Em tempos atuais há quem diga que a morte é a solução de muitos ou de todos os problemas. Certamente, por motivos errados, as pessoas que se suicidam pensam algo relacionado a isso. São Paulo na carta aos filipenses capítulo 01, versículo 21 vai dizer que “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. No entanto, as palavras do apóstolo denotam uma direção bem diferente daquela que leva pessoas a tirarem suas vidas. A vida nos cansa diariamente e chegamos ao ponto de não a querermos mais. Perde-se o sentido, se é que existia algum, e tudo se torna um verdadeiro carregar de pedras. Sofrimentos, dificuldades, angústias de todos os tipos, frustrações e toda uma bateria de tribulações. São Francisco chamava a morte de “sua irmã”, muitos santos e santas de Deus desejavam a morte e sobretudo, quando estavam passando por esse momento, o momento derradeiro, alegravam-se de tal forma que esse acontecimento lhes causava imensa alegria. Como assim, pode pensar o leitor. De fato, para eles, significava que esta parte da jornada estava acabando e o encontro com Deus já se aproximava. Misturada essa alegria com uma ansiedade a entrega voluntária do espírito marcava (e ainda marca) uma vida de eternas alegrias no paraíso feito para todos que querem ser de Deus, vivendo aquilo que ele pede. A morte não pode ser uma fuga, já que é o fim de todos que estão por aqui; pela fé, precisa ser compreendida. Se naturalmente nos encontrarmos com ela, se nossa vez de prestarmos conta chegar, como nos servirá essa morte? Será como um assaltante que nos surpreendeu tirando o pouco ou muito que temos ou julgamos ter e que pode ter valor apenas para nós? Vivemos uma vida no estilo “deixe quieto”? Eu deixo Deus em paz contanto que ele não me importune? Me deixe viver como quero que eu não farei mal aos que querem segui-lo? Há ainda aqueles, que se esforçam para serem ateus, que estão livres quanto a isso. Arrumaram suas próprias soluções e eliminaram o “pesado” fardo que a religião impõe”, mas não qualquer religião e sim, aquela que nos aponta para o verbo de Deus, sabedoria encarnada no seio da Virgem Maria, que morreu por todos para que tenhamos a vida eterna. Religião que tem a função de “re” - ligar o homem a Deus, preparando-o para a vida eterna, pois o aqui e agora é um prelúdio do que vem pela frente. Ah como seria bom morrer, não ter mais dívidas, não passar por mais desavenças com as pessoas, não precisar trabalhar, não adoecer, não passar por dificuldades de nenhuma natureza. Seria sim e na verdade será, no livro do Apocalipse Deus nos revela que tudo isso irá acontecer. O que não pode acontecer é esperarmos de braços cruzados, temos a nossa parte para fazer, temos que vivermos como filhos de Deus, que por uma vida eterna longe de tudo isso que não é bom, em seu amor, nos pede que aceitamos essa purificação terrena de poucos anos. Poucos anos de dificuldades contra a eternidade sem elas parece uma proposta maravilhosa demais para ser jogada no lixo, chafurdando no lamaçal dos pecados. Fonte: Jefferson Roger
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