Essa é uma frase que pode ser dita depois de um a exame de consciência bem severo e detalhado, daqueles bem rígidos que não deixam passar nada. Quanto mais nos cobramos em nossas condutas e comportamentos rumo à pátria celeste, mais nos aproximamos do padrão de julgamento que Deus utiliza sobre cada um. Ou alguém acha que as coisas ruins e erradas que fizemos, fazemos ou faremos, irão ficar por isso mesmo? Claro que não! Aqui na terra dizemos que um bom juiz é aquele que aplica a pena ao condenado em função daquilo que fez de errado. Se ele “afrouxar” a sentença por causa de alguma coisa boa que o malfeitor fez no passado certamente diremos que não foi um bom juiz e não deu o tratamento adequado para a situação, diremos que foi injusto. Muito bem, se acertadamente dizemos isso de uma situação como essa por que queremos achar que Jesus, o justo juiz, irá nos tratar com menos rigor? Alguns prontamente iriam dizer que é porque Jesus é misericordioso. E que não é superado em amor e misericórdia. E entendemos que isso é verdade, mas a misericórdia de Jesus esbarra em nossa falta de comprometimento com sua palavra. Uma das seis formas de se pecar contra o Espírito Santo apontada por São Tomás de Aquino é o pecado da presunção; nele a pessoa acha que irá entrar no céu de qualquer forma, não dependendo de sua conduta. Eis um exemplo de falta de comprometimento, não levamos a sério a salvação da alma. Mal fazemos algum esforço na direção da santidade e já nos achamos mártires. Por tão pouco entregamos ao diabo nossas conquistas, cedemos muito facilmente e ficamos achando que estamos com a razão. E vivendo dessa maneira vamos nos acostumando com o errado. Não é de se espantar que evitemos deste ponto em diante os grandes exames de consciência. Eles nos desmascaram impiedosamente. Num ponto como este temos, mais uma vez, uma escolha a fazer: seguimos como estamos vivendo ou damos a famosa guinada (nos convertemos) e tratamos de resolver o problema do “pé no inferno” ou pouco para chegar lá. Fonte: Jefferson Roger
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