terça-feira, 30 de junho de 2020

Consideração própria



Não podemos confiar muito em nós, porque frequentemente nos faltam a graça e o critério. Pouca luz temos em nós e esta facilmente a perdemos por negligência. De ordinário também não avaliamos quanta é nossa cegueira interior. A miúdo procedemos mal e nos desculpamos, o que é pior. Às vezes nos move a paixão, e pensamos que é zelo. Repreendemos nos outros as faltas leves, e nos descuidamos das nossas maiores. Bem depressa sentimos e ponderamos o que dos outros sofremos, mas não se nos dá do que os outros sofrem de nós. Quem bem e retamente avaliasse suas obras não seria capaz de julgar os outros com rigor.

O homem interior antepõe o cuidado de si a todos os outros cuidados, e quem se ocupa de si com diligência facilmente deixa de falar dos outros. Nunca serás homem espiritual e devoto, se não calares dos outros, atendendo a ti próprio com especial cuidado. Se de ti só e de Deus cuidares, pouco te moverá o que se passa por fora. Onde estás, quando não estás contigo? E, depois de tudo percorrido, que ganhaste se esqueceste a ti mesmo? Se queres ter paz e verdadeiro sossego, é preciso que tudo mais dispenses, e a ti só tenhas diante dos olhos.

Portanto, grandes progressos farás, se te conservares livre de todos cuidado temporal; muito te atrasará o apego a alguma coisa temporal. Nada te seja grande, nobre, aceito ou agradável, a não ser Deus mesmo ou o que for de Deus. Considera vã toda consolação que te vier das criaturas. A alma que ama a Deus despreza tudo que é abaixo de Deus. Só Deus eterno e imenso, que tudo enche, é o consolo da alma e a verdadeira alegria do coração.

Fonte: Tomás de Kempis

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Primeiros mártires da igreja de Roma



Hoje a igreja celebra a memória dos cristãos que sofreram o martírio durante a perseguição de Nero, no ano 64. A culpa do incêndio de Roma recaiu sobre os cristãos, os quais foram cruelmente martirizados:

Prendem-se primeiro os que manifestam (seguir ao cristianismo), e depois, conforme as indicações que eles dão, prendem-se outros em massa, condenados menos pelo crime de incêndio, do que pelo ódio que lhes tem o gênero humano. Aos tormentos juntam-se as mofas, homens envolvidos em pele de animais morrem despedaçados pelos cães, ou são presos a cruzes, ou destinados a ser abrasados e acendidos, à maneira de luz noturna ao anoitecer... Nero oferece os seus jardins para este espetáculo; vestido de cocheiro, corre misturado com a multidão, ou em cima dum carro. E, se bem que tais homens sejam culpados e dignos dos piores suplícios, a gente tem pena deles, porque são sacrificados, não pelo bem público, mas para satisfazer a crueldade de um homem apenas...

A perseguição movida por Nero prolongou-se até o ano 67. E entre os mártires mais ilustres estavam São Pedro e São Paulo. O primeiro foi crucificado no circo de Nero, atual basílica de São Pedro. São Paulo foi decapitado nas águas salvianas.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, os santos são testemunhas da ressurreição de vosso filho Jesus.

Pela fé mostraram que aqueles que creem em vós viverão para sempre, porque sois um Deus vivo e para os vivos.

Essa também é a segurança e a certeza de nossa vida presente: os nossos esforços, o nosso trabalho, a nossa luta em prol da verdade, da paz e da justiça; tudo em nós e fora de nós, a morte e a vida, tudo ganha sentido em Jesus, vossa ternura e misericórdia, presente e ressuscitado no meio de nós.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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segunda-feira, 29 de junho de 2020

O orgulho que interessa a Deus



É preciso tomar muito cuidado com os sentimentos, na bíblia aprendemos que eles brotam do coração e, como nos recorda o padre Tomás de Kempis, não é raro que eles desagradem a Deus. Podemos alimentar nossos corações da forma que quisermos, somos livres para isso. Podemos buscar as coisas do alto ou nem isso.

Marcos 7,20-23 – “Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem”.

Tanto é verdade que a humanidade insiste em levantar bandeiras de orgulho gay, orgulho LGBT e outras formas de orgulho distantes, muito distantes do modelo a ser imitado: Jesus Cristo. Quando erguem essas ideologias, os inimigos de Deus têm duas opções: ou viram as costas para os mandatos divinos, não dando a devida importância a Deus (que pesar), ou divulgam que Deus – proclamado pelos cristãos como amor – não iria considerar essas “escolhas” pautadas na sabedoria do mundo quando no dia do juízo.

Tiago em sua carta nos recorda que essa é uma sabedoria que não vem de Deus. Ademais, não importa a Deus que celebridades, influenciadores ou seja lá quem for, pregarem e propagarem ideologias contrárias a sua palavra, pois, nenhuma delas supera o verdadeiro orgulho de ser filho de Deus e por causa dessa condição sofrer as mazelas do mundo.

Recordemos também que, desde o antigo testamento, Deus dobra o comportamento dos que insistem em vida, viver longe de seus preceitos: Daniel 4,34 – “Agora, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico o rei do céu, cujas obras são todas justas e cujos caminhos são retos, e que tem o poder de humilhar aqueles que procedem com orgulho”.

E para encerrar, Isaías 2,11-18 – “A soberba dos mortais será abatida, e o orgulho dos homens será humilhado. Só o Senhor será exaltado naquele tempo. Porque o Senhor dos exércitos terá um dia (para exercer punição) contra todo ser orgulhoso e arrogante, e contra todo aquele que se exalta, para abatê-lo... A pretensão dos mortais será humilhada, o orgulho dos homens será abatido. Só o Senhor será exaltado naquele tempo, e todos os ídolos desaparecerão”.

Fonte: Jefferson Roger

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Mente pura e intenção simples



Com duas asas se levanta o homem acima das coisas terrenas: simplicidade e pureza. A simplicidade há de estar na intenção e a pureza no afeto. A simplicidade procura a Deus, a pureza o abraça e frui.

Em nenhuma boa obra acharás estorvo, se estiveres interiormente livre de todo afeto desordenado. Se só queres e buscas o agrado de Deus e o proveito do próximo, gozarás de liberdade interior. Se teu coração for reto, toda criatura te será um espelho de vida e um livro de santas doutrinas.

Não há criatura tão pequena e vil, que não represente a bondade de Deus. Se fosses interiormente bom e puro, logo verias tudo sem dificuldade e compreenderias bem. O coração puro penetra o céu e o inferno. Cada um julga segundo seu interior. Se há alegria neste mundo, é o coração puro que o goza; se há, em alguma parte, tribulação e angústia, é a má consciência que as experimenta. Como o ferro metido no fogo perde a ferrugem e se faz todo incandescente, assim o homem que se entrega inteiramente a Deus fica livre da tibieza e transforma-se em novo homem.

Quando o homem começa a entibiar, logo teme o menor trabalho e anseia as consolações exteriores. Quando, porém, começa deveras a vencer-se e andar com ânimo no caminho de Deus, leves lhe parecem as coisas que antes achava onerosas.

Fonte: Tomás de Kempis

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São Pedro



Simão Pedro, pescador galileu de Cafarnaum e apóstolo de Jesus, foi o primeiro papa da igreja. Desde que aceitou o convite de Jesus para ser seu discípulo, exerceu a liderança no grupo dos doze, sendo por isso chamado de príncipe dos apóstolos. Com Paulo apóstolo, teve papel fundamental na implantação e consolidação do cristianismo na cidade de Roma, centro evangelizador do mundo, até os nossos dias. São Pedro foi o primeiro a confessar a fé em Jesus Cristo, reconhecendo nele o filho de Deus vivo e verdadeiro, o salvador do mundo. Foi testemunha da ressurreição, porta-voz dos discípulos em pentecostes, quando nasce a igreja, e o primeiro a levar o evangelho aos gentios. Segundo a tradição, Pedro tornou-se bispo de Roma e ali sofreu o martírio, sendo crucificado de cabeça para baixo, na colina do Vaticano, provavelmente em 64 dc, durante a perseguição de Nero. Foi sepultado onde hoje se localiza a basílica de São Pedro. A ele são atribuídas duas cartas católicas.

