quinta-feira, 30 de julho de 2020

Sacrilégios cometidos



O Catecismo da Igreja Católica define muito claramente o que se deve entender por sacrilégio:

2120 – “O sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas e os lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando cometido contra a Eucaristia, pois neste sacramento o próprio Corpo de Cristo se nos torna substancialmente presente”.

Como vemos não paira dúvidas neste número 2120 do catecismo. E para surpresa de alguns, ou de muitos, inclui como sacrilégio pessoas, coisas e lugares sagrados. Sabem quando aquele padre durante a celebração da santa missa (quer algo mais sagrado que essa ação litúrgica?) trata esse acontecimento augustíssimo como se fosse um evento para promoção pessoal, ou ainda mistura elementos mundanos junto aos elementos sagrados dessa celebração? Ou personaliza a missa? Pois é...

Nada de se achar que porque é padre, ele sabe o que faz e não deve ser errado; nada disso! Viram que o pecado do sacrilégio consiste em tratar pessoas indignamente? Cremos que Jesus está presente na consagração do pão e do vinho, em pessoa! Abusos litúrgicos e modos indignos para com o crucificado ali presente é sim, da mais alta gravidade!

Os objetos litúrgicos (as coisas), os sacramentos nada está isento de ser tratado indevidamente. Percebam como a coisa é realmente séria! Nem poderia ser diferente, afinal, nossa alma não é um artigo qualquer, Padre Pio recordava que as almas custam sangue! O sangue que foi derramado na cruz; a missa é o sacrifício incruento, a missa é o calvário! O mesmo Padre Pio dizia que devemos participar da santa missa como Maria aos pés da cruz!

Portanto, eis aí uma confirmação que a igreja faz daquilo que já aprendemos do Cristo.

Sabemos, pois, que no céu, na Jerusalém Celeste “não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” – Apocalipse 21,27.

Ezequiel 22,26 – “Seus sacerdotes violam a minha lei, profanam o meu santuário, tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distinguir o que é puro do que é impuro”. Imaginem um sacerdote em plena santa missa ajoelhar-se perante um cenário de fantoches, como pode? Ou então durante uma missa ordinária permitir uma algazarra ensurdecedora desconectada do santo sacrifício dominical?

E para encerrar ficamos com as palavras de Jesus Cristo (pessoal! – É nosso Senhor que falou!) dirigidas à Santa Angela de Foligno:

“Ai, ai, ai! De todos aqueles sacerdotes que temem, ou não querem proibir que se espezinhem e profanem os Meus templos, com a nudez das modas. Muitos deles, deixaram-se seduzir pela sua presença e não querem ser rigorosos no cumprimento dos seus deveres. Eu fui atraiçoado por um falso apóstolo. E hoje, há falsos sacerdotes, religiosos e leigos, que, de forma clandestina, estão trabalhando para destruir a Minha Igreja. Falseiam a Minha Doutrina, permitindo tudo e criando um cristianismo fácil...

Nos Meus Templos vêem-se coisas mais profanas. Por exemplo: Maquilagens, penteados exóticos, jóias, amuletos, óculos de sol, finos e raros tecidos... Outros, por sua vez, dedicam-se a comer, fumar, mastigar pastilhas elásticas, conversar, dormir, estudar, namoriscar, cruzar as pernas, aplaudir, bailar, cantar canções profanas e os “parabéns a você”, bisbilhotar, passear admirando obras de arte, tirar fotos durante a Santa Missa, etc. etc, como se estivessem num pic-nic. Pobres deles! Estão convertendo a Minha casa de Oração em lugar de pecados e...ninguém sai em Minha defesa...Todos calam e fogem.. Ninguém se arrisca e todos lavam as mãos como Pilatos... Onde estão os que deram a sua vida por Mim?”

Fonte: Jefferson Roger


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Deus não vê aparências



Marcos 12,14 – “Aproximaram-se dele e disseram-lhe: Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade.

Isaías 11,3-5 – “(Sua alegria se encontrará no temor ao Senhor.) Ele não julgará pelas aparências, e não decidirá pelo que ouvir dizer; mas julgará os fracos com equidade, fará justiça aos pobres da terra, ferirá o homem impetuoso com uma sentença de sua boca, e com o sopro dos seus lábios fará morrer o ímpio. A justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos”.

Provérbios 26,24-28 – “O que odeia, fala com dissimulação; no seu interior maquina a fraude; quando ele falar com amabilidade, não te fies nele porque há sete abominações em seu coração; pode dissimular seu ódio sob aparências, e sua malícia acabará por ser revelada ao público. Quem cava uma fossa, ali cai; quem rola uma pedra, cairá debaixo dela. A língua mendaz odeia aqueles que ela atinge, a boca enganosa conduz à ruína.

