sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Poucas vezes senti que Deus estava me ouvindo

Por que será que algumas vezes nos sentimos assim? Com aquela sensação de que a oração está caindo no vazio? Parece a oração não fazer efeito. Bom, para começar, a oração não é uma fórmula mágica como das histórias de ficção. Não funciona como o livro de magia dos magos que, escolhem essa ou aquela “receita” para conseguirem esse ou aquele resultado. Pior ainda é quem coloca sua crença nas chamadas simpatias, pura superstição inclusive biblicamente condenada.

Pois bem, será que as orações não estão sendo transformadas em listas de exigências? Quem sabe é isso que esteja acontecendo. O filho rebelde e desobediente perde seu tempo em cobrar de seu pai mimos atrás de mimos se ele não agir conforme sua posição exige. A natureza humana imita a natureza divina; dessa forma como são postas as coisas já podemos imaginar o alto padrão exigido por Deus em relação ao nosso comportamento.

Ufa! Enfim descobrimos o problema, passamos então a corrigir a forma como fazemos as orações. Ué! O tempo vai passando e da mesma maneira não sou atendido naquilo que peço, mesmo pedindo coisas de natureza espiritual? Focadas para a salvação das almas? O que é que está acontecendo! Haja paciência. Mas acalmemo-nos, existe uma pista nisso tudo, vamos acompanhar.

Vejamos; as pessoas não pedem, por exemplo, aos santos e santas rezando para eles para que intercedam por elas junto a Deus afim de que obtenham as graças necessárias para a salvação e até mesmo os pedidos de ordem pontual? Olhemos para a vida dos santos - sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornam herdeiros das promessas - carta aos Hebreus, capítulo 06, versículo 12. Muito bem, Nossa Senhora em suas aparições, referindo-se a este trecho nos diz: aprendam com a vida e o exemplo dos santos.

A mensagem nisso tudo é: quanto maior a comunhão com Deus mais atendidos por ele seremos. Isso não é de se duvidar porque para comungarmos com Deus precisamos nos conformar a ele e nos configurarmos ao Cristo. Olhando por essa ótica percebemos que “continentes” inteiros dentro de nós, impedem que alcemos voo em direção ao céu porque estamos presos as coisas e os prazeres do mundo. Desta forma não pedimos nossa libertação, pedimos desejos pessoais. A ordem das prioridades mudou e enquanto não nos corrigirmos as coisas continuarão desordenadas, nem seremos capazes de entender os puxões de orelha que Deus vai nos dando ao longo de nossa vida que não se coaduna ao seu amor.


Fonte: Jefferson Roger

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