João e Paulo eram irmãos. Deram testemunho de sua fé durante a perseguição de Juliano, o apóstata, em junho de 362. Eram ricos, e tudo indica que haviam sido oficiais da guarda imperial. Renunciaram aos cargos e se recolheram em sua propriedade no Monte Célio, dedicando-se à oração e ao serviço dos necessitados.
Juliano, o apóstata, entretanto, exigiu que retornassem às suas funções anteriores. São João e São Paulo recusaram-se a obedecer ao tirano e a compartilhar de suas crueldades.
Assim diz a inscrição de São Dâmaso: Paulo e João de ilustre linhagem... deram juntos a vida, unidos pelo casto vínculo da fé. Foram vassalos fieis do rei da eterna mansão. Os dois irmãos tiveram na vida a mesma casa e a mesma fé; agora no céu cingem a mesma coroa imortal. Ficai sabendo que Dâmaso teceu o panegírico dos dois irmãos, para que o povo cristão aprenda a celebrar os novos protetores.
Prece do dia:
Deus, nosso Pai, nossos olhos já andam cansados de tanto ver, nossas mãos acumularam o musgo do tempo e das águas da vida, nada, nem uma gota retiveram; nossos pés conhecem todos os caminhos: as pedras e os espinhos, a areia quente e a lama, os excrementos e a terra fria; nossos pés foram e voltaram e a nenhum lugar chegaram.
Os nossos corpos latejam como pássaros-filhotes nas conchas de um destino cruel e esperançoso.
A semente granada ainda resta ser debulhada e jogada no chão da vida, a vida a ser pisada no lagar e se tornar vinho bebido; o trigo de nossos sonhos venturosos ainda não foi triturado para se fazer pão repartido.
Fazei, Senhor, que participemos da vossa paixão, morte e ressurreição...
Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves
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