E aí, será que todo mundo passa por isso? Ou você confia, ou você não confia, ou você desconfia. Esse negócio de que você confia desconfiando (o famoso pé atrás) demonstra alguns problemas relacionados ao modo de pensar e agir. Pois bem, ensina-se que Jesus é bom pastor e que nós somos suas ovelhas. No mundo em que vivemos para que servem as ovelhas? Muito grosseiramente falando e muito mais resumidamente ainda, servem para produzir lucro para seus donos através da sua lã. Depois de um tempo ela morre e fim de conversa. Seus donos possuem o cuidado de reproduzi-las para sempre terem sua fonte de lucros (produção de lã) garantida. Não se trata de interesse próprio? Por isso Jesus não estendeu a analogia dos filhos de Deus com as ovelhas pastoreadas adiante do que ele falou. Quis ficar apenas na relação de cuidado entre o dono e sua propriedade. Porém, convenhamos, será que o pastor das ovelhas tinha algum amor imenso por elas ao ponto de dar a vida para salva-la? Colocando-a em prioridade acima da sua família? Ou será que mantinha extremo zelo, alegrando-se por ter encontrado a ovelha perdida porque recuperou uma peça da sua fonte de lucro? Jesus afirma que o pastor dá a vida por suas ovelhas, mas dá por que? Tem tanto amor assim por esses bichos? E nós, comparados a elas, por que somos comparados se ele não se iguala ao pastor do exemplo? Deu sua vida na cruz para nos redimir e nos salvar sem nenhum objetivo lucrativo. Vamos compreender como são as coisas para que não corramos o risco de desconfiarmos de Deus. São Paulo vai dizer na carta aos filipenses, capítulo 01, versículo 21 que “para mim viver é Cristo e morrer é lucro”. Ah, perceberam onde está o lucro para Jesus, da sua morte? Eis a questão, eis a pedra preciosa encontrada no deserto. Ele disse que devemos ser quem serve e não foi isso que fez por nós? Sua morte, aceita por mando e amor ao Pai Eterno trouxe sim, lucro, quem lucrou com isso fomos nós, tolas criaturas que com uma visão curtíssima não enxergamos um palmo a frente de nosso nariz. Isso tudo é obra do nosso inimigo cruel, que quer nos colocar contra Deus, minar nossa fé, fazer com que aceitamos sua causa (que é uma causa perdida) e ainda mais, semeando confusão em nossos corações e mentes quer nos mostrar que ele é o bonzinho e Deus é o castigador, que cobra e valoriza sofrimento nos negando os mimos que pedimos. Não existe o ditado popular que diz que “quando a esmola é demais, o santo desconfia?” Por isso devemos ser ovelhas desconfiadas, mas da maneira certa, porque o que o diabo faz muito bem é oferecer suas esmolas em cima de esmolas para todos nós. Fonte: Jefferson Roger
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