Como vemos, aparências não contam nada para Deus. Não é à toa que aprendemos nas escrituras que Deus vê o coração. Jesus compara as pessoas aos sepulcros caiados, belos por fora, mas por dentro...

Por isso nos receita a humildade e o desapego e nos ensina que a caridade que deve ser gratuita precisa ser anônima:

Mateus 6,1-4 – “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu. Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita. Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á”.

Fonte: Jefferson Roger

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segunda-feira, 27 de julho de 2020

A dor um dia nos alcança



Todo mundo já passou, está passando ou irá passar por algum tipo de dor em sua vida. Seja ela de natureza, física, material, psíquica ou espiritual; ou ainda um outro tipo de sofrimento qualquer. Algumas são passageiras, outras se tornam crônicas, outras são repentinas, outras ainda mandam antes um aviso prévio de que estão a caminho.

Algumas deixam cicatrizes, outras deixam sequelas, outras marcam pessoas por toda a vida, enfim, cada um pode com grande facilidade falar sobre a dor, algum tipo de dor. Para que uma vida entre nesse mundo a mãe passa pelas dores do parto. Quando a vida nesse mundo termina, a dor volta a dar as caras. Se nos acidentamos nosso corpo dói.

Sabemos muito bem que dor é sinônimo de sofrimento. No entanto existe um grande porém que nosso Senhor Jesus Cristo nos revelou a mando de Deus Pai: a dor é filha do amor.

E essa é uma dor que se enfrenta de peito aberto, pois, sendo fruto do amor pagasse o preço necessário e isso inclui qualquer dor. Nas sagradas escrituras vemos exemplos de pessoas que por amor a Deus sofreram, na vida dos santos também. Em nossa época os melhores exemplos são os das mães.

Somente esse amor por Deus e pelo próximo como o amor próprio por causa de Deus – livre das “ofertas do mundo” – pode colocar a alma em paz com Jesus. Uma paz que não significa ausência de problemas, de sofrimentos, de dores e de tribulações. Uma paz que encontramos quando o amor entre Deus e seu filho convive num coração totalmente preenchido pelas coisas do alto, as que não passarão.

Quando chegarmos a esse ponto, de crescermos em meio à dor, então significa que nosso coração foi aberto e Deus nele estará habitando, a cruz não é mais fardo e sim uma glória e honra poder empunha-la. Então a dor de Jesus nos alcançou e seu amor nos conquistou, seremos novas criaturas.

Fonte: Jefferson Roger

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O dia do Senhor



1ª Tessalonicenses 5,2-11 – “Vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais. Mas vigiemos e sejamos sóbrios. Porque os que dormem, dormem de noite; e os que se embriagam, embriagam-se de noite. Nós, ao contrário, que somos do dia, sejamos sóbrios. Tomemos por couraça a fé e a caridade, e por capacete a esperança da salvação. Porquanto não nos destinou Deus para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com ele. Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis”.

Pois como vemos, aos membros do corpo de Cristo cabe o bem comum e o afastamento do egoísmo. O céu á arrebatado a força e são os violentos que o conquistam (Mateus 11,12), e essa conquista esbarra na luta até o sangue contra o pecado (Hebreus 12,4). Uma luta que consiste em obedecer a Deus antes que aos homens (Atos 5,29).

O embotamento da mente, corpo e coração pelas coisas que passam irá nos colocar na mesma posição das virgens imprudentes do novo testamento. Depois, quando não houver mais tempo, pois a eternidade se apresenta diante dos olhos de cada um, ou se lamentará ou se acalentará perante o justo juiz, que depois do tempo da misericórdia, aguarda a todos para praticar a sua justiça.

Fonte: Jefferson Roger

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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Aprendemos na bíblia que devemos vigiar e orar sem cessar



Não só em tempos de necessidades, ou como o tempo em que estamos passando. Todavia, sabe-se que a oração tem maior valor na tribulação, pois isso move a pessoa a retirar forças das entranhas da alma e do coração entoando em tom de verdadeira e sincera súplica seus pedidos a Deus.

No entanto é preciso ter cuidado para que os pedidos não sejam contraditórios; vamos entender.

O sujeito quando reza o “Pai Nosso” pede a Deus que “seja feita a vontade dele”. Muito bem, através desse pedido a pessoa se coloca sob sua vontade, renuncia-se a si mesmo (Lucas 9,23) e se dispõe a servi-lo por amor. Então, por sua vontade Deus envia uma tribulação para que seu filho cresça no amor, na fé e na santidade – verdadeira dádiva de Deus – e o que essa pessoa faz? Sai correndo a rezar pedindo que Deus a livre desse “infortúnio”.

