Subir uma montanha bem sabemos não é tarefa das mais fáceis, basta perguntarmos aos alpinistas que obteremos uma série de informações que atestam essa realidade. Pois bem, trajetória semelhante, por analogia podemos fazer em relação a pessoa que deseja se libertar do vício do sexo ilícito, do adultério e da prostituição. A menos que Deus queira, a libertação não será instantânea. Já diz o autor do livro a imitação de Cristo: eles são fáceis de cometer e difíceis de abandonar. No início o sujeito promete a Deus não mais praticar seus vícios, infelizmente percebe que suas palavras se vão ao vento quase instantaneamente e tão logo se de conta já está novamente mergulhado nas práticas pecaminosas. É o início da caminhada da montanha, a libertação está no cume, mas nesse ponto as quedas são constantes, o pecado brada com mais força e diariamente acontecem os fracassos. A persistência, no entanto, e um olhar voltado para o cume – lembremos que Jesus disse para colocarmos a mão no arado e não olharmos para trás – vai diminuindo a força das tentações, o processo de cura está começando. Passa a primeira semana, a segunda e a terceira e as quedas são menos frequentes, mas acontecem. Nesse ponto satanás fica alerta: “opa, um cativo meu está tentando se libertar?” Sabemos que o diabo não desiste tão fácil das pessoas e sempre lança novas estratégias mais sujas para fazer a pessoa recuar até o ponto de partida para que ache não haverá solução para seu caso. E por estar, no passado, cativo do demônio, ele passa a conhecer os pontos fracos e os modos de derrubar a pessoa com facilidade. E assim, embora se tente, ainda se acaba caindo no erro, nos velhos costumes. O que há de errado? Simples! A resposta é bíblica. As escrituras ensinam que devemos fugir das ocasiões de pecado e não tentar dialogar com as investidas do inimigo ou desafia-lo, achando que somos mais fortes. Vamos recordar? João 15,5 – “sem mim nada podeis fazer” – disse Jesus. E podendo escolher entre o bem e o mal, entre praticar o que é certo ou errado lá se vai a pessoa a pecar; e o curioso é que, quando se está na prática do pecado, embora se saiba que é errado, muito dificilmente se conseguirá parar, reagir, se não se partir para uma direção oposta. Depois de consumado, a pessoa cai em si, e sua consciência a acusa. Então passa a se sentir o mais miserável e infiel dos filhos de Deus. É em momentos assim que o pecador pensa que não tem jeito, que já tentou inúmeras vezes e não conseguiu, que vai desistir da caminhada em busca do auge da montanha. Por que Deus permite irmos tão longe se ele poderia cessar nossas dificuldades com apenas um toque? Para que o ódio ao pecado crie raízes fortes dentro de nós, um sentimento de repugnância àquilo que nos afasta de Deus, para firmar profundamente na alma o discernimento do bem e do mal e suas consequências espirituais. Nesse momento, em nossas orações a Deus, orações persistentes, estaremos passo a passo cada vez mais próximos da libertação total. Mateus 10,22 – “aquele que perseverar até o fim será salvo.” Fonte: Jefferson Roger
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