido da graça e da glória.

Temos até o último suspiro, mas o problema é que não conhecemos o seu momento. Por isso sempre temos que levar uma vida que nos permita cairmos mortos sem nenhuma pendência ou ofensa contra Deus. Não vale o risco de se viver desregradamente postulando deixar para “tomar jeito” mais tarde. Pode ser tarde demais. Se rezamos uns pelos outros e pedimos a intercessão aos que já se foram e consideramos estarem na presença de Deus por que não nos comportamos como esses inúmeros modelos de vida? A começar por Jesus e sua mãe e seu pai nutrício?
Minha nossa viu, uma de minhas padroeiras, Santa Gema Galgani, dizia que a vida a importunava muito com suas ofertas que só propunham afasta-la de Jesus. Como ela tinha razão. Claro que é cansativo a vida desprovida de tantos pratos saborosos oferecidos pelo diabo. Suas tentações, sempre disfarçadas para seu deleite e nossa desgraça buscam sempre nossa derrocada. Contra isso, também, adivinhem, temos que lutar.

Aqueles que vão cansando pelo caminho durante a batalha vão trocando de lado e abraçam o ditado que diz: não pode com ele (o diabo), junte-se a ele. Que lástima é a queda dessas pessoas. Todos os dias Jesus propõe sutilmente outro ditado: não pode com ele (o diabo), junte-se a mim. Está lá em João 15,5 – “sem mim nada podeis fazer”. Como queremos participar na duríssima batalha que coloca nossa salvação como alvo desprovidos de tudo que Deus quer nos dar, basta acolhermos e aceitarmos suas implicações? Temos que lutar ou teremos que desistir. Temos que escolher.


Fonte: Jefferson Roger

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