Vamos primeiramente recordar: É a sexta vez na história que é declarado emergência no que tange a saúde pública. Acompanhem. Em 25 de abril de 2009 foi a vez da pandemia de H1N1. Depois em 5 de maio de 2014 entrou em cena a disseminação internacional de poliovírus. Em seguida, em 8 agosto de 2014 o surto de Ebola na África Ocidental. No começo do ano, em 1 de fevereiro de 2016 o vírus zika e o aumento de casos de microcefalia e outras malformações congênitas. Depois, antecedendo o coronavirus, em 18 maio de 2018 o surto de ebola na República Democrática do Congo. Alguém lembrava disso? Pois é... e as mortes no trânsito? Que ceifam milhares de vidas humanas e parecem não incomodar as autoridades no mesmo grau dos alarmismos pandêmicos descritos acima? No site da OPA/OMS existe um documento sobre segurança no trânsito de 60 páginas que fala dos horrores da situação. O prefácio do documento afirma que cerca de 3.400 pessoas morrem no trânsito em todo o mundo. Na página 06 do documento le-se assim: “A carnificina que ocorre nas vias em todo o mundo é uma crise de saúde pública de proporções épicas. O número global de mortes já chegou a 1,24 milhão por ano e a estimativa é de que alcance 1,9 milhão em 2030 caso nada seja feito para reverter a tendência atual. Se estatísticas como essas fossem devidas a micróbios, vírus ou alguma nova doença terrível, seria uma notícia de grande repercussão. Os jornalistas escreveriam sobre os impactos devastadores dessa catástrofe de saúde nas cidades e nos países. Doadores iriam mobilizar fundos para pesquisa em busca de uma cura. Conferências globais procurariam conscientizar o público e as celebridades emprestariam seus nomes à causa.” Um cálculo rápido entre mortes no trânsito viário e mortes por coronavirus; é de se considerar que as mortes ocorridas no trânsito são bem maiores. Sendo bem maiores, e constantes, por que as empresas de jornalismo não noticiam com a mesma ênfase, intensidade? Vale a pena se perguntar. Talvez, por "vontade de Deus", ou mesmo algo do acaso, ou consequência do estilo humano, o "novo coronavirus" seja mais do que um alerta, porém, um aviso de "ultimato" para a humanidade: o estilo de vida contemporâneo não é mais combatível para o ser humano, para outras espécies e para o próprio planeta Terra. Fonte: adaptado pelo autor do site de jus.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário