Durante a semana minha esposa ligou na paróquia onde moramos querendo saber se era possível ir até a igreja para acender uma vela no cruzeiro durante o horário paroquial. Quem atendeu foi uma funcionária da secretaria. Ela disse que a igreja não estava aberta para visitas – embora aqui na arquidiocese outras igrejas ficam abertas para visitação durante o expediente paroquial – pois, afinal, as pessoas têm o direito de irem ao santíssimo, sentarem-se em frente ao altar, se encontrarem com Deus nesse ambiente sagrado. Foi Jesus quem disse que a “casa de seu pai é um local de oração”.
Aqui em nossa paróquia não é assim. Ela combinou que sábado iria com seus pais até a igreja pela manhã; a atendente disse que permitiria o acesso ao santíssimo sacramento, depois de explicado o motivo de tal pedido. Mandou dizer que quando chegasse lá, deviam avisar ao secretário (outro funcionário) que ela tinha autorizado. O então secretário disse que quem autorizou por telefone não lhe havia avisado, e reforçou que ela não manda nada, quem manda é o padre.
Insistindo no assunto para entrar por cinco minutos no santíssimo sacramento, o secretário contatou por mensagem de celular o padre, que estava no andar de cima e que, ao negar o pedido, disse que estava brabo com a importunação. Brabo!? Como assim? De ser chamado 9:00h para conversar com um paroquiano? Ele não deveria como Jesus mandou a São Pedro apascentar as suas ovelhas (ovelhas de Jesus)?
O secretário ainda conclui dizendo que se ele liberasse a entrada (o secretário liberasse) e se o padre “pegasse” minha esposa e seus pais dentro da igreja ele estaria “ferrado”! O que é isso? Medo do padre? De perder o emprego? Pois bem, sente-se como um funcionário que deve primeiro obediência ao dono da empresa? Absurdo dos absurdos. No entanto ele estava a desempenhar suas ordens e funções. E não teve acordo, o padre que manda na igreja (esse acha que manda, na igreja de tijolos pelo menos) não permitiu o acesso. O secretário disse que ele não quer que ninguém entre na igreja porque ele está usando para as coisas dele.
Reforço, a igreja não é dele! Esta em especial foi reformada com a ajuda da comunidade ao longo de alguns anos. Ele simplesmente chega e nega que os fieis visitem o santíssimo sacramento pelo menos por cinco minutos? Eu, que sou catequista a trinta e cinco anos, palestrante e formador, autor de cinco publicações católicas, conhecedor da doutrina, das sagradas escrituras e dos documentos da igreja, não sou uma pessoa que pode ser convencida por qualquer palavra humana de que esse padre está com a razão. Outras igrejas estão abertas para visitação e orações, evidentemente nelas existem padres comprometidos com o rebanho do Senhor. Nesta paróquia não. E se eu que tenho um conhecimento menor que um grão de mostarda consigo ver isso e sou incapaz de ser convencido do contrário, quem dirá Jesus Cristo, sabedoria divina encarnada no seio da Virgem Maria.
Fonte: Jefferson Roger
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