quinta-feira, 2 de abril de 2020

Cuidado com a veneração

Nossa Senhora em toda a história de suas aparições nunca disse: rezem que eu darei – palavras da vidente Mirjana de Medjugorje – ela sempre disse: “rezem que eu pedirei ao meu filho por vocês”. E não é o que todo mundo faz aqui na terra? Não pedimos uns pelos outros a Deus? A Jesus?

Tiago 5,16 – “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e ORAI uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia.” Ora, aqui em vida todos intercedemos uns pelos outros, pedimos a Deus uns pelos outros. São Paulo diz em suas cartas que nada nos separará do amor de Cristo. Continuamos, portanto, a pedir uns pelos outros, quando saímos da igreja peregrina (estando vivos) e passamos para a condição da igreja triunfante (junto de Deus). Não esquecendo também que pedimos pela igreja padecente (as almas do purgatório).

Como vemos, é bíblico o fato de pedir que alguém interceda por nós. Já não lhe disseram alguma vez “reze por mim”? Ou reze pelo “fulano”? Possivelmente sim! É o que fazemos também quando nos dirigimos aos santos e santas de Deus, a Jesus e a Virgem Maria. Quando rezamos aos santos sempre dizemos “rogai por nós”, pois é o que eles podem fazer: pedir (interceder) por nós. Quando rezamos para a Virgem Maria sempre dizemos: “rogai por nós pecadores”, pois esse é o papel dela. Se nos dirigimos ao Cristo já dizemos outra coisa: “Senhor, tende piedade de nós”.

O católico não deve agir com estupidez imaginando que uma imagem de gesso, papel ou madeira seja capaz de lhe conceder o que ele pede em oração. Nada disso! Elas representam para os católicos alguém que viveu o projeto de Deus, que é respeitado e admirado pela vida que levou seguindo os mandatos divinos e o evangelho. Assim como tratamos com respeito a foto de um ente querido, colocar uma imagem em destaque na casa é um gesto de fé, para recordarmos o que essa pessoa viveu, como viveu (imitando a Jesus – Efésios 5,1, 1ª Coríntios 11,1) e temos uma atitude de devoção, querendo imitar seu modo de vida.

Todavia, existem também católicos supersticiosos que atribuem um poder mágico às imagens dos santos. Tratam a imagem como se fosse o próprio santo, como uma espécie de amuleto, que garante por si mesmo proteção e felicidade, enquanto que as imagens nos levam a refletir sobre pessoas que centram suas vidas em Deus. Por isso, o culto das imagens, aprovado pela Igreja, longe de cair na aberração da Idolatria, ajuda o cristão a crescer na sua fé no Deus de Jesus Cristo. É claro que só Cristo nos salva, como nos ensina a Bíblia. Para a Igreja católica, não são os santos que nos concedem as graças que pedimos a eles.


Fonte: Jefferson Roger

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