quinta-feira, 19 de março de 2020

Arquidiocese e o Covid-19

Segue abaixo caros leitores a transcrição de trecho da determinação da arquidiocese de uma das capitais do país, no que tange as normas “impostas” pelas lideranças católicas (acatadas da determinação governamental), baseadas no número 87 do código de direito canônico: “Cân. 87 — § l. O Bispo diocesano, sempre que julgar que isso contribui para o bem espiritual dos fiéis, pode dispensá-los das leis disciplinares tanto universais como particulares promulgadas pela autoridade suprema da Igreja para o seu território ou para os seus súbditos, mas não das leis processuais ou penais nem daquelas cuja dispensa esteja especialmente reservada à Sé Apostólica ou a outra autoridade.” Obs: qual o bem espiritual que a pessoa recebe ao não participar da santa missa e receber a santa comunhão? Vá lá... “Diante da difusão exponencial do vírus COVID – 19, em ritmo mais acelerado do que os conhecidos em outros países, e a consequente pandemia em pleno movimento, elevando em muito os riscos de contaminação, consideramos mais acertado reavaliar as determinações dos últimos dias e optar por caminhos que favoreçam ainda mais as disposições preventivas. Segue, pois, que: – As Celebrações Eucarísticas, ou quaisquer outras, bem como eventos religiosos de qualquer ordem, não sejam realizadas nem mesmo para pequenas aglomerações. Com isso se quer proteger melhor a saúde dos padres, dos membros das equipes litúrgicas e da comunidade.” Pois bem, está confirmada a tendência da suspensão da santa missa (entre outras celebrações). A oração mais perfeita e que mais agrada a Deus (segundo Nossa Senhora em suas aparições), quando o fiel participa de maneira frutuosa, agora está suspensa até nova ordem. Recordo-me com isso que, no passado, existiram santos que por estarem doentes, acamados e, portanto, impossibilitados de irem à missa e receberem a comunhão, choravam em seus leitos hospitalares no momento da santa missa. O primeiro golpe foi proibir a comunhão na boca, agora a santa missa (que festa deve estar fazendo o inferno). Tudo (alegam) pelo bem da saúde pública, porém, a saúde espiritual é um detalhe que pode ficar de lado... É um dilema para a humanidade e um paradoxo a ser vivido. Se somos um composto de corpo e alma o que fazer com os cuidados da alma em tempos como esse? Ela que aguarde? Pois bem, voltemos às raízes. Todavia, como nos é impossível ir à missa e comungar, o terceiro mandamento não fica desobedecido, pois Deus vê de quem é a culpa em casos como esse. Como diz Santo Antão, é hora de lutarmos com a única arma do cristão: a oração. Artigo relacionado: Comunhão milagrosa Fonte: Jefferson Roger

Nenhum comentário:

Postar um comentário