O Catecismo da Igreja Católica define muito claramente o que se deve entender por sacrilégio:
2120 – “O sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas e os lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando cometido contra a Eucaristia, pois neste sacramento o próprio Corpo de Cristo se nos torna substancialmente presente”.
Como vemos não paira dúvidas neste número 2120 do catecismo. E para surpresa de alguns, ou de muitos, inclui como sacrilégio pessoas, coisas e lugares sagrados. Sabem quando aquele padre durante a celebração da santa missa (quer algo mais sagrado que essa ação litúrgica?) trata esse acontecimento augustíssimo como se fosse um evento para promoção pessoal, ou ainda mistura elementos mundanos junto aos elementos sagrados dessa celebração? Ou personaliza a missa? Pois é...
Nada de se achar que porque é padre, ele sabe o que faz e não deve ser errado; nada disso! Viram que o pecado do sacrilégio consiste em tratar pessoas indignamente? Cremos que Jesus está presente na consagração do pão e do vinho, em pessoa! Abusos litúrgicos e modos indignos para com o crucificado ali presente é sim, da mais alta gravidade!
Os objetos litúrgicos (as coisas), os sacramentos nada está isento de ser tratado indevidamente. Percebam como a coisa é realmente séria! Nem poderia ser diferente, afinal, nossa alma não é um artigo qualquer, Padre Pio recordava que as almas custam sangue! O sangue que foi derramado na cruz; a missa é o sacrifício incruento, a missa é o calvário! O mesmo Padre Pio dizia que devemos participar da santa missa como Maria aos pés da cruz!
Portanto, eis aí uma confirmação que a igreja faz daquilo que já aprendemos do Cristo.
Sabemos, pois, que no céu, na Jerusalém Celeste “não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” – Apocalipse 21,27.
Ezequiel 22,26 – “Seus sacerdotes violam a minha lei, profanam o meu santuário, tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distinguir o que é puro do que é impuro”. Imaginem um sacerdote em plena santa missa ajoelhar-se perante um cenário de fantoches, como pode? Ou então durante uma missa ordinária permitir uma algazarra ensurdecedora desconectada do santo sacrifício dominical?
E para encerrar ficamos com as palavras de Jesus Cristo (pessoal! – É nosso Senhor que falou!) dirigidas à Santa Angela de Foligno:
“Ai, ai, ai! De todos aqueles sacerdotes que temem, ou não
querem proibir que se espezinhem e profanem os Meus templos, com a nudez das
modas. Muitos deles, deixaram-se seduzir pela sua presença e não querem ser
rigorosos no cumprimento dos seus deveres. Eu fui atraiçoado por um falso
apóstolo. E hoje, há falsos sacerdotes, religiosos e leigos, que, de forma
clandestina, estão trabalhando para destruir a Minha Igreja. Falseiam a Minha
Doutrina, permitindo tudo e criando um cristianismo fácil...
Nos Meus Templos vêem-se coisas mais profanas. Por exemplo: Maquilagens, penteados exóticos, jóias, amuletos, óculos de sol, finos e raros tecidos... Outros, por sua vez, dedicam-se a comer, fumar, mastigar pastilhas elásticas, conversar, dormir, estudar, namoriscar, cruzar as pernas, aplaudir, bailar, cantar canções profanas e os “parabéns a você”, bisbilhotar, passear admirando obras de arte, tirar fotos durante a Santa Missa, etc. etc, como se estivessem num pic-nic. Pobres deles! Estão convertendo a Minha casa de Oração em lugar de pecados e...ninguém sai em Minha defesa...Todos calam e fogem.. Ninguém se arrisca e todos lavam as mãos como Pilatos... Onde estão os que deram a sua vida por Mim?”
Fonte: Jefferson Roger