Percebem a contradição? Eis o teor católico; aquilo que é católico abraça a totalidade. Como cristão não podemos escolher uma parte e deixar a outra de fora. Ou aceitamos que seja feita a vontade de Deus (toda ela) ou não, não dá para escolher qual parte aceitar. Claro, não sejamos ingênuos, de fato os sofrimentos são ruins mesmo, mas o Cristo nos ensinou que são necessários. Esse é um passo bem difícil de se dar na fé: passar nessa vida pelas dores de parto para sair do outro lado cobertos pela glória celeste. O que devemos é pedir forças para suportarmos o que Deus nos envia e nos mantermos na paz do Senhor.


Romanos 12,12 – “Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração”.

Tiago 1,2-4 – “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma”.

1ª Pedro 4,12-13 – “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória”.

Fonte: Jefferson Roger


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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Os grandes sacerdotes


Se refletirmos um pouco sobre a graça concedida da comunhão dos santos – atestada biblicamente – iremos nos deparar em nossas mentes com vários nomes de santos e santas do mundo. Pessoas que seguiram o exemplo de Jesus (1ª Coríntios 11,1 – Efésios 5,1), percorreram o caminho da porta estreita e hoje estão junto do Pai. Homens e mulheres de várias naturezas e situações sociais e condições de vida. Entre estas temos os padres, alguns integrantes do quadro dos santos:

Padre Pio

Padre Kolbe

Padre Felipe Neri

Padre João Maria Vianney

O que existe de comum entre eles? Muita coisa, eles eram pessoas que se dedicavam ao povo de Deus, fugiam da fama e do dinheiro, eram homens devotos, homens de altar e confessionário, peregrinos da boa nova, pessoas orantes, não lhes apeteciam as vaidades do mundo, o ego era flagelado constantemente pelo amor as coisas de Deus.

Eles eram apenas padres – o que na verdade já é muito – pois um chamado desses para apascentar as ovelhas de Jesus é algo estupendo e de muito alto calibre. Atraíam para Deus (não para si) multidões através daquilo que faziam e falavam, do exemplo que davam com a vida. Eram pessoas que dedicavam suas vidas e seu tempo para as coisas do céu e isso incluía o povo do Senhor.

A biografia desses homens é belíssima e uma contínua fonte de inspiração para todos. Muito diferente de tantos maus exemplos de sacerdotes que encontramos pelo mundo afora.

Padres envolvidos em escândalos de pedofilia, lavagem de dinheiro, autopromotores de dvd’s e livros, dedicam seu tempo para fazerem shows musicais, promover material para fãs de redes sociais, preocupados com a aparência externa, superficiais em seu modo de celebrar os sacramentos e a santa missa, padres preocupado em agradar seguidores seus em detrimento de Deus, padres que possuem assessores, patrocinadores, padre que não largam os celulares e microfones, padres que viajam pelo mundo enquanto são párocos de comunidades pobres e carentes e a lista poderia continuar. Todo mundo conhece padres e padres...

Graças a Deus lemos na bíblia que seremos “peneirados” em nossa fé, e como se lê em Eclesiastes “teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem. Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau”. Jesus, a Santa Maria Faustina Kowalska disse para nos acalmarmos pois ele terá a eternidade inteira para praticar a justiça; ai daqueles (não somente os padres) que por conta de suas atitudes não irão atravessar pela peneira.

Fonte: Jefferson Roger


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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Jesus, o meu justo juíz


Muitos gostam de enfatizar o lado misericordioso de Jesus; como exemplo podemos destacar o que se recita em dois terços dirigidos à sua misericórdia. Num, dizemos: “pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”; no outro, dizemos: “meu Jesus, perdão e misericórdia, pelos méritos de vossas santas chagas”.

Pois bem, não há nada de errado nisso, até porque tudo que vem de Jesus tem para nós um valor infinito! A dívida impagável por conta de nossa natureza, já que foi uma ofensa ao Santíssimo Deus, só poderia ser sanada por alguém com a “envergadura” de Cristo. Todavia, a fé que o católico professa, tem consciência de que Jesus é misericordioso, mas também é justo juíz.

A profissão de fé diz em alto e bom tom que “donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”. E sabemos que seu julgamento será pautado em nossas obras – Apocalipse 22,12. Muito bem, vale aqui um lembrete, pois existe um detalhe interessante nesse julgamento de Jesus: ele ocorre sempre, acompanhemos.

Sabemos que quando morremos iremos passar pelo crivo da justiça divina e, por conta de nossas obras, seremos admitidos à glória dos céus ou condenados ao suplício eterno. Até aí tudo bem, nem é tão difícil a compreensão. Mas a profissão de fé diz que ele julgará os vivos. Como fica? Simples, aqueles que fizerem parte da grande tribulação final e testemunharem sua segunda vinda, conforme lemos na bíblia quando os anjos anunciam isso durante sua ascensão, receberão seu julgamento.

