sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Achou que seria fácil seguir Jesus?

Pois bem, se está dando uma passadinha por este site já deve ter percebido que não é. Ainda mais quando ouvimos de sua boca que “quem quer se salvar, renuncie a si mesmo, tome sua cruz dia após dia e me siga” – Lucas 9,23. E mais: quem coloca a mão no arado e olha para trás não é digno de mim. Pois é, a religião, que existe para religar o homem a Deus não funciona no estilo “super bond”, não é como a cola instantânea que em poucos segundos une duas coisas. Na vida real percebemos que unir-se a Jesus requer um esforço que, além de contínuo, consome praticamente todo nosso tempo e forças.

Por isso as pessoas sofrem a barbaridade que sofrem. Não existe esmero na caminhada rumo ao céu. O tempo que Deus deu a cada um é diluído em muitas atividades e prazeres e assim, como uma dedicação tão pequena vamos sentindo o peso dos passos que são percorridos para frente. São Paulo vai dizer que “quem está de pé cuide para que não caia.” De fato, qualquer um já viu o quanto difícil é subir a ladeira, afinal, o paraíso celeste fica para cima, a danação eterna para baixo; não é à toa que viver lascivamente é muito mais fácil. Só que muitos esquecem do perigo que a descida representa.

Um exemplo para elucidar: se você está correndo numa subida, percorre o trajeto passada a passada com a musculatura firme, a cada passo você faz força para ir adiante e, embora canse mais sofre menos risco de contundir-se. Se está correndo numa descida a cada passada coloca o peso do corpo sob as articulações do joelho, tornozelos e pé, a coluna sofre maior impacto e a cada passo a musculatura aterriza em repouso, o cansaço é menor, mas existe o risco maior das lesões e da queda, uma queda com maior grau de perigo. Vale outro exemplo: na descida de serra os caminhões procuram fazer o caminho engrenados em freio motor, não descem o percurso em ponto morto ou frenando quando necessário. Um descuido e não irão conter o veículo o que poderá acarretar em grave acidente.

Assim é em nossas vidas, se escolhermos o caminho dos ímpios, a ladeira espaçosa e asfaltada dos condenados, terminaremos caindo e rolando para a danação eterna. Se estamos a subir como Jesus ensina, com a nossa cruz, em nossas quedas provavelmente não rolaremos tão distantes dela, poderemos nos agarrar à ela, nos levantarmos e continuarmos. Essa é uma atitude que imita Jesus Cristo (Efésios 5,1 – 1ªCoríntios 11,1), cuja caminhada até o calvário em suas quedas não se apartou do madeiro. O caminho que ele abriu para cada um nós ele mostrou como se deve trilhar.


Fonte: Jefferson Roger

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