Prece do dia:

Ó Deus, nosso Pai, nós vos agradecemos porque fizestes de Pedro uma testemunha viva de Jesus, vosso filho, que veio ao mundo para trazer paz entre as pessoas. Que possamos abrir nossos corações ao Espírito do ressuscitado, que a Pedro e aos apóstolos animou e que vive para sempre no meio de nós. Em vós depositamos nossa esperança contra toda forma de opressão física, moral e espiritual. Ó São Pedro, vós que fostes escolhido para ser o condutor da igreja, santa e pecadora, dai-nos a graça de participar cada vez mais ativamente de nossas comunidades, tornando-nos pessoas ativas na propagação do evangelho. Tudo isso vos pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor, amém.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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domingo, 28 de junho de 2020

O homem bom e pacífico



Primeiro conserva-te em paz, e depois poderás pacificar os outros. O homem apaixonado, até o bem converte em mal e facilmente acredita no mal; o homem bom e pacífico, pelo contrário; faz com que tudo se converta em bem. Quem está em boa paz de ninguém desconfia; o descontente e perturbado, porém, é combatido de várias suspeitas e não sossega, nem deixa os outros sossegarem. Diz muitas vezes o que não devia dizer, e deixa de fazer o que mais lhe conviria. Atende às obrigações alheias, e descuida-se das próprias. Tem, pois, principalmente zelo de ti, e depois o terás, com direito, do teu próximo.

Bem sabes desculpar e cobrir tuas faltas, e não queres aceitar as desculpas dos outros! Mais justo fora que te acusasses a ti e escusasses o teu irmão. Suporta os outros, se queres que te suportem a ti. Nota quão longe estás ainda da verdadeira caridade e humildade que não sabe irar-se ou indignar-se senão contra si própria. Não é grande coisa conviver com homens bons e mansos, porque isso, naturalmente, agrada a todos; e cada um gosta de viver em paz e ama os que são de seu parecer.  Viver, porém, em paz com pessoas ásperas, perversas e mal-educadas que nos contrariam, é grande graça e ação louvável e varonil.

Uns há que têm paz consigo e com os mais; outros que não têm paz nem a deixam aos demais; são insuportáveis aos outros, e ainda mais o são a si mesmos. E há outros que têm paz, porém, nesta vida miserável, consiste mais na humildade resignação, que em não sentir as contrariedades. Quem melhor sabe sofrer maior paz terá. Esse é vencedor de si mesmo e senhor do mundo, amigo de Cristo e herdeiro do céu.

Fonte: Tomás de Kempis

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Santo Irineu



Foi bispo de Lião. Nasceu provavelmente em Esmirna, na Ásia menor, por volta de 130-135. Viveu em uma época dilacerada por heresias que colocavam em risco a unidade da igreja na fé.

Discípulo de São Policarpo – que havia conhecido pessoalmente o apóstolo São João e outras testemunhas oculares de Jesus – Santo Irineu, foi sem dúvida, o escritor cristão mais importante do século II. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias.

Santo Irineu, cujo nome significa paz, lutou para a preservação da paz e da unidade da igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Escreveu ao papa Vítor, aconselhando-o mui respeitosamente a evitar toda e qualquer e qualquer precipitação no que dissesse respeito às comunidades cristãs da Ásia.

A Florino, seu amigo de infância que se tornou gnóstico, escreveu: não te ensinaram estas doutrinas, Florino, os presbíteros que nos precederam, os que tinham sido discípulos dos apóstolos. Eu te lembro, criança como eu, na Ásia inferior, junto a Policarpo... recordo as coisas de então melhor que as recentes, talvez, porque o que aprendemos de crianças parece que vai acompanhando-nos e firmando-se em nós segundo passam os anos. Poderia assinalar o lugar onde se sentava Policarpo para ensinar... seu modo de vida, os traços de sua fisionomia e as palavras que dirigia à multidão. Poderia reproduzir o que nos contava de seu trato com João e os demais que tinham visto o Senhor; e como repetia suas palavras... Eu ouvia tudo isto com toda a alma e não o anotava por escrito porque me ficava gravado no coração e continuo pensando-o e repensando-o, pela graça de Deus, cada dia.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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sábado, 27 de junho de 2020

A humilde submissão



Não te importes muito de saber quem seja por ti ou contra ti; mas trata e procura que Deus seja contigo em tudo que fizeres. Tem boa consciência e Deus te defenderá, pois a quem Deus ajuda não há maldade que o possa prejudicar. Se souberes calar e sofrer, verás, sem dúvida, o socorro do Senhor. Ele sabe o tempo e o modo de te livrar, portanto, entrega-te todo a ele. A Deus pertence aliviar-nos e tirar-nos de toda a confusão. Às vezes é muito útil, para melhor conservarmos a humildade, que os outros saibam os nossos defeitos e no-los repreendam.

Quando o homem se humilha por seus defeitos aplaca facilmente os outros e satisfaz os que estão irados contra ele. Ao humilde Deus protege e salva, ao humilde ama e consola, ao humilde ele se inclina, dá-lhe abundantes graças e depois do abatimento o levanta a grande honra. Ao humilde revela seus segredos e com doçura a si o atrai e convida. O humilde, ao sofrer afrontas, conserva sua paz, porque confia em Deus e não no mundo. Não julgues ter feito progresso algum, enquanto não te reconheças inferior a todos.

Ser submisso e completamente dependente de Deus é nosso primeiro e melhor destino, todo o resto é desperdício de material. Se a natureza divinamente criada pelo livre arbítrio foi adulterada pelo aceite à tentação, o remédio existe, é amargo, mas existe: ele vem de Deus. Quem se humilhar será exaltado, quem passar por cima do seu orgulho próprio, se ele for egoísta receberá a coroa da glória eterna. Quem renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz dia após dia e seguir Jesus, terá a vida eterna.

O preço para se salvar não é barato, o preço para se condenar não existe ou, dependendo do ponto de vista e o lado que escolhemos, o preço para se salvar não existe, mas o preço para se condenar é altíssimo. A importância que damos para aquilo que escolhemos viver irá determinar quanto estamos dispostos a aceitar a providência divina em nossas vidas, ou não.

Fonte: adaptado pelo autor do site do livro “Imitação de Cristo”

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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro



A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi e continua sendo difundida pelos padres da Congregação do Santíssimo Redentor ou padre redentoristas. No Brasil, tal devoção alcançou grande popularidade. Essa devoção começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na igreja de São Mateus em Merulana. Em 1812, o velho santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o menino Jesus, ao qual o arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, nós vos agradecemos porque nos destes Maria por nossa mãe e refúgio nas nossas aflições.

Queremos a ela dirigir nossas preces, oferecendo-lhe o tributo de nosso louvor: socorrei-nos, ó Maria, noite e dia sem cessar; os doentes e os aflitos vinde, vinde consolar! Vosso olhar a nos volvei, vossos filhos protegei! Ó Maria, ó Maria! Vossos filhos socorrei! Dai saúde ao corpo enfermo, daí coragem na aflição; sede a nossa doce estrela a brilhar na escuridão. Que tenhamos cada dia pão e paz em nosso lar; e de Deus a santa graça, vos pedimos neste altar. Convertei os pecadores, para que voltem para Deus; dos transviados sede guia no caminho para os céus, nas angústias e receios, sede, ó Mãe, a nossa luz! Dai-nos sempre fé e confiança no amor do bom Jesus.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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sexta-feira, 26 de junho de 2020

A caridade aos olhos de Deus



Em várias partes do evangelho vemos Jesus exortar as pessoas de que, o bem que ele fizera não devia ser anunciado publicamente ao toque da trombeta. Jesus queria demonstrar com sua atitude que importa a Deus o bem que fazemos ao próximo e não a nós mesmos. E para que, além de seus exemplos, ficasse registrado o que ele quer de cada um, muito claramente reforçou seu ensinamento:

Mateus 6,1-6 – “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu. Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita. Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á. Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”.

Mais claro do que isso não precisa ser, devemos diminuir para que o Cristo apareça; por isso o segundo mandamento da lei de Deus nos adverte para não usarmos o Santo Nome de Deus em vão. Quem quer ser servido seja aquele que serve; quem quer ser o primeiro que seja o último, quem se humilhar será exaltado.

Pois bem, essa é a marca do cristão, que se nos apercebermos bem, é a conduta da Virgem Maria; a mãe foi o suporte do filho aqui na terra e ainda é na glória dos céus.  E como o evangelho tinha a principal mensagem referida ao filho, ela passou no escondimento, sem holofotes voltados para si. Maria Santíssima nos demonstra como seu filho Jesus quer que nos comportemos. Quando ela diz que devemos fazer tudo que Jesus nos disser, não só nos diz isso como também dá o exemplo, agindo como ele nos pede.