Agora, para encerrarmos a reflexão, vale dirigirmos um olhar confortante para outro detalhe. Com um exemplo a explicação ficará mais bem entendida: Pensemos no fato das pessoas pedirem coisas a Deus por intermédio de suas orações; sabemos que nem tudo que pedimos recebemos e nas sagradas escrituras aprendemos que é porque não sabemos como e o que pedir. Então quando pedimos, Jesus que vê os corações, sabe da intenção do pedido, se é lícita, interesseira ou egoísta; nesse olhar que faz aos nossos corações emite seu julgamento (outra forma de julgamento aos vivos) e concede ou não o que pedimos, se o que pedimos contribuir para a salvação das almas.

Fonte: Jefferson Roger

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terça-feira, 21 de julho de 2020

A alegria de termos um anjo da guarda



Nosso defensor, nosso guarda espadas que não cobra nada por sua assistência constante, embora muitos pensem que não seja bem dessa forma, pois alegam que, quando passam por situações desfavoráveis querem comprovar com isso que anjos não existem, pois se assim o fosse, ele os teria protegido do perigo, evitado o acidente e tantas outras tribulações.

Pois bem, o que as pessoas esquecem é que essa não é a missão principal de um anjo. Sua missão primeira consiste em livrar as pessoas do inferno. O que vem de acréscimo acontece por providência porque Deus vê que isso trará crescimento na santidade.

Salmo 33,8 – “O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva”.

Ademais, somos agraciados sim, com a presença dos anjos, vejamos:

Atos 12,6-16 – “Ora, quando Herodes estava para o apresentar, naquela mesma noite dormia Pedro entre dois soldados, ligado com duas cadeias. Os guardas, à porta, vigiavam o cárcere. De repente, apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado de Pedro, o anjo despertou-o: Levanta-te depressa, disse ele. Caíram-lhe as cadeias das mãos. O anjo ordenou: Cinge-te e calça as tuas sandálias. Ele assim o fez. O anjo acrescentou: Cobre-te com a tua capa e segue-me. Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do anjo. Julgava estar sonhando. Passaram o primeiro e o segundo postos da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito, o anjo desapareceu. Então Pedro tornou a si e disse: Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus. Refletiu um momento e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitos se tinham reunido e faziam oração. Quando bateu à porta de entrada, uma criada, chamada Rode, adiantou-se para escutar. Mal reconheceu a voz de Pedro, de tanta alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, foi anunciar que era Pedro que estava à porta. Disseram-lhe: Estás louca! Mas ela persistia em afirmar que era verdade. Diziam eles: Então é o seu anjo”. Pedro continuava a bater. Afinal abriram a porta, viram-no e ficaram atônitos”.

Como vemos, desde os tempos bíblicos acredita-se na realidade dos anjos do Senhor. Os relatos bíblicos são inúmeros, feliz aquele – como disse Jesus – que crê nas palavras. Nosso presente precioso, um defensor que não mede esforços em nos auxiliar contra as investidas do mal, pronto a nos ouvir, pronto a nos aconselhar, pronto a nos acompanhar, pronto a nos defender, pronto a rezar conosco, pronto a interceder por nós... e alguns ainda acham que eles não possuem papel fundamental em nossas vidas!

Fonte: Jefferson Roger

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segunda-feira, 20 de julho de 2020

Buscai o bem e não o mal



E vivereis; e o Senhor Deus dos exércitos estará convosco, como o dizeis. Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça nas vossas assembleias (Amós 5,14-15). Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares (Efésios 6,12).

Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites. Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço (Romanos 6,12-13).

Ademais, como vemos nessas exortações bíblicas, o esforço precisa ser contínuo, pois a concupiscência presente em cada um é favorável ao demônio, São Tiago vai dizer que ela nos alicia e arrasta para o pecado. São Paulo vai dizer em Romanos 7,18-26 que “eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?... Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à lei de Deus; de outro lado, por minha carne, sou escravo da lei do pecado”.

E nesta reflexão humilde e verdadeira de São Paulo nos encaixamos todos nós, composto de corpo e alma em constante batalha pela salvação da alma. Por isso Jesus nos disse que sem ele nada podemos fazer (João 15,5). Quem quiser fazer um “test-drive” para ver se consegue sem ele, que fique a vontade. Assim como os viciados precisam reconhecerem-se como tal e quererem ajuda para superar o vício, assim também nós, a exemplo da pequenez de Santa Terezinha do Menino Jesus, precisamos nos reconhecer dependentes de Deus para tudo, e isso inclui nossa luta (que deve ser até o sangue – Hebreus 12,4) contra o mal e o pecado.

Fonte: Jefferson Roger

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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Os devotos e a santa missa



Dizia-nos São Leonardo de Porto Maurício, ardoroso apóstolo da Santa Missa, a respeito desta, o seguinte: “Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do Trono de Deus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que Deus costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos.”

