Em nossas vidas muitas coisas são planejadas. O hábito de planejar existe a bastante tempo. Ele é saudável e contribui positivamente para muitas coisas darem certo. Quando se planeja, avalia-se tudo que pode estar envolvido para que os imprevistos (embora ainda o sejam), possam ser melhor administrados. Muitos já ouviram a famosa frase que fala do “plano b”, colocado em ação caso o plano principal (o plano a) não tenha conseguido atingir o fim proposto em teoria. No entanto, o planejamento não funciona para tudo, ou ainda que funcione esbarra na questão que diz que “o fim não justifica o meio”. Aplicando-se ao que estamos refletindo por aqui, entraremos agora na questão espiritual de nossas vidas. Vamos acompanhar. Trata-se da forma como os sacramentos católicos deixados para a tutela de sua igreja por Jesus são buscados e utilizados. Especificamente falamos do sacramento da confissão, que está diretamente relacionado ao arrependimento sincero, com propósito firme de não reincidir no erro e retomar o caminho da vida da graça, deixado por Jesus Cristo. Pois bem, os espertos de plantão fazem o que? Vamos aproveitar a vida, fazer isso e aquilo, saciar nossas vontades, depois “é só confessar e pronto!” Eu falo para Jesus os meus pecados, enumero a lista completa, recebo o perdão de Deus por intermédio de seu servo – o sacerdote – cumpro a penitência imposta e estou “limpinho” de novo, pronto para mais uma rodada desordenada de alegrias e prazeres. Como Deus é bom, é só lavar que está novo! E assim, muitos tratam o sacramento como um remédio para os efeitos estomacais advindos de uma farra gastronômica no dia anterior. Talvez os mais novos não conheçam, porém, os de mais idade irão lembrar do comercial de tv que dizia: tome um engov antes e um engov depois, referindo-se ao medicamento que foi criado para te permitir a liberdade desenfreada e abusiva das práticas alimentares. Não é possível fazer a mesma coisa com a confissão. Não é possível planejar fazer as coisas erradas e depois correr para o confessionário; você não será perdoado e mais, sairá do sacramento em estado pior do que entrou. Sobre isso encerramos o artigo ilustrando um colóquio entre Deus e Santa Catarina de Sena. Diz à ela nosso criador: “aquele que peca com intenção de se confessar não espere de mim nem o perdão e nem a misericórdia.” Fonte: Jefferson Roger
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