Fonte: Jefferson Roger

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A vida interior



O reino de Deus está dentro de vós, diz o Senhor. Converte-te a Deus de todo o coração, deixa este mundo miserável e tua alma achará descanso. Aprende a desprezar as coisas exteriores e entrega-te às interiores, e verás chegar a ti o reino de Deus. Pois o reino de Deus é a paz e o gozo no Espírito Santo, que não se dá aos ímpios. Virá a ti Cristo para consolar-te, se lhe preparares no teu interior digna moradia. Toda a sua glória e formosura está no interior, e só aí o Senhor se compraz. A miúdo visita ele o homem interior em doce entretenimento, suave consolação, grande paz e familiaridade, sobremaneira admirável.

Eia, alma fiel, para este esposo prepara teu coração, a fim de que se digne vir e morar em ti. Pois assim ele diz: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Dá, pois, lugar a Jesus e a tudo mais fecha a porta. Se possuíres a Cristo, estarás rico e satisfeito. Ele mesmo será teu provedor e fiel procurador em tudo, de modo que não hajas mister de esperar nos homens. Porque os homens são volúveis e faltam com facilidade à confiança, mas Cristo permanece eternamente, e firme nos acompanha até o fim.

Não se há de ter grande confiança no homem frágil e mortal, por mais que nos seja caro e útil; nem nos devemos afligir com excessos, porque, de vez em quando, nos contraria com palavras ou obras. Os que hoje estão contigo amanhã talvez sejam contra ti, e reciprocamente, pois os homens mudam como o vento. Põe toda a tua confiança em Deus, e seja ele o teu temor e amor. Ele responderá por ti, e fará do melhor modo o que convier. Não tens aqui morada permanente, e, onde quer que estejas, és estranho e peregrino; nem terás nunca descanso, se não estiveres intimamente unido a Jesus.

Para que olhas em redor de ti, se não é este o lugar de teu repouso? No céu deve ser a tua habitação, e como de passagem hás de olhar todas as coisas da terra. Todas passam, e tu igualmente passas com elas; toma cuidado para não te apegares a elas, a fim de que não te escravizem e percam. Ao altíssimo eleva sempre os teus pensamentos, e a Cristo dirige súplica incessante. Se não sabes contemplar coisas altas e celestiais, descansa na paixão de Cristo e gosta de habitar em suas sacratíssimas chagas. Pois, se te acolheres devotamente às chagas e preciosos estigmas de Jesus, sentirás grande conforto em tuas mágoas, não farás mais caso do desprezo dos homens e facilmente sofrerás as suas detrações.

Se foras reto e puro, tudo te correria bem e se voltaria em teu proveito. Mas, porque ainda não estás de todo morto a ti mesmo, nem apartado das coisas terrenas, por isso muitas coisas te causam desgostos e perturbações. Nada mancha tanto e embaraça o coração do homem como o amor desordenado às criaturas. Se renunciares às consolações exteriores, poderás contemplar as coisas do céu e gozar a miúdo da alegria interior.

Fonte: Tomás de Kempis

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São João e São Paulo



João e Paulo eram irmãos. Deram testemunho de sua fé durante a perseguição de Juliano, o apóstata, em junho de 362. Eram ricos, e tudo indica que haviam sido oficiais da guarda imperial. Renunciaram aos cargos e se recolheram em sua propriedade no Monte Célio, dedicando-se à oração e ao serviço dos necessitados.

Juliano, o apóstata, entretanto, exigiu que retornassem às suas funções anteriores. São João e São Paulo recusaram-se a obedecer ao tirano e a compartilhar de suas crueldades.

Assim diz a inscrição de São Dâmaso: Paulo e João de ilustre linhagem... deram juntos a vida, unidos pelo casto vínculo da fé. Foram vassalos fieis do rei da eterna mansão. Os dois irmãos tiveram na vida a mesma casa e a mesma fé; agora no céu cingem a mesma coroa imortal. Ficai sabendo que Dâmaso teceu o panegírico dos dois irmãos, para que o povo cristão aprenda a celebrar os novos protetores.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, nossos olhos já andam cansados de tanto ver, nossas mãos acumularam o musgo do tempo e das águas da vida, nada, nem uma gota retiveram; nossos pés conhecem todos os caminhos: as pedras e os espinhos, a areia quente e a lama, os excrementos e a terra fria; nossos pés foram e voltaram e a nenhum lugar chegaram.

Os nossos corpos latejam como pássaros-filhotes nas conchas de um destino cruel e esperançoso.

A semente granada ainda resta ser debulhada e jogada no chão da vida, a vida a ser pisada no lagar e se tornar vinho bebido; o trigo de nossos sonhos venturosos ainda não foi triturado para se fazer pão repartido.

Fazei, Senhor, que participemos da vossa paixão, morte e ressurreição...

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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quinta-feira, 25 de junho de 2020

As almas custam sangue



Assim dizia o padre Pio, grande modelo de sacerdote, um santo portentoso que pela sua estatura de santidade sempre nos trouxe palavras que não carecem de dúvida ou suspeita alguma. Tão radical no segmento de Jesus que lhe custou até a perseguição da igreja, pois, ele tão mergulhado no amor de Deus, excedia os valores do mundo e as mazelas da hierarquia da igreja, enquanto instituição. Hoje, pois, sua vida é reconhecida como farol que aponta para o Cristo Jesus.

Apocalipse 7,13-16 – “Então um dos Anciãos falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo. Aquele que está sentado no trono os abrigará em sua tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos”.

Sabemos que este tempo pandêmico não se trata da grande tribulação, porém, os grandes sacerdotes ao redor do mundo colocam suas opiniões a público ao dizerem que Deus está nos enviando “uma amostrinha grátis de como serão a coisas no fim dos tempos”. Seja como for, tribulações sempre existiram e existirão; com a tribulação final, relatada no Apocalipse, como saldo, entrará no céu, conforme as escrituras, os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. O grande prêmio no céu aguarda do outro lado da tribulação que cada um deve passar em vida.

Jesus por amor a cada um se esvaiu em sangue; se gotas do nosso sangue forem pedidas por Deus como entrada nos céus, que assim seja. Afinal, a vida iria passar de qualquer forma, e o céu aguarda “os violentos” – Mateus 11,12. Jesus suou sangue, perdeu sangue em sua paixão por nós; depois dele quantos santos e santas derramaram seu sangue para defender a fé. Muitos na hora da morte morreram alegremente porque a glória eterna os aguardava, não iriam comparecer diante do justo juiz de mãos vazias ou com a culpa de tê-lo negado.

Algumas vezes este derramar não é físico, é espiritual, outras vezes se manifesta em ambos. Seja como for, essa é a realidade do cristão.

Fonte: Jefferson Roger

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Emendar-se por toda a vida



Sê vigilante e diligente no serviço de Deus, e pergunta-te a miúdo: a que vieste, para que deixaste o mundo? Não será para viver por Deus e tornar-te homem espiritual? Trilha, pois, com fervor o caminho da perfeição, porque em breve receberás o prêmio dos teus trabalhos; nem te afligirão, daí por diante, temores nem dores. Agora, terás algum trabalho; mas depois acharás grande repouso e perpétua alegria. Se tu permaneces fiel e diligente no seu serviço, Deus, sem dúvida, será fiel e generoso no prêmio. Conserva a firme esperança de alcançar a palma; não cries porém segurança, para não caíres em tibieza o presunção.

Certo homem que vacilava que vacilava muitas vezes ansioso, entre o temor e a esperança, estando um dia acabrunhando pela tristeza, entrou numa igreja, e diante dum altar, prostrado em oração, dizia consigo mesmo: Oh! Se eu soubesse que havia de perseverar! E logo ouviu em si a divina resposta: se tal soubesses, que farias? Faze já o que então fizeras; e estarás bem seguro. Consolado imediatamente, e confortado, abandonou-se à divina vontade, e cessou a ansiosa perplexidade. Desistiu da curiosa indagação acerca do seu futuro, aplicando-se antes em conhecer qual fosse a vontade e o perfeito agrado de Deus para começar e acabar qualquer boa obra.

Lembra-te sempre do fim, e que o tempo perdido não volta. Sem empenho e diligência, jamais alcançarás as virtudes. Se começares a ser tíbio, logo te inquietarás. Se, porém, procurares afervorar-te, acharás grande paz e sentirás mais leve o trabalho com a graça de Deus e o amor da virtude. O homem fervoroso e diligente está preparado para tudo. Mais penoso é resistir aos vícios e às paixões que afadigar-se em trabalhos corporais. Quem não evita os pequenos defeitos pouco a pouco cai nos grandes. Alegrar-te-ás sempre à noite, se tiveres empregado bem o dia, anima-te e admoesta-te e, vivam os outros como vivem, não te descuides de ti mesmo. Tanto mais aproveitarás, quanto maior for a violência que te fizeres.