Como vemos, sempre será atual esse apontamento sobre o acontecimento que une o céu a terra em nosso tempo presente. Nunca, em hipótese alguma, a santa missa se tornará um evento, como um show, ou ainda receberá um rótulo “profanador”, que a equipare a acontecimentos da vida secular. Missa é uma só, aprovada pelos legítimos pastores da igreja, a qual os fieis têm o direito de receber no ato de suas participações – CDC 214.

Santo Afonso Maria de Ligório nos recorda que “Se tivesses certeza de que perto de tua casa se acha uma rica mina de ouro e que cada dia te é permitido nela entrar meia hora para tirar quanto quiseres, qual não seria o teu contentamento?” [Pois bem], “aviva, porém, a tua fé e lembra-te de que o rei do céu, na santa missa, põe à tua disposição uma mina incomparavelmente mais preciosa, porque contém os merecimentos infinitos de Jesus Cristo, pelos quais pode alcançar todas as graças”.

E os santos continuam em sua catequese nos explicando que não adianta apenas “somar” participações de missa, achando que isso irá resolver alguma coisa, fazer por fazer não resolve nada, vale sempre lembrar que Deus vê o coração.

São Bernardo nos recorda: "Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece assistir devotamente uma só Missa (na igreja), do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a Terra". E para encerrarmos o artigo ficamos com as belas palavras de Santo Agostinho:

“Na hora da morte, as Missas à que houveres assistido [com devoção], serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa, é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Assistindo com devoção à Santa Missa, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo. Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.Diminui o império de satanás sobre ti mesmo. Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível. Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte. Será ratificada no Céu a bênção que do Sacerdote recebes na Santa Missa”.

Fonte: Jefferson Roger

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quinta-feira, 16 de julho de 2020

As chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo



Já sabemos através de revelações privadas que nosso Salvador pretende que suas santas chagas estejam visíveis por toda a eternidade nos céus para que seja memória de quanto ele se sujeito por amor a todos os pecadores. Não foi por uma vã glória, ou para se aparecer, ou para “ficar bem na foto” com Deus Pai.

Nada disso, e mais: suas chagas são de um merecimento infinito!

Portanto, segue que nosso Senhor Jesus Cristo ao manifestar-se à Irmã Maria Marta Chambon, no Mosteiro da Visitação de Santa Maria Chambery, na França, freira falecida em odor de santidade em 21 de março de 1909, encarregou-a de invocar constantemente as suas chagas e de avivar esta devoção no mundo. Aparecendo para ela em toda a beleza de sua ressurreição, disse para a Irmã Marta Chambon:

“Minha filha, eu mendigo, como faria um pobre... Chamo meus filhos um a um. Olho-os com complacência quando vêm a mim. Eu espero-os! Minha filha, nunca deveis ter medo de exagerar na devoção às minhas chagas, porque nunca sereis confundidos, ainda que as coisas pareçam impossíveis. Concederei tudo que me pedirem pela invocação às santas chagas. Obtereis tudo, porque é o mérito do meu sangue, que é de um preço infinito. Com as minhas chagas e com o meu divino coração podeis obter tudo! É preciso espalhar esta devoção.

Contempla-me na cruz: quando estava ali, não olhava nem para os carrascos, nem para os ultrajes, olhava para meu Pai. É assim que deveis cumprir o vosso dever, fazendo o que eu quero sem nenhum olhar para a criatura. Tal como eu, que olhava unicamente para meu Pai. O meu Pai compraz-se na oferta das minhas sagradas chagas. Oferecer as minha chagas ao Pai eterno é oferecer-lhe a sua glória, é oferecer o céu ao céu".

Fonte: Jefferson Roger

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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Ninguém aprende esquecendo



Deuteronômio 8,17-20 – “Não digas no teu coração: a minha força e o vigor do meu braço adquiriram-me todos esses bens. Lembra-te de que ,é o Senhor, teu Deus, quem te dá a força para adquiri-los, a fim de confirmar, como o faz hoje, a aliança que jurou a teus pais. Se, esquecendo-te do Senhor, teu Deus, seguires outros deuses, rendendo-lhes culto e prostrando-te diante deles, desde hoje vos declaro que perecereis com toda a certeza. Como as nações que o Senhor exterminou diante de vós, assim também perecereis vós, se não ouvirdes a voz do Senhor, vosso Deus”.

Jeremias 3,21-23 – “Nas colinas ressoa um clamor: suspiros de súplica dos israelitas, porque seguiram caminhos tortuosos, esquecendo-se do Senhor, seu Deus. Voltai, filhos rebeldes, e eu sanarei (as consequências) de vossas revoltas. Aqui estamos (dizeis), voltamos para vós, porque sois o Senhor, nosso Deus. Em verdade, é ilusório (o culto) nas colinas, as festas tumultuosas nas montanhas; é realmente no Senhor, nosso Deus, que se encontra a salvação de Israel”.

