A Renovação Carismática procura a “abundância” ou o “derramamento” do Espírito Santo. Mas onde está, com certeza, a graça do Espírito Santo? Vamos recordar? Nos Sacramentos. Sendo assim, a santificação se torna mais frutuosa quando o fiel recebe esses mesmos Sacramentos com as devidas disposições. Entre os Sacramentos, a Igreja sempre afirmou que o mais poderoso derramamento da graça divina acontece quando o Santo Sacrifício da Missa é oferecido. Eis aí o manancial da graça que eles deveriam procurar, eis aí a oração oficial da Santa Igreja, na qual Cristo Mesmo intercede por nós continuamente conforme lemos na carta aos Hebreus 7, 25. Também é ensinado pela Igreja que as graças espirituais não se limitam somente aos Sacramentos, mas também se pode obter pelos Sacramentais (água benta, escapulário, bençãos) e pelas devoções aprovadas e vivamente encorajadas pela Igreja – de modo particular a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e à Santíssima Virgem Maria. E por falarmos em devoção, os carismáticos do Brasil são famosos por promoverem uma falsa devoção à Divina Misericórdia; tornando-a a grande responsável pelo abandono das duas devoções mencionadas acima. Eles prestam culto a um Jesus falso, sem chagas, que esconde o seu Sacratíssimo Coração; eles recitam preces bem curtinhas para esse falso Jesus usando as dezenas que os católicos usam para recitar o Santo Rosário. Os mais prudentes falam em renovação de Pentecostes, os mais ousados em Segundo Pentecostes, tanto um como outro ignoram o que foi o primeiro Pentecostes. O primeiro e último Pentecostes foi estabelecido com o propósito de cumprir a promessa feita por Nosso Senhor de enviar o Espírito Santo, conforme lemos em João 15, 26, confirmando aos olhos de todos a origem divina da Igreja, que foi estabelecida de uma vez por todas para a redenção do gênero humano. Uma “segunda experiência” de Pentecostes não é necessária! Como aprendemos em Atos 2,4, o Espírito se manifestou na primeira pregação pública dos Apóstolos, onde pessoas de diferentes lugares foram capazes de compreender o discurso dos Apóstolos em sua própria língua. Em nenhum lugar nos Atos dos Apóstolos se alude ao estranho fenômeno de pessoas falando em línguas incompreensíveis e, portanto, inúteis aos ouvintes, conforme está escrito em 1ª Coríntios 14,11; tampouco se encontra qualquer alusão à agitação incontrolável, desmaios repentinos e outras coisas mirabolantes que só se podem encontrar nas ditas renovações de Pentecostes dos carismáticos. Assim é porque os Apóstolos eram bons católicos, viviam segundo a modéstia cristã, procediam com ordem e decência, sabendo que Deus se manifesta na brisa do silêncio (3 Rs 19, 12). Além do mais, os carismas que possuíam não foram empregados para o “avivamento” de si próprios, mas para o estabelecimento da Igreja, isto é, para convencer as pessoas de que a Igreja Católica procedia de Deus. Santo Agostinho e São Gregório explicavam que tais maravilhas não eram mais necessárias em seu tempo, porque a Igreja já falava a língua de todas as nações e não havia mais qualquer motivo plausível para desconfiar de sua origem divina. Muito mais razão temos nós para dizê-lo hoje. E para encerrar esta série de artigos sobre o equívoco espiritual denominado de renovação carismática, apresentamos a seguir uma lista de seitas hereges (com erros já condenados pela Igreja Católica) as quais bebem do mesmo erro desta renovação carismática que é difundida aqui no Brasil: Nova Era: movimento sincrético que usa a experiência pessoal de seus membros como fator de unificação. A Nova Era não possui dogmas, só “carismas”. Eles são, naturalmente, adeptos da doutrina carismática do “batismo no Espírito”. Insistimos novamente, qual espírito? Messalianismo: uma heresia que teve origem na Mesopotâmia em 360 A.D. Segundo eles, os Sacramentos não comunicavam a graça. O único poder espiritual é a oração que leva a posse do Espírito Santo. Com um pequeno esforço de imaginação podemos vê-los, ao som de guitarra e tamborim, cantando “Eu tomo posse da graça de Deus” com as mãos para o alto, entre palminhas e gritarias, tal qual acontece nas reuniões carismáticas. Montanismo: heresia segundo a qual o Espírito Santo teria suplantado a Revelação de Cristo. Agora ele estaria completando-a mediante “um novo derramamento do Espírito Santo”. O seu fundador, Montano também possuía o “dom de línguas”. Algo familiar? Protestantismo: uma heresia que teve início com Martinho Lutero em 1517. Ela nega a existência de uma Igreja hierárquica visível, mas sustenta que existe uma sociedade invisível, a “Igreja espiritual dos crentes”. Ela também sustenta que é dado a cada crente a inspiração profética para interpretar a Palavra de Deus infalivelmente. O movimento pentecostal, que deu origem a Renovação Carismática, é um dos muitos frutos podres nascidos dessa árvore. Jansenismo: uma heresia do século XVI que tentou incorporar os erros do protestantismo dentro da Fé Católica. Eles confundiram a graça com o sentimento de consolação, afirmando que só aqueles que são totalmente espirituais podem se salvar. Essa doutrina lhes permitia viver longe dos Sacramentos, entregando-se totalmente a “graça de Deus”. Novamente aqui os Sacramentos, a principal fonte da graça santificante, são trocados pelos sentimentos. Fica assim comprovado que o Renovação Carismática é má em si mesma. As doutrinas e práticas carismáticas são errôneas e nocivas ao bem comum. A Igreja, cuja missão é dar testemunho da verdade, não pode (não deveria) aceitar esse movimento em seu seio. Artigo relacionado: Não seja um carismático Fonte: Jefferson Roger e adaptação do site controversiacatolica
Nenhum comentário:
Postar um comentário