Fonte: Tomás de Kempis

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São Próspero de Aquitânia



Nasceu n Aquitânia, França, no século IV. Filósofo e poeta De um esposo à esposa, julga-se que fosse casado, pois dirige-se à mulher nestes termos:

Se o orgulho me elevar, corrija-me! Seja a minha de uma vida santa e verdadeiramente cristã. Cumpra comigo os deveres que estou obrigado a cumprir com você. Levante-me, se porventura eu cair. Esforce-se por se levantar, quando eu corrigi-la... Não nos contentemos com ser um só corpo, sejamos também uma só alma.

Em 426 tomou parte ativa na luta contra os erros doutrinais divulgados por Pelágio que negava a necessidade da graça divina e o pecado original. Daí a origem de sua obra Carmen de ingratis. Por sua vez, Santo Agostinho, instado por ele, escreveu Da predestinação dos santos e Dom da perseverança. Por volta de 435, São Próspero transferiu-se para Roma e escreveu Enarrationes, um comentário sobre os Salmos; escreveu também sobre Santo Agostinho, seu mestre, apresentando o seu pensamento e corrigindo certos exageros do bispo de Hipona. Faleceu por volta do ano 455.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, quem poderá nos separar de Jesus, vosso Filho?

Não nos destes, Senhor, um espírito de escravos, mas recebemos um espírito de filhos adotivos, pelo qual clamamos: Abba! Pai!

Por isso, Senhor, nós vos pedimos: por meio do vosso Espírito socorrei-nos em nossa fraqueza, “pois não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis, e aquele que perscruta os corações sabe qual o desejo do Espírito” (Romanos 8,26ss).

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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quarta-feira, 24 de junho de 2020

O início das aparições em Medjugorje



A Virgem Maria apareceu pela primeira vez em Medjugorje em 24 de junho de 1981, no dia da festa de São João Batista, no seu dia a proclamador da vinda do Messias. Porque era um dia de festa, as crianças locais estavam livres da escola, bem como do trabalho nos campos, onde os agricultores cultivavam uvas e tabaco.

Ivanka Ivankovic de 15 anos de idade e  Mirjana Dragicevic de 16 anos passavam seu dia de folga juntos. No final da tarde eles foram para uma caminhada. Passando pelo local chamado monte Podbrdo, Ivanka olhou para a colina. De repente, a cerca de 200 metros até a colina, ela viu uma figura luminosa que ela imediatamente reconheceu como sendo a Virgem Maria.

“Mirjana, olha, Nossa Senhora!” Ivanka exclamou. Mas Mirjana, uma brilhante garota de Sarajevo visitando a sua família em Medjugorje, não deu atenção a sua amiga. Ela acenou com a mão e começou a andar.

“Vamos lá! Você acha que Nossa Senhora iria aparecer para nós? ” disse Mirjana.

O ceticismo de Mirjana era mais forte que a crença de Ivanka no que via, e as garotas caminharam. Ninguém esperava isto. Ninguém organizou. Ninguém estava liderando isto. A história sobre os primeiros dias das aparições em Medjugorje é uma história sobre seis jovens comuns e os acontecimentos que os transformaram para sempre.

Imediatamente acreditados pelo povo local, mas desde o início submetidos a uma feroz oposição dos comunistas que governavam a ex-Iugoslávia. Com os padres franciscanos locais inicialmente céticos, temendo que a alegação das aparições fosse uma fraude planejada pelos comunistas, com o objetivo de destruir a Igreja, os videntes se encontraram no meio de três reações totalmente diferentes. Mas a qualquer questionamento dos padres e policiais, a sua resposta era sempre a mesma: “nós vemos o que vemos e o que vemos é a Virgem Maria.” E assim tiveram início as aparições da Virgem Maria (ainda em decurso).

Fonte: adaptado de medjugorje.com.br

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A conduta do Senhor



O Deus vivo, nominado pela expressão “amor” no novo testamento bíblico, prescreve que corrige aqueles que ama e tem por filhos. Nele, lemos nas escrituras, que são igualmente rápidas a misericórdia e a justiça. Sem dúvida, apesar de compreendermos seu lado misericordioso e fazermos um esforço constante para depositarmos nossa fé em suas palavras, o lado da justiça divina às vezes tende a causar certa confusão.

Como pode um Deus que é amor permitir que um filho seu seja condenado ao inferno? Pois é, mas as coisas são assim mesmo. É uma questão de escolha da nossa parte, porque ele escolheu nos deixar livres para escolher.

Eclesiástico 5 – “Abster-se do mal é coisa agradável ao Senhor; o fugir da injustiça alcança o perdão dos pecados. O Senhor não faz acepção de pessoa em detrimento do pobre, e ouve a oração do ofendido. A oração do humilde penetra as nuvens; ele não se consolará, enquanto ela não chegar (a Deus), e não se afastará, enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos. O Senhor não concederá prazo: ele julgará os justos e fará justiça. O fortíssimo não terá paciência com (os opressores), mas esmagar-lhes-á os rins. Vingar-se-á das nações, até suprimir a multidão dos soberbos, e quebrar os cetros dos iníquos; até que ele dê aos homens segundo as suas obras, segundo a conduta de Adão, e segundo a sua presunção; até que faça justiça ao seu povo, e dê alegria aos justos por um efeito de sua misericórdia. A misericórdia divina no tempo da tribulação é bela; é como a nuvem que esparge a chuva na época da seca”.

Como vemos, misericórdia e justiça caminham juntas; o amor que procede de Deus não é amor de passar a mão na cabeça de ninguém; ou alguém viu nosso criador passar a mão na cabeça de Jesus quando ele caminhou por este vale de lágrimas? Pois é...

E Jesus? Fez diferente? Não fez não é mesmo! Os não católicos acham que Deus não age assim, que basta você ter fé que ele traveste a pessoa de bonzinho e ela será admitida no céu. Nem nos sacramentos creem... Enfim, o acerto é individual e a quem muito foi dado muito será cobrado. Cabe a cada um a diligência da consciência, pois, praticamente sempre, a verdade que vale é a verdade que vem dos céus. Foi o Cristo que disse que ele é a verdade, portanto, a verdade que “vale” é essa, propagada a seu mando a todas as criaturas.

Fonte: Jefferson Roger

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As penas dos pecadores



Em todas as coisas olha o fim, e de que sorte estarás diante do severo juiz a quem nada é oculto, que não se deixa aplacar com dádivas, nem aceita desculpas, mas que julgará segundo a justiça. Ó misérrimo e insensato pecador! Que responderás a Deus, que conhece todos os teus crimes, se, às vezes, te amedronta até o olhar dum homem irado? Por que não te acautelas para o dia do juízo, quando ninguém poderá ser desculpado ou defendido por outrem, mas cada um assaz terá que fazer por si? Agora o teu trabalho é frutuoso, o teu pranto aceito, o teu gemer ouvido, satisfatória a tua contrição.

Grande e salutar purgatório tem nesta vida o homem paciente: se, injuriado, mais se dói da maldade alheia, que da ofensa própria; se, de boa vontade roga por seus adversários, e de todo o coração perdoa os agravos; se não tarda em pedir perdão aos outros; se mais facilmente se compadece do que se irrita; se constantemente faz violência a si mesmo, e se esforça por submeter de todo a carne ao espírito. Melhor é expiar já os pecados e extirpar os vícios, que adiar a expiação para mais tarde. Com efeito, nós enganamos a nós mesmos pelo amor desordenado que temos à carne.

Que outra coisa há de devorar aquele fogo senão os teus pecados? Quanto mais te poupas agora e segues a carne, tanto mais cruel será depois o tormento e tanto mais lenha ajuntas para a fogueira. Naquilo em que o homem mais pecou, será mais gravemente castigado. Ali os preguiçosos serão incitados por aguilhões ardentes, e os gulosos serão atormentados por violenta fome e sede. Os impudicos e voluptuosos serão banhados em pez ardente e fétido enxofre, e os invejosos uivarão de dor, à semelhança de cães furiosos.

Não há vício que não tenha seu tormento especial. Ali os soberbos serão acabrunhados de profunda confusão, e os avarentos oprimidos com extrema penúria. Ali será mais cruel uma hora de suplício do que cem anos aqui da mais rigorosa penitência. Ali não há descanso nem consolação para os condenados, enquanto aqui, às vezes, cessa o trabalho e nos consolam os amigos. Relembra agora e chora teus pecados, para que no dia do juízo estejas seguro entre os escolhidos. Pois erguer-se-ão naquele dia, os justos com grande força contra aqueles que os oprimiram e os desprezaram (Sabedoria 5,1). Então se levantará, para julgar, aquele que agora se curvou humildemente ao juízo dos homens. Então terá muita confiança o pobre e o humilde, mas o soberbo estremecerá de pavor.

Fonte: Tomás de Kempis

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Natividade de São João Batista



João Batista era filho de Zacarias e de Santa Isabel. Chamava-se “Batista” pelo fato de ser um “batizador”. João, cujo nome significa “Deus é propício, veio à luz em idade avançada de seus pais. Parente de Jesus, foi o precursor do messias. É João Batista que aponta a Jesus, dizendo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim, vem um homem que passou adiante de mim, porque existia antes de mim. De si mesmo deu este testemunho: eu sou a vós do que clama no deserto: “endireitar o caminho do Senhor...”

São Lucas, no primeiro capítulo de seu evangelho, narra a concepção, o nascimento e a pregação de João Batista, marcando assim o advento do Reino de Deus no meio dos homens. A igreja o celebra desde os primeiros séculos do cristianismo. É o único santo cujo nascimento (24/6) e martírio são evocados em duas solenidades pelo povo cristão. O seu nascimento é celebrado pelo povo com grande júbilo: cantos e danças folclóricas, fogueiras, quermesses que fazem de sua festa uma das mais populares e queridas de nossa gente.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, celebramos hoje o nascimento de São João Batista. Pela força da vossa palavra, convertei os nossos corações: “Doce, sonoro, ressoe o canto, minha garganta faça o pregão. Solta-me a língua, lava a culpa, ó São João!

Anjo no templo, do céu descendo, teu nascimento ao pai comunica, de tua vida preclara fala, teu nome explica.

Súbito mundo teu pai se torna, pois da promessa, incréu, duvida: apenas nasces, renascer fazes a voz perdida.

Da mãe no seio, calado ainda, o rei pressentes num outro vulto. E à mãe revelas o alto mistério do Deus oculto.

Louvor ao Pai, ao filho unigênito, e a vós, Espírito, honra também: dos dois provindes, com eles sois um Deus, amém”.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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terça-feira, 23 de junho de 2020

Palavras da pequena Jacinta Marto



Como bem sabemos, nós adultos não temos desculpa; Nossa Senhora pediu para três crianças que rezassem o terço todos os dias. O céu nunca nos pede o impossível. Os homens colocam obstáculos naquilo que Deus nos pede. Ora bolas! Ele preparou nossa morada eterna no céu e as pessoas ainda ficam colocando empecilhos entre elas e seu Senhor. Somos dependentes, não adianta nos debatermos como peixes fora da água, ou alguém achou provas de que adianta? Se procuras perde um tempo que poderias estar utilizando para a salvação das almas. Pobre dos homens.

E sobre nós homens temos aqui algumas palavras dirigidas pela pequena Jacinta, uma das três crianças que participou das aparições em Fátima.

“Os homens perdem-se porque não pensam na morte de Nosso Senhor e não fazem penitência”.

“Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne”.

“Hão de virem muitas modas que hão de ofender Nosso Senhor, as pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda, a igreja não tem moda, Nosso Senhor é sempre o mesmo”.

“Quem não cumpre as promessas que faz a Nossa Senhora nunca terá a felicidade nas suas coisas”.

E em colóquio concedido por Deus com Nossa Senhora, ela recebeu a seguinte mensagem:

“Peça muito pelos padres, peça muito pelos religiosos, os padres só deviam ocupar-se das coisas da igreja, os padres devem ser puros, muito puros, a desobediência dos padres, dos religiosos aos seus superiores e ao santo padre ofende muito a Nosso Senhor”.

Como prova de sua grande comunhão com as coisas do alto a pequena Jacinta Marto confessou:

“Eu gostaria de entrar num convento, mas prefiro ir para o céu”. E assim, seu desejo foi atendido vindo a falecer pouco tempo depois do término das aparições.

Isso é o que nosso Pai Eterno espera de cada um, que coloquemos a mão no arado e nunca mais olhemos para trás, que o amemos e ao próximo como a nós mesmos. São tantos e imensos exemplos que temos na história da humanidade e isso, antes de nos desanimar, serve para nos impulsionar a trilharmos o caminho dos santos, que nada mais é que o caminho deixado por Jesus.

Fonte: Jefferson Roger

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As práticas religiosas



Como sofrem as práticas religiosas; os costumes das atitudes que nos relacionam com Deus são mui facilmente deixadas de lado, convertidas, adaptadas, abandonadas e colocadas em segundo plano. São Tomás de Aquino dizia que “quem não vive o que crê, termina crendo o que vive”. As práticas podem influenciar. Não diz o ditado popular que a prática leva a perfeição?

Vemos isso no mundo dos esportes, por exemplo; os atletas olímpicos treinam a exaustão para tentarem o seu melhor e conseguirem a medalha. Os estudantes treinam fazendo vários exercícios de matemática para conseguirem bom êxito nas provas. Enfim, todos sabemos que o preparo é necessário. Uma pessoa que quer começar a praticar o exercício da corrida a pé, não irá começar percorrendo os 42km (distância de uma maratona), irá começar com pequenas caminhadas, depois irá alternar com pequenas corridas e progressivamente vai aumentando a frequência e intensidade dos exercícios.

Se sabemos tão bem que as coisas são assim, por que muitos relaxam nos cuidados da alma? Esquecem que somos um composto de corpo e alma e que ambos precisam de cuidados? Talvez não esqueceram, mas ao darem ouvidos para a conversa do inimigo vão atribuindo menos importância aos quesitos espirituais. Aí, quando Deus resolve dar um chacoalhão na pessoa, ela corre a rezar, fazer novenas, promessas a Deus e por aí segue.

Quando precisa pede, quando recebe agradece? Agradece pelo que recebe e nem pede? Pois bem... Os santos já diziam: quem reza muito, se salva; quem reza coloca em risco sua salvação; quem não reza, se condena ao inferno sem ajuda dos demônios. Nem está longe do que Jesus nos ensinou. Vigiai e Orai sem cessar. E se nosso salvador mandou rezar sem cessar e sua mãe, Maria Santíssima, em suas aparições permitidas por Deus, nos recomenda a oração diária do Santo Rosário, não é à toa que os céus estão nos advertindo.

Jesus disse que quem ouve suas palavras e as coloca em prática terá a vida eterna. Ou se leva a sério no aqui e agora ou depois, quando o leite já estiver derramado, o ditado diz que não adianta mais chorar.

Fonte: Jefferson Roger

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A meditação da morte



Mui depressa chegará teu fim neste mundo; vê, pois, como te preparas: hoje está vivo o homem, e amanhã já não existe. Entretanto, logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. Ó cegueira e dureza do coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro! De tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido?

Que nos aproveita vivermos muito tempo, quando tão pouco nos emendamos? Oh! Nem sempre trás emenda a longa vida, senão que aumenta, muitas vezes, a culpa. Oxalá tivéssemos, um dia sequer vivido bem neste mundo! Muitos contam os anos decorridos desde a sua conversão; frequentemente, porém, é pouco o fruto da emenda. Se é tanto para temer o morrer, talvez seja ainda mais perigoso o viver muito. Bem-aventurado aquele que medita sempre sobre a hora da morte, e para ela se dispõe cada dia. Se já viste alguém morrer, reflete que também tu passarás pelo mesmo caminho.

Pela manhã, pensa que não chegarás à noite, e à noite não te prometes o dia seguinte. Por isso anda sempre preparado e vive de tal modo que te não encontre a morte desprevenido. Muitos morrem repentina e inesperadamente; pois na hora em que menos se pensa, virá o filho do homem (Lucas 12,40). Quando vier aquela hora derradeira toda a tua vida passada, e doer-te-á muito teres sido tão negligente e remisso.

Quão feliz e prudente é aquele que procura ser em vida como deseja que o ache a morte. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso na virtude, o amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Cristo, qualquer adversidade. Mui fácil é praticar o bem enquanto estás são; mas, quando enfermo, não sei o que poderás. Poucos melhoram com a enfermidade; raro também se santificam os que andam em muitas peregrinações.