Como vemos, as sagradas escrituras são claras, se aquilo que o Senhor nos ensinou for deixado de lado, esse esquecimento traz sérias consequências para nossas almas. Ademais, sempre é assim que perecemos: deixamos de lado aquilo que aprendemos de Deus, seja intencionalmente ou não; não importa, se nossa “cabecinha dura” começa a trabalhar buscando intenções diferentes das intenções que Deus espera de cada um, fatalmente a ruína será certa.

Vemos isso no dia a dia das pessoas, elas começam uma caminhada para Deus muito fervorosas, depois, vão arrefecendo pelo caminho na medida em que vão dando mais ouvidos para as ofertas do mundo do que para as certezas de Deus. Jesus sempre foi claro, direto e objetivo; suas verdades libertadoras sempre foram duríssimas e algumas até amargas. Lutar contra elas é dar as costas para o “passaporte” de entrada ao paraíso.

Se andamos esquecidos sobre o que os céus estão nos propondo desde o início dos tempos, corramos atrás de retomar nossos caminhos. Não sabemos quanto tempo ainda ele, o altíssimo, nos concede, o tempo sempre urge e raras vezes é ao nosso favor.

Fonte: Jefferson Roger

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domingo, 5 de julho de 2020

Sobre a Virgem Santíssima



Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio dela que ele deve reinar no mundo. Toda a sua vida Maria permaneceu oculta; por isso o Espírito Santo e a igreja a chamam Alma Mater – mãe escondida e secreta. Tão profunda era a sua humildade, que, para ela, o atrativo mais poderoso, mais constante era esconder-se de si mesma e de toda criatura, para ser conhecida somente de Deus.

Para atender os pedidos que ela lhe fez de escondê-la, empobrecê-la e humilhá-la, Deus providenciou para que oculta ela permanecesse em seu nascimento, em sua vida, em seus mistérios, em sua ressurreição e assunção, passando despercebida aos olhos de quase toda criatura humana. Seus próprios parentes não a conheciam; e os anjos perguntavam muitas vezes uns aos outros: quem é esta? (Ct 3,6;8,5) pois que o altíssimo lha escondia; ou , se algo lhes desvendava a respeito, muito mais, infinitamente, lhes ocultava.

Deus Pai consentiu que jamais em sua vida ela fizesse algum milagre, pelo menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder de fazê-los. Deus Filho consentiu que ela não falasse, se bem que lhe houvesse comunicado a sabedoria divina. Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a esposa do Espírito Santo.

Maria é obra-prima por excelência do altíssimo, cujo conhecimento e domínio ele reservou para si. Maria é mãe admirável do filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher, como a uma estrangeira, conquanto seu coração a estimasse e amasse mais que todos os anjos e homens. Maria é a fonte selada (Ct 4,12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só ele pode penetrar. Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os querubins e serafins; e criatura alguma, pura que seja, pode aí penetrar sem um grande privilégio.

Digo com os santos: Maria Santíssima é o paraíso terrestre do novo Adão, no qual este encarnou por obra do Espírito Santo, para aí operar maravilhas incompreensíveis. É o grande, o divino mundo de Deus, onde há belezas e tesouros inefáveis. É a magnificência de Deus, em que ele escondeu, como em seu seio, seu filho único, e nele tudo que há de mais excelente e precioso.

Fonte: São Luiz Maria Grignion de Monfort

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Privados de toda a consolação



Não é dificultoso desprezar as consolações humanas, quando gozamos das divinas. Grande coisa, porém, e mui meritória, é poder estar sem consolação, tanto divina quanto humana, sofrendo de boa mente o desamparo do coração, sem em nada buscar-se a si mesmo, nem atender ao seu próprio merecimento. Que maravilha será estares alegre e devoto, quando te assiste a graça! De todos é almejada esta hora. E mui suave andar, levado pela graça de Deus. E que maravilha não sentir a carga aquele que é sustentado pelo onipotente e acompanhado do guia supremo.

Gostamos de ter qualquer consolação, e é penoso ao homem despojar-se de si mesmo. O glorioso mártir São Lourenço venceu o mundo em união com seu pai espiritual, porque desprezou todos os atrativos do século e sofreu com paciência, por amor de Cristo, que o separassem do sumo pontífice São Xisto a quem ele muito amava! Assim, com o amor de Deus, ele subjugou o amor da criatura, e ao alívio humano preferiu o beneplácito divino. Daí aprende tu a deixar, às vezes, por amor a Deus, um parente ou amigo querido. Nem tanto te aflijas se te abandonar algum amigo, sabendo que todos, finalmente, nos havemos de separar uns dos outros.

