Pois bem, se está dando uma passadinha por este site já deve ter percebido que não é. Ainda mais quando ouvimos de sua boca que “quem quer se salvar, renuncie a si mesmo, tome sua cruz dia após dia e me siga” – Lucas 9,23. E mais: quem coloca a mão no arado e olha para trás não é digno de mim. Pois é, a religião, que existe para religar o homem a Deus não funciona no estilo “super bond”, não é como a cola instantânea que em poucos segundos une duas coisas. Na vida real percebemos que unir-se a Jesus requer um esforço que, além de contínuo, consome praticamente todo nosso tempo e forças. Por isso as pessoas sofrem a barbaridade que sofrem. Não existe esmero na caminhada rumo ao céu. O tempo que Deus deu a cada um é diluído em muitas atividades e prazeres e assim, como uma dedicação tão pequena vamos sentindo o peso dos passos que são percorridos para frente. São Paulo vai dizer que “quem está de pé cuide para que não caia.” De fato, qualquer um já viu o quanto difícil é subir a ladeira, afinal, o paraíso celeste fica para cima, a danação eterna para baixo; não é à toa que viver lascivamente é muito mais fácil. Só que muitos esquecem do perigo que a descida representa. Um exemplo para elucidar: se você está correndo numa subida, percorre o trajeto passada a passada com a musculatura firme, a cada passo você faz força para ir adiante e, embora canse mais sofre menos risco de contundir-se. Se está correndo numa descida a cada passada coloca o peso do corpo sob as articulações do joelho, tornozelos e pé, a coluna sofre maior impacto e a cada passo a musculatura aterriza em repouso, o cansaço é menor, mas existe o risco maior das lesões e da queda, uma queda com maior grau de perigo. Vale outro exemplo: na descida de serra os caminhões procuram fazer o caminho engrenados em freio motor, não descem o percurso em ponto morto ou frenando quando necessário. Um descuido e não irão conter o veículo o que poderá acarretar em grave acidente. Assim é em nossas vidas, se escolhermos o caminho dos ímpios, a ladeira espaçosa e asfaltada dos condenados, terminaremos caindo e rolando para a danação eterna. Se estamos a subir como Jesus ensina, com a nossa cruz, em nossas quedas provavelmente não rolaremos tão distantes dela, poderemos nos agarrar à ela, nos levantarmos e continuarmos. Essa é uma atitude que imita Jesus Cristo (Efésios 5,1 – 1ªCoríntios 11,1), cuja caminhada até o calvário em suas quedas não se apartou do madeiro. O caminho que ele abriu para cada um nós ele mostrou como se deve trilhar. Fonte: Jefferson Roger
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