terça-feira, 12 de maio de 2020

Instrução Postquam Apostoli - sobre o empenho da evangelização



Mateus 18,14 – E disse Jesus – “Assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos.” João 6,39-40 – “Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”

E como sabemos, a igreja leva a frente o mandato do Cristo. Em seu documento INSTRUÇÃO POSTQUAM APOSTOLI onde nos coloca as seguintes diretivas:

"Depois de aos Apóstolos ter sido confiada por Cristo Senhor, antes da ascensão ao Céu, a missão de serem testemunhas "até aos confins do mundo" (At 1, 8), todas as suas fadigas e solicitudes não tiveram outra finalidade que não fosse a fiel execução do mandato de Cristo: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura" (Mc 16, 15). A Igreja, como atesta a história, no decurso dos séculos nunca cessou de empenhar-se com fidelidade e entusiasmo na atuação prática deste mandato.

O meio como a Igreja de Cristo deve cumprir o mandato de Cristo é a evangelização, a exemplo do seu Fundador, que foi o primeiro Evangelizador. Ela, de fato, considerou sempre seu encargo específico e especial a evangelização. Mesmo só para este encargo existe, como vieram a declarar os Bispos no Sínodo de 1977: "Queremos novamente confirmar que o mandato de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja".

Daí se segue que nenhum batizado e crismado na Igreja pode eximir-se a tal dever, como advertiu o Concílio Vaticano II: "Posto que a Igreja toda é missionária e sendo a obra da evangelização dever fundamental do Povo de Deus, o Sagrado Concílio convida todos a uma profunda renovação interior, para que, plenamente conscientes da responsabilidade pessoal na difusão do Evangelho, assumam a sua parte na obra missionária".

E o documento conclui dizendo: “Portanto, como sabemos que, através de todo o curso da história da Igreja, o agente principal da evangelização é o Espírito Santo que opera quer movendo os cristãos a fazerem progredir o reino de Deus, quer abrindo os corações dos homens à palavra divina, assim também devemos crer que sob a direção do mesmo Espírito está colocado o futuro da Igreja. Entretanto, dever de nós todos é pedir-Lhe, com insistência e deixarmo-nos confiadamente guiar por Ele, empregando-nos com todas as nossas forças para que entre os fiéis permaneça viva a convicção da natureza missionária da Igreja e cresça cada vez mais a consciência da responsabilidade que todos os cristãos, e sobretudo os pastores de almas, têm para com a Igreja universal.

Tal esforço procuremos realizá-lo e vivificá-lo guiados e animados sempre pela esperança cristã "que não engana" (Rom 5, 5), porque fundada nas palavras de Cristo, que ao deixar os seus discípulos entre as insídias e as forças hostis deste mundo, prometeu: "Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo" (Mt 28, 20), "Tende confiança, Eu venci o mundo" (Jo 16, 33).

 

Fonte: site do Vaticano

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