Só com renhido e longo combate interior aprende o homem a dominar-se plenamente e pôr em Deus todo o seu afeto. Quando o homem confia em si, facilmente desliza nas consolações humanas. Mas o verdadeiro amigo de Cristo e fervoroso imitador de suas virtudes não se inclina às consolações nem busca tais doçuras sensíveis; antes, procura exercícios austeros e sofre por Cristo trabalhos penosos.

Quando, pois, Deus te mandar consolação espiritual, receba-a com ações de graças, mas lembra-te sempre que é mercê de Deus, e não merecimento teu. Com isto, porém, não te desvaneças, nem te entregues a excessiva alegria ou a vã presunção; sê antes mais humilde pelo dom recebido, mas prudente e timorato em tuas ações, pois passará aquela hora e voltará a tentação. Quando te for tirada a consolação, não desesperes logo; aguarda, pelo contrário, com humildade e paciência, a vista celestial; pois Deus é bastante poderoso para restituir-te maior graça e consolação. Isto não é novo nem estranho aos que são experientes nos caminhos de Deus; porque nos grandes santos e antigos profetas houve muitas vezes esta mudança.

Fonte: Tomás de Kempis

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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Sai o dia e vem a noite



Eclesiástico 40,1-12 – “Uma grande inquietação foi imposta a todos os homens, e um pesado jugo acabrunha os filhos de Adão, desde o dia em que saem do seio materno, até o dia em que são sepultados no seio da mãe comum: seus pensamentos, os temores de seu coração, a apreensão do que esperam, e o dia em que tudo acaba, desde o que se senta num trono magnífico, até o que se deita sobre a terra e a cinza; desde o que veste púrpura e ostenta coroa, até aquele que só se cobre de pano. Furor, ciúme, inquietação, agitação, temor da morte, cólera persistente e querelas. E na hora de repousar no leito, o sono da noite perturba-lhe as ideias. Ele repousa um pouco, tão pouco que é como se não repousasse; e no mesmo sono, como uma sentinela durante o dia, é perturbado pelas visões de seu espírito, como um homem que foge do combate. No momento em que (se julga) em lugar seguro, ele se levanta e admira-se do seu vão temor. Assim acontece a toda criatura, desde os homens até os animais. Mas para os pecadores é sete vezes mais. Além do mais, a morte, o sangue, as querelas, a espada, as opressões, a fome, a ruína e os flagelos foram todos criados para os maus, e foi por causa deles que veio o dilúvio. Tudo o que vem da terra voltará à terra, como todas as águas regressam ao mar. Todo presente e todo bem mal adquirido perecerão; a boa fé, porém, subsistirá eternamente”.

Em tempos como os que vivemos, acabrunhados de problemas e tribulações, precisamos recordar as palavras de Jesus que nos manda mantermos o coração sem perturbações. Isso só é possível se vivermos sob sua paz, não a paz do mundo que já está comprovadamente mostrado ser ineficiente. Em suas orações as pessoas sempre pedem o fim das tribulações e sofrimentos. Todavia a bíblia nos ensina a sofrer e aceitar com resignação aquilo que Deus nos enviar. Seus desígnios são muitas vezes incompreendidos porque as pessoas não associam o que ele nos envia ou permite, por amor, com a dor e sofrimentos.

Se pensam assim, não acreditam que Jesus fez o que fez por todos, por amor. A dor é filha do amor. Os santos pediam em suas orações forças para suportar os sofrimentos, por amor a Deus. Em Fátima, Nossa Senhora pediu aos três pastorinhos (crianças!) se aceitariam de bom grado todos os sofrimentos enviados por Deus para a conversão dos pecadores. Pessoal! – crianças de sete, oito e dez anos! Nós não temos desculpas. Por isso Jesus se queixou aos apóstolos se iria encontrar alguém com fé quando do seu retorno glorioso.

As pessoas não lidam com a vida em sua totalidade, querem separar a incerteza da vida, dia após dia, com a certeza da morte em certo dia; querem separar de suas vidas as dores advindas e queridas por Deus, como se elas não combinassem com o amar. Mas amar, como Deus nos pede não é amar como o mundo ensina, por isso as pessoas querem fugir das purificações divinas. E se essa pandemia for seguida por consequências maiores ainda? E se caminhamos pela época da grande tribulação? Muitos pedem as coisas e quando rezam pedindo que seja feita a vontade de Deus na oração do pai nosso, inconscientemente ou propositalmente, só desejam as coisas boas; Deus provê as coisas necessárias. Nossa realidade é muito diferente dessa vida de parque de diversões que o mundo insiste em pregar e que nem pode manter.

