sexta-feira, 15 de maio de 2020

A realidade do esforço e do interesse



Para aquilo que realmente é de interesse de uma pessoa, ela move “montanhas”, se empenha, se dedica, age com grande esmero, pois, quer realiza-lo em prol dos motivos que o levaram a isso. Mais salutar ainda, sobretudo em questões espirituais, é agir dessa maneira do interesse de outras pessoas.

A questão é bíblica, lemos em Filipenses 2,4 – “Tenha em vista o interesse dos outros”. O recado dado dos céus é muito simples: o egoísmo não abre as portas do paraíso. Vamos a um exemplo bem simples? Um exemplo atual, como os que estão acontecendo em tempos de pandemia como o que estamos passando agora:

As aglomerações públicas estão proibidas, essa é uma medida sanitária para ajudar na prevenção e combate contra o coronavirus. OK, tudo bem... No entanto até isso, as aglomerações podem ser relativizadas por causa dos interesses. É de interesse que as pessoas continuem comprando seus alimentos, não morram de fome; não importa que para isso elas enfrentem as aglomerações dos mercados. Já as igrejas estão proibidas de exercerem as celebrações da santa missa e o motivo é o mesmo: as aglomerações. OK, tudo bem de novo... Mas por que a igreja tem que ficar fechada durante o dia impedindo os fieis de entrarem para se encontrar com Jesus no Santíssimo Sacramento? Ficarem por uns instantes conversando com Deus? Afinal, “a casa de meu pai é um local de oração” – nos disse Jesus Cristo.



A resposta é simples: a igreja não tem que ficar fechada para essa finalidade, pois Jesus Cristo em sua igreja não está encarcerado, o Santíssimo não é sua prisão! Os párocos em seus próprios interesses “lacraram” a igreja sob pretexto de exercerem nela suas atividades ou evitarem possíveis contaminações. Devem estar imaginando que aquelas pessoas que foram no mercado podem estar querendo irem na igreja para rezar... Mas a igreja poderia ficar aberta durante o expediente paroquial... Estranho isso... Graças a Deus algumas paróquias permanecem com suas igrejas abertas durante o expediente paroquial, pois pensam os padres: “quem sou eu para impedir um filho de Deus de conversar com o Pai Eterno?” Maravilha!

O mesmo vale para as confissões. Saibam que elas ainda acontecem em algumas partes do mundo, assim como as comunhões. Com a nova realidade adaptações são necessárias, voltamos ao ponto inicial de se fazer esforço para que as coisas aconteçam. O bom disso tudo é que em tempos assim Deus vai acompanhando o agir de cada um, as obras em prol do Reino de Deus e de seus filhos.

 

Fonte: Jefferson Roger

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