Considera-te como hóspede e peregrino neste mundo, como se nada tivesses com os negócios da terra. Conserva livre teu coração, e erguido a Deus, porque não tens aqui morada permanente. Para lá dirige tuas preces e gemidos, cada dia, com lágrimas, a fim de que mereça tua alma, depois da morte, passar venturosamente ao Senhor.

Fonte: Tomás de Kempis

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São Bento Menni



É o fundador da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Nasceu em Milão, Itália, em 1841, mas passou a sua vida na Espanha. Aos 19 anos, Bento Menni ingressou na Ordem de São José de Deus. Ordenado sacerdote em 1866, partiu para a Espanha.

Dedicou-se de corpo e alma em favor dos mais desprotegidos da sociedade. Fez-se enfermeiro da Cruz Vermelha, fundou hospitais e reorganizou assistência psiquiátrica, dando um tratamento mais humano aos doentes mentais. Com a colaboração de Maria José Récio e de Maria das Angústias, fundou em 1881 a Congregação das Irmãs Hospitaleiras, cujo apostolado se desenvolve junto aos hospitais. Hoje as Irmãs Hospitaleiras encontram-se espalhadas por todos os continentes, inclusive no Brasil. Bento Menni morreu no dia 24 de abril de 1914 e foi canonizado em 21 de novembro de 1999, pelo papa João Papa II.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, não nos deixeis indiferentes diante do sofrimento humano, tantas vezes profanado por um tecnicismo que apenas vê, toca, mede, mapeia, testa e apura novos métodos de pesquisa, experimenta novas químicas, esquecido mistério da dor que envolve o homem, desde o nascimento até a morte.

Mas vós, Senhor, Deus de misericórdia e de ternura, perscrutais nossas entranhas, enxugais nossas lágrimas e dais alívio à nossas chagas.

Fazei que, a exemplo de bento Menni, vejamos nos enfermos, nos doentes mentais, nos desamparados, nos abortados da sociedade de consumo, a imagem do servo sofredor.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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segunda-feira, 22 de junho de 2020

A miséria humana



Miserável serás, onde quer que estejas e onde quer que te voltes, se não te voltares para Deus. Por que te afliges, quando não te correm as coisas a teu gosto e vontade? Quem é que tem tudo à medida de teu desejo? Nem eu, nem tu, nem homem algum sobre a terra. Ninguém há no mundo sem nenhuma tribulação ou angústia, quer seja rei quer papa. Quem é que vive mais feliz? Aquele, de certo, que sabe sofrer alguma coisa por Deus.

Dizem muitos mesquinhos e tíbios: olhai que boa vida tem este homem: quão rico é, quão grande e poderoso, de que nada são os bens temporais, mas muito incertos e onerosos, pois nunca vive sem temor e cuidado quem os possui. Não consiste a felicidade do homem na abundância dos bens temporais; basta-lhe a mediania. O viver na terra é verdadeira miséria. Quanto mais espiritual quer ser o homem, mais amarga lhe será a vida presente, porque conhece melhor e mais claramente vê os defeitos da humana corrupção. Porque o comer, beber, velar, dormir, descansar, trabalhar e estar sujeito a todas as demais necessidades da natureza é tudo, na verdade, grande miséria e aflição para o homem espiritual que deseja estar isento disto e livre de todo pecado.

Por queres adiar tua resolução? Levanta-te, começa já e diz: agora é tempo de agir, agora é tempo de pelejar, agora é tempo próprio para me emendar. Quando estás atribulado e aflito, é tempo de merecer. Importa que passes por fogo e água, antes que chegue ao refrigério (Salmo 65,12). Se não te fizeres violência, não vencerás os vícios. Enquanto estamos neste frágil corpo não podemos estar sem pecado, nem viver sem enfado e dor.

Bem quiséramos descanso de toda miséria; mas como pelo pecado perdemos também a verdadeira felicidade. Por isso devemos ter paciência, e confiar na divina misericórdia, até que passe a iniquidade (Salmo 52,6), e a vida absorva esta mortalidade (2ª Coríntios 5,4).

Que serás de nós no fim, se já tão cedo somos tíbios? Ai de nós, se assim procuramos repouso, como se já estivéssemos em paz e segurança, quando nem sinal aparece em nossa vida de verdadeira santidade. Bem necessário nos fora que nos instruíssemos de novo, como bons noviços, nos bons costumes; talvez que assim houvesse esperança de alguma emenda futura e maior progresso espiritual.

Fonte: Tomás de Kempis

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São Thomas More



Nasceu em Londres, em 1477. Estudou na Universidade de Oxford. Era de caráter extremamente simpático. Pai de família, teve um filho e três filhas. Era jurista e amigo de Erasmo, que lhe dedicou sua obra prima, Elogio da Loucura. Foi nomeado chanceler do Reino.

Deixou várias obras escritas, versando sobre negócios civis e liberdade religiosa. Sua obra mais conhecida intitula-se Utopia.

Opôs-se duramente ao divórcio de Henrique VIII, que desejava anular seu primeiro casamento a fim de casar-se com Ana Bolena. Recusou-se a comparecer aos cerimoniais de coroação da nova rainha. Por ordem do rei foi preso e lançado na Torre de Londres. Na prisão escreveu Diálogo do conforto nas tribulações.

Mesmo condenado à forca, não perdeu seu peculiar bom humor cristão, sua naturalidade e simplicidade. No dia da execução, pediu ajuda para subir ao cadafalso e disse ao povo:

Morro leal a Deus e ao Rei, mas Deus antes de tudo. E abraçando o carrasco disse: Coragem amigo, não tenhas medo! Mas como tenho o pescoço muito curto, atenção. Está nisso a tua honra! E pediu para que não lhe estragasse a barba, porque ela, ela, ao menos, não cometera nenhuma traição. Morreu no dia 6 de junho de 1535.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, pela fé em Jesus Cristo, somos vossos filhos e irmãos uns dos outros.

Todos estamos revestidos de Cristo e somos herdeiros das promessas divinas.

Nós vos agradecemos porque enviastes aos nossos corações o Espírito de Jesus que clama:”Abba, Pai!”

Obrigado Senhor, pois em Jesus vos conhecemos e somos por vós conhecidos.

Confessemos a verdadeira fé e confirmemos com o testemunho alegre, bem-humorado, simples e firme de nossa vida, aquilo que professamos com nossas palavras.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J.Alves

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domingo, 21 de junho de 2020

O covid e a pressa



As autoridades sanitárias e o pessoal diretamente envolvido na situação, em pronunciamentos embasados nas referências e perspectivas científicas e históricas, declararam que a pandemia pode se estender para médio e longo prazo. É evidente que todos gostariam que a realidade fosse exatamente outra, que a inteligência humana, sua ciência superasse o inimigo microscópico e que os louros da vitória pudessem ser autocolocados e o homem batesse palmas de si mesmo: olhem como sou bom.

Deus, que está no comando de tudo e trata a coisas da forma que lhe convém e é melhor para suas criaturas, vê a disputa humana contra ele como uma triste revolta e atitude de soberba. Isso não é novidade, São Paulo já dizia que “éramos inimigos de Deus”; e convenhamos: quantos ainda agem assim.

Parceiro dessa “birra” humana é o diabo, que trabalha bem para colocar a criatura contra o criador. No entanto, como já é prevista sua derrota no fim dos tempos, mau negócio é desistir das promessas do altíssimo. São tempos de tribulação como os que já aconteceram em outras épocas. E com essa oportunidade divina concedida para que a humanidade se converta em definitivo e se volte para Deus, o que fazem? Procuram retomar suas rotinas e adotar práticas que não eram costumes, tudo, para testemunhar que: ou a pandemia não é tão séria como dizem, ou que não é necessário tamanha profilaxia, ou que se “eu tiver que contrair a doença, irei contrair mesmo”. Quem sabe o que mais se passa na cabeça do povo.

É também sabido que depois disso tudo ainda passaremos pelas consequências do pós. Nessa pequena amostra grátis do que virá no fim dos tempos, em apenas três meses a fragilidade humana que governa o mundo através do capitalismo e do egoísmo dá amostras de não ser capaz de viver sem o reconhecimento de que Deus está no comando. Agrava-se ainda o fato de que tem pressa em retomar tudo e virar a página. A pressa deveria ser outra: conversão e comunhão com Deus, de uma forma definitiva.