Fonte: Jefferson Roger

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Ser amigo de Jesus



Quando Jesus está presente, tudo é suave e nada parece dificultoso; mas, quando Jesus está ausente, tudo se torna penoso. Quando Jesus não fala ao coração, nenhuma consolação tem valor; mas se Jesus fala uma só palavra, sentimos grande alívio. Porventura não se levantou logo Maria Madalena do lugar onde chorava, quando Marta lhe disse: O mestre está aí e te chama? Hora bendita, quando Jesus te chama das lágrimas para o gozo do espírito! Que seco e árido és sem Jesus! Que néscio e vão, se desejas outra coisa, fora de Jesus! Não será isto maior dano do que se perdesse o mundo inteiro?

Que te pode dar o mundo sem Jesus? Estar sem Jesus é terrível inferno, estar com Jesus é doce paraíso. Se Jesus estiver contigo, nenhum inimigo te pode ofender. Quem acha a Jesus acha precioso tesouro, ou, antes, o bem superior a todo bem; quem perde a Jesus perde muito mais do que se perdesse a todo o mundo. Paupérrimo é quem vive sem Jesus, e riquíssimo quem está bem com Jesus.

Grande arte é saber conversar com Jesus, e grande prudência conserva-lo consigo. Sê humilde e pacífico, e contigo estará Jesus; sê devoto e sossegado, e Jesus permanecerá contigo. Depressa podes afugentar a Jesus e perder a sua graça, se te inclinares às coisas exteriores; e se o afastas e o perdes, aonde irás e a quem buscarás por amigo? Sem amigo não podes viver, e se não for Jesus teu amigo acima de todos, estarás mui triste e desconsolado. Logo, loucamente procedes, se em qualquer outro confias e te alegras. Antes ter o mundo por adversário, que ofender a Jesus. Acima de todos os teus amigos seja, pois, Jesus amado dum modo especial.

Sê livre e puro no teu interior, sem apego a criatura alguma. É mister desprenderes-te de tudo e ofereceres a Deus um coração puro, se queres sossegar e ver como é suave o Senhor. E, com efeito, tal não conseguirás, se não fores prevenido e atraído por sua graça, de modo que, deixando e despedindo tudo mais, com ele só estejas unido. Pois, quando lhe assiste a graça de Deus, de tudo é capaz o homem; e quando ela se retira, logo fica pobre e fraco, como que abandonado aos castigos. Ainda assim, não deves desanimar nem despertar, antes resignar-te na vontade de Deus, e sofrer tudo que te acontecer, por honra de Jesus; pois ao inverno sucede o verão, depois da noite volta o dia, e após a tempestade reina a bonança.

Fonte: Tomás de Kempis

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São Tomé



Foi um dos doze apóstolos de Jesus. Era israelita. Seu nome consta na lista dos quatro evangelistas. O evangelho de São João dá-lhe grande destaque. Em João 11,16, ele incita os discípulos a seguirem Jesus e morrerem com ele na Judeia: Tomé, chamado Dídimo, disse então aos discípulos: vamos também nós, para morrermos com ele! É ele que pergunta a Jesus, durante a última ceia, sobre o caminho que conduz ao pai: Tomé lhe diz: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim.

Tomé encontrou Jesus ressuscitado. Audacioso e generoso, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor. Oito dias depois, achavam-se os discípulos dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: a paz esteja convosco! Disse depois a Tomé: põe teu dedo aqui e vê minhas mãos” Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! Respondeu-lhe Tomé: meu Senhor e meu Deus!

Prece do dia:

Ó São Tomé, vos trazemos um canto alegre de louvor.

Da simples arte de pescar, Jesus aos cimos vos levou.

Ao seu chamado obedecendo, com vosso irmão tudo deixastes, e do seu nome e do verbo ardente arauto vos tornastes.

Ó testemunha fulgurante da mão direita do Senhor, vedes no monte a glória eterna, no horto vedes a sua dor.

E quando a taça do martírio chamou por vós, pronto atendestes, como primeiro entre os apóstolos pelo Senhor dela bebestes.

Fiel discípulo de Cristo, da luz do céu semeador, iluminai os corações pela esperança, fé e amor.

Dai-nos seguir com prontidão a Jesus Cristo e seus preceitos, para podermos, junto a vós, cantar-lhe o hino dos eleitos.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Adorar a Jesus



Nosso Senhor Jesus Cristo, segunda pessoa da Santíssima Trindade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, caminho verdade e vida, aonde ninguém vai ao pai senão por ele, é nossa pedra angular, o justo juiz, que irá nos conceder o prêmio ou a sentença. Não se sabe na história da humanidade que alguém que tenha recorrido a ele tenha ficado desamparado, desconsolado.

Ele sempre nos atende, não significa que sempre nos concede, pois sabe do que precisamos, que é sempre em dose maior do que queremos. Porém, quanto mais conformes a sua vontade, mais recebemos o que queremos porque superamos as coisas que passam e passamos a desejar as coisas do alto.

Que ninguém comungue do Senhor sem antes adora-lo nos diziam os santos. A proximidade com Deus deve ser única e somente. Nada de nos aproximarmos dos outros deuses representados pