“Os principais colaboradores do Bispo são, todavia, os
párocos, a quem, como pastores próprios, é confiada, sob a autoridade do Bispo,
A CURA DE ALMAS numa parte determinada da diocese. No desempenho desta cura de
almas, os párocos, com os seus coadjutores, exerçam de tal maneira o seu
ministério de ensinar, santificar e governar, que os fiéis e as comunidades
paroquiais se sintam de fato membros tanto da diocese como do todo que forma a
Igreja universal. Colaborem, portanto, com outros párocos e com outros
sacerdotes que ou exercem o múnus pastoral no território (como são, por exemplo,
os vigários forâneos, os arciprestes) ou estão dedicados a obras de caráter
supraparoquial, para que na diocese não falte unidade ao ministério pastoral e
este se torne até mais eficaz.
Além disso, seja a cura de almas sempre penetrada de espírito
missionário para abranger, como deve, todos os que vivem na paróquia. Mas, se
os párocos não puderem atingir por si mesmos alguns grupos, recorram a outras
pessoas, mesmo a leigos, que os auxiliem no apostolado. Para que aumente a
eficácia desta cura de almas, recomenda-se insistentemente a vida comum dos
sacerdotes, sobretudo da mesma paróquia: ao mesmo tempo que facilita a atividade
apostólica, dá aos fiéis o exemplo de caridade e união.
No desempenho do múnus de ensinar, os párocos devem: pregar a
palavra de Deus a todos os fiéis, para que estes, fundados na fé, na esperança
e na caridade, cresçam em Cristo, e a comunidade cristã dê aquele testemunho de
caridade que o Senhor recomendou (17); e, do mesmo modo, comunicar aos fiéis,
pela instrução catequética, o conhecimento pleno do mistério da salvação,
adaptado à idade de cada um. Para darem esta instrução, procurem não só o
auxílio de religiosos, mas igualmente a cooperação de leigos, erigindo a
Confraria da Doutrina cristã. Para levarem, a cabo o trabalho de santificação,
procurem os párocos que a celebração do sacrifício eucarístico seja o centro e
o ponto culminante de toda a vida da comunidade cristã; e esforcem-se também
por que os fiéis se alimentem no espírito, recebendo com devoção e frequência
os sacramentos e tomando parte consciente e ativa na Liturgia. Lembrem-se
também os párocos que o sacramento da Penitência contribui muitíssimo para
fomentar a vida cristã; mostrem, por isso, facilidade em ouvir confissões,
chamando até, sendo necessário, outros sacerdotes que saibam diversas línguas.
No cumprimento do dever pastoral, esforcem-se primeiramente os párocos por conhecer o próprio rebanho. E, COMO ESTÃO AO SERVIÇO DE TODAS AS OVELHAS, PROMOVAM O PROGRESSO DA VIDA CRISTÃ QUER NOS INDIVÍDUOS, QUER NAS FAMÍLIAS, quer nas associações, sobretudo de apostolado, quer ainda em toda a comunidade paroquial. Visitem, portanto, as casas e as escolas, segundo as exigências do múnus pastoral; atendam diligentemente à adolescência e juventude; amem paternalmente os pobres e os doentes; por fim, tenham especial cuidado dos operários e estimulem os fiéis a que auxiliem as obras de apostolado. Os vigários paroquiais, sendo cooperadores do pároco, prestam diariamente auxílio precioso e prático ao ministério pastoral exercido sob a autoridade do pároco. Haja, pois, entre este e os seus vigários, relações fraternais, caridade e reverência recíproca. Ajudem-se mutuamente com conselhos, auxílios e exemplo. E realizem o trabalho paroquial com unidade de vontades e concordância de esforços.” E existem sacerdotes que não agem assim!!!
Fonte: site do Vaticano
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