Fonte: Jefferson Roger

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Mãe da Misericórdia



Tem sido a Santíssima Virgem elevada à dignidade de Mãe de Deus, com justa razão a Santa Igreja a honra, e quer que de todos seja honrada com título glorioso de rainha. Se o filho é rei, diz Pseudo-Atanásio, justamente a mãe deve considerar-se e chamar-se rainha. Desde o momento em que Maria aceitou ser mãe do verbo eterno, diz São Bernardino de Sena, mereceu tornar-se rainha do mundo e de todas as criaturas. Se a carne de Maria, conclui Arnoldo, abade, não foi diversa da de Jesus, como, pois, da monarquia do filho pode ser separada a mãe? Por isso deve julgar-se que a glória do reino não só é comum entre a mãe e o filho, mas também que é a mesma para ambos.

Se Jesus é rei do universo, do universo também é Maria rainha, escreve Roberto, abade. De modo que na frase de São Bernardino de Sena, quantas são as criaturas que servem a Deus, tantas também devem servir a Maria. Por conseguinte, estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos, os homens e todas as coisas do céu e da terra, porque tudo está também sujeito ao império de Deus.

Saibamos todos, para consolação nossa, que é uma rainha cheia de doçura e de clemência, sempre inclinada a favorecer e fazer bem a nós, pobres pecadores. Quer por isso a igreja que a saudemos em oração com o nome de rainha de misericórdia. O próprio nome de rainha, considera Santo Aberto Magno, denota piedade e providência para com os pobres, enquanto que o de imperatriz dá ares de severidade e rigor.

Eu ouvi – diz o salmista – estas duas coisas: que o poder é de Deus e que é vossa misericórdia (Salmos 61,12,13). Considerando o afamado chanceler de Paris, João Gerson, as palavras de Davi, disse: consistindo o reino de Deus na justiça a na misericórdia, o Senhor dividiu: o reinado da justiça reservou-o para si, e o reinado da misericórdia o cedeu a Maria. E ainda o Senhor ordenou que pelas mãos de Maria passariam, e a seu arbítrio seriam conferidas todas as misericórdias dispensadas aos homens.

Isto mesmo confirma um escritor no prefácio das epístolas canônicas, escrevendo: quando a Santíssima Virgem concebeu o Divino Verbo e deu à luz, obteve metade do reino de Deus: tornou-se rainha de misericórdia e Jesus ficou sendo rei da justiça.

Fonte: Santo Afonso Maria de Ligório

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A compunção do coração



Se queres fazer algum progresso, conserva-te no temor de Deus e não busques demasiada liberdade; refreia, antes, todos os teus sentidos com a disciplina e não te entregues à vã alegria. Procura e compunção do coração e acharás a devoção. A compunção descobre tesouros, que a dissipação bem depressa costuma desperdiçar. É de estranhar que o homem jamais possa, nesta vida, gozar perfeita alegria, se considera seu exílio e pondera os muitos perigos de sua alma.

Pela leviandade do coração e pelo descuido dos nossos defeitos não percebemos os males de nossa alma; e, muitas vezes, rimo-nos frivolamente, quando, com razão, devíamos chorar. Não há verdadeira liberdade nem perfeita alegria sem o temor de Deus e a boa consciência. Ditoso aquele que pode apartar de si todo estorvo das distrações e recolher-se com santa compunção. Ditoso aquele que rejeita tudo que lhe possa manchar ou agravar a consciência. Peleja varonilmente: um costume com outro se vence.

Se souberes deixar os homens, eles te deixarão fazer tuas boas obras. Não te metas em coisas alheias, nem te impliques nos negócios dos grandes. Olha sempre primeiro para ti e admoesta-te com mais particularidade que a todos os teus amigos. Não te entristeça a falta dos humanos favores, mas penalize-te o não viveres com tanta cautela e prudência como convém a um servo de Deus e devoto religioso. Mais útil e mais seguro para o homem não ter nesta vida muitas consolações, mormente sensíveis. Todavia, se não temos, ou raramente sentimos o consolo divino, a culpa é nossa, porque não procuramos a compunção do coração, nem rejeitamos de todo as vãs consolações exteriores.

Reconhece que és indigno da consolação divina, mas antes merecedor de muitas aflições. Quando um homem está perfeitamente compungido, logo se lhe torna enfadonho e amargo o mundo todo. O homem justo sempre acha bastante matéria para afligir-se e chorar. Pois, quer olhe para si, quer para o próximo, sabe que ninguém passa esta vida sem tribulações. E quanto mais atentamente se considera, tanto mais profunda é a sua dor. Matéria de justa mágoa e profundo pesar são nossos pecados e vícios, aos quais de tal sorte estamos presos, que raras vezes podemos contemplar as coisas do céu.

Se mais a miúdo pensasses na morte que numa vida de muitos anos, não há dúvida que tua emenda seria mais fervorosa. Se também meditasses seriamente nas penas futuras do inferno ou do purgatório, creio que sofrerias de bom grado trabalhos e dores, sem recear nenhuma austeridade. Mas, como estas coisas não nos penetram o coração e amamos ainda os regalos, ficamos frios e muito tíbios.

É muitas vezes pela fraqueza do espírito que este miserável corpo se queixa tão facilmente. Pede, pois, humildemente ao Senhor que te dê o espírito de compunção, e diz, com o profeta: Sustenta-me Senhor, com o pão das lágrimas e a bebida copiosa do pranto (Salmo 79,6).

Fonte: Tomás de Kempis
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São Luiz Gonzaga



Nasceu em Mântua, Itália, em 1568 e morreu com 23 anos de idade, em 1591. É o patrono da juventude, e o seu corpo repousa na igreja de Santo Inácio, em Roma.

Recebeu educação esmerada e frequentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana: Corte dos Médici, em Florença; Corte de Mântua; Corte de Habsburgos, em Madri. Foi pajem do príncipe Diego, filho de Filipe II.

Para surpresa de todos, optou pela vida religiosa, deitando por terra os interesses nele depositados pelo pai. Finalmente conseguiu realizar o seu ideal: entrar para a Companhia de Jesus. Entretanto, viveu ali apenas quatro anos. Esgotado pelo trabalho e pela penitência levados ao extremo, morreu servindo as vítimas da peste que assolava Roma.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, celebramos hoje a memória de São Luiz Gonzaga.

Ele viveu buscando a vossa face, encontrou-vos servindo os irmãos necessitados e vítimas da peste.

Olhai, Senhor, para cada um de nós, perscrutai os nossos corações e as nossas mentes.

Despertai em nosso íntimo o desejo de também vos buscar com sinceridade e abertura de espírito.

Em vós reside o sentido de nossa existência, a superação de nós mesmos e a alegria de vos servir.

Enchei os nossos corações da vossa alegria, da vossa esperança e da vossa paz.

Dai-nos o dom do discernimento, para que, a exemplo de São Luiz Gonzaga, possamos colocar em vós toda a nossa confiança.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J.Alves

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sábado, 20 de junho de 2020

Amor à solidão e ao silêncio



Procura tempo oportuno para cuidar de ti e relembra a miúdo os benefícios de Deus. Renuncia às curiosidades e escolhe leituras tais, que mais sirvam para te compungir, que para te distrair. Se abstiveres de conversações supérfluas e passeios ociosos, como também de ouvir novidades e boatos, acharás tempo suficiente e adequado para te entregares a santas meditações. Os maiores santos evitavam, quanto podiam, a companhia dos homens, preferindo viver com Deus, em retiro. Mas fácil é ficar oculto em casa, que fora dela ter a necessária conduta.

Não pode haver alegria segura sem o testemunho de boa consciência. Contudo, a segurança dos santos estava sempre misturada com o temor de Deus; nem eram menos cuidados e humildes em si mesmos, porque resplandeciam em grandes virtudes e graças. A segurança dos maus, porém, nasce da soberba e presunção, e acaba por enganar-se a si mesma. Nunca te dês por seguro nessa vida, ainda que pareças bom religioso ou devoto ermitão.

Muitas vezes os melhores no conceito dos homens correram graves perigos, por sua demasiada confiança. Por isso, para muitos é melhor não serem de todo livres de tentações, mas que sejam frequentemente combatidos, para que não confiem demasiadamente em si, nem se exaltem com soberba, nem tampouco busquem com ânsia as consolações exteriores.

No silêncio e no sossego faz progressos uma alma devota e aprende os segredos das escrituras. Ali ela acha a fonte de lágrimas, com que todas as noites se lava e purifica, para tanto mais de perto unir-se ao criador quanto mais retirada viver do tumulto do mundo. Para que queres ver o que não te é lícito possuir? Passa o mundo e a sua concupiscência. A inclinação sensual convida a passeios; passada, porém, aquela hora, que nos fica senão consciência pesada e coração distraído? À saída alegre, muitas vezes sucede um regresso triste, e à véspera deleitosa uma triste manhã. Assim todo gosto carnal entra suavemente; no fim, porém, remorde e mata.

