Sofrer ninguém gosta. Todos querem afugentar-se do sofrimento e da dor. Procuram repeli-los com unhas e dentes. No entanto, parece uma situação paradoxal. Ele é ruim e ao mesmo tempo é necessário. Pode ser tido como um remédio e acho que nenhum de nós conhece algum remédio saboroso. Jesus precisou ser crucificado por cada um de nós. Embora plenamente talvez não possamos compreender isso em sua totalidade, pois podemos cogitar: já que é Deus com o pai e o Espírito Santo, por que não resolveu a questão de outro jeito? É infinita sabedoria e inteligência, com certeza se quisesse trataria do problema de outra forma, mas... Pois bem, o caso é esse, a dor é filha do amor. O amor não cobra nada, ele é pura doação. Sim, o amor espera algo porque ele nutre uma relação e sabe que existe a correspondência. No entanto, ele, em sua pureza age muito diferente do amor terreno, que busca a satisfação e o prazer, as felicidades do mundo. Satanás sabe muito bem disso e prega na contramão com suas mentiras. Instiga as pessoas a correrem da cruz, das dores e sofrimentos. Santa Catarina de Sena dizia que quando abraçamos nossa cruz paramos de padecer. Ou seja, quando entendemos que é esperado de nós suportar os desígnios de Deus com resignação para alcançarmos a estatura de Cristo, passamos a unir nossos sofrimentos aos da cruz de Jesus Cristo. Sabemos que é por Cristo, com Cristo e em Cristo que agiremos. Se não encontramos esse caminho para trilhar ficamos sofrendo quando passamos vontade por querermos coisas que não possuímos ou somos. Sofremos e, pior ainda, sofremos por motivos errados, pois deixamos a cruz de lado e buscamos preencher o vazio de nossos corações com coisas que não servem para enchê-lo. E agindo assim sempre teremos um coração inquieto que não descansa enquanto não cede aos desejos afastando os anseios para bem longe. O céu deve ser um anseio enraizado no coração. Fonte: Jefferson Roger
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