Levanta os olhos a Deus nas alturas e pede perdão dos teus pecados e negligências. Deixa as vaidades para os fúteis; tu, porém, atende ao que Deus te manda. Fecha atrás de ti a porta e chama a teu Jesus amado. Fica-te com ele em tua cela, porque tanta paz em outra parte não acharás. Se não tivesses saído, e escutado os rumores do mundo, melhor terias conservado a santa paz; enquanto folgares de ouvir novidades, terás que sofrer desassossego do coração.

Fonte: Tomás de Kempis

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Padre Rafael Palacios



Nasceu em San Luis Talpa, em 16 de outubro de 1938. Foi ordenado no dia 26 de maio de 1963. Foi morto em plena rua, no dia 20 de junho de 1979, em El Salvador, quando retornava de uma reunião de CEB. Tinha 41 anos.

Sua principal obra foi a formação de comunidades eclesiais de base. Certa vez afirmou:

“O essencial da mensagem de Jesus foi convidar a humanidade dividida a lutar contra o que mantém as pessoas dispersas e desorientadas, isto é, o pecado, o Jesus nos propõe seu plano e nos convida a segui-lo, não de qualquer modo, senão que Jesus o situa dentro de limites mais definidos de uma comunidade que é a sua igreja, pois é aí que todos poderão participar mais eficazmente na consecução deste ideal, onde poderão efetiva-lo com a ajuda de todos”.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, padre Rafael colocou a sua vocação sacerdotal, a sua inteligência, as suas forças a serviço do povo necessitado, convidando todos para entrar em comunhão e formar comunidades, lugar por excelência da presença do ressuscitado.

A exemplo, esforcemo-nos para superar o individualismo que nos divide e nos destrói a consciência de pertencermos a um povo, a uma comunidade; individualismo que nos torna periféricos, sem raízes, medrosos, assustadiços e vulneráveis como caniços ao vento.

Acreditemos mais na força do amor do que na violência, mais na comunhão e na participação do que no isolamento e no individualismo.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J.Alves

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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Até que ponto vai seu amor por Deus?



Ama tanto até o desprezo de Deus ou ama tanto até o desprezo de sim mesmo. Sabemos que no mundo existem diferentes “amores”. Muito já se escreveu sobre as formas de amar. Afinal, o amor anda em pauta no mundo desde que a história da humanidade começou a caminhar. Em nosso caso, os cristãos, temos bem consciência de que nossa vida precisa ser pautada pelo decálogo.

Todavia, na época em que o filho do Altíssimo andou por este vale de lágrimas para nos trazer a boa nova, ele fez uma coisa muito inteligente vinda da parte de Deus. Os homens com a tendência de transformar em fardo os “pesados” mandamentos divinos logo se deram conta de que tudo poderia ser resumido, e de fato foi, nos famosos dois mandamentos do amor.

Jesus nos ensinou que tudo consiste nesses dois mandamentos.

E a conclusão que se tira disso é fascinante; quanto antes se compreende, melhor se vive o que se pede de cada um. É uma espécie de balancinha: se você ama mais a Deus, você é mais santo, se ama menos, é menos santo. Quanto mais o ama, não irá praticar coisas contra ele porque não quer ferir esse amor entre as partes.

O ensino que vem do alto é belíssimo: é por Deus, para Deus, com Deus, por causa de Deus; e isso é comprovado nas partes das escrituras que dizem que devemos imitá-lo. Isso, em verdade já acontece aqui e ali. Vamos a um exemplo? Os pais ao castigarem seu filho por desobediência o deixam de amar por isso? É evidente que não! Essa atitude reflete exatamente o modo de agir de Deus.

Hebreus 12,6 – “O Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Provérbios 3,11)”.

No entanto, nosso composto de corpo e alma sofre em manter em ordem o equilíbrio das coisas. Vive o dilema de manter seu amor dentro da esfera espiritual, voltada para Deus, uma vez que os apetites dos sentidos buscam colocar o corpo no comando da vida. Lemos nas escrituras que a vida do homem nessa terra consiste em uma luta constante. Não estamos deixados por isso, de lado, Jesus nos ensinou que devemos recitar a maior das orações: a oração do Pai Nosso. Santo Antonio Maria Claret dizia que quem quer se salvar precisa ter Deus no coração, o paraíso na mente e o mundo debaixo dos seus pés.

Fonte: Jefferson Roger

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O exemplo dos Santos Padres



Contempla os salutares exemplos dos santos padres, nos quais brilhou a verdadeira perfeição religiosa, e verás quão pouco ou quase nada é o que fazemos. Ah! Que é a nossa vida em comparação com a deles? Os santos e amigos de Cristo serviram ao Senhor em fome e sede, em frio e nudez, em trabalho e fadiga, em vigílias e jejuns, em orações e santas meditações, em perseguições e muitos opróbrios.

Oh! Quantas e quão graves tribulações sofreram os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens e todos quantos quiseram seguir as pisadas de Cristo! Odiaram suas almas nesse mundo para possuí-las eternamente no outro. Oh! Que vida austera e mortificada levaram os santos padres no deserto! Que contínuas e graves tentações suportaram! Quantas vezes foram atormentados pelo inimigo! Quantas orações fervorosas ofereceram a Deus! Que rigorosas abstinências praticaram! Que zelo e fervor tiveram em seu adiantamento espiritual! Que guerra fizeram para subjulgar os vícios! Com que pura e reta intenção buscaram a Deus! Durante o dia trabalhavam e passavam as noites em orações ainda que trabalhando não interrompessem um momento a oração mental.

Todo o tempo empregavam utilmente; toda a hora lhes parecia breve convivida com Deus; e pela grande doçura das contemplações se esqueciam até da necessária refeição do corpo. Renunciavam a todas as riquezas, dignidades, honras, amigos e parentes; nada queriam do mundo; apenas tomavam o indispensável para a vida e só com pesar satisfaziam as exigências da natureza. Assim eram pobres nos bens terrenos, mas muito ricos de graças e virtudes. Exteriormente lhes faltava tudo; interiormente, porém, se deliciavam com graças e consolações divinas.

Ao mundo eram estranhos, mas íntimos e familiares amigos de Deus. A si mesmos tinham em conta de nada, e o mundo os desprezava; mas eram preciosos e queridos aos olhos de Deus. Mantinham-se na verdadeira humildade, viviam em singela obediência, andavam em caridade e paciência; assim cada dia faziam progresso na vida espiritual e mais a Deus agradavam. Esses foram dados por modelos a todos os religiosos, e mais nos devem estimular ao progresso espiritual, do que a multidão dos tíbios ao esmorecimento.

Ó tibieza e desleixo do nosso estado, que tão depressa declinamos do fervor primitivo, e já nos causa tédio o viver por tanta negligência e frouxidão! Oxalá em ti não entorpeça de todo o desejo de progredir nas virtudes, já que tantos modelos viste de perfeição!

Fonte: Tomás de Kempis

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São Romualdo



São Romualdo nasceu na Toscana e viveu no final do século X e início do século XI. Reformador da vida monástica, chegou à vida religiosa marcado por um triste acontecimento: seu pai matara em duelo um parente.

Primeiramente foi monge beneditino, na abadia de Ravena. Fundou depois o mosteiro de Campo Maldoli, dando origem assim à Ordem Camaldulense, procurando conciliar a vida de solidão absoluta e vida comunitária. Apesar de monge, foi um homem comprometido com o seu tempo, preocupado com a evangelização dos povos e com a reforma do clero. Ao pressentir a morte, despediu-se de cada um dos monges e quis morrer sozinho, sem ninguém por companhia.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, dai-nos a humildade, abatei de nossos corações o orgulho e nossas pretensões e manias de grandeza. Não permitais, Senhor, sejamos servidores de nossos egoísmos e autossuficiências. Dai-nos a consciência de que somos feitos de sangue, de carne, de nervos, de músculos, de desejos e sonhos, de angústia, de fé, de coração, de misericórdia e compaixão...

E em meio às contradições, busquemos o sentido de nossa continua parição

Dai-nos, Senhor, conhecer a verdade sobre nós: por vosso amor e por vossa bondade, somos vossos filhos amados e queridos. Em Jesus, vosso filho, o ressuscitado, invadistes a nossa transitoriedade, enriquecestes superabundantemente o homem carente de espírito e de transcendência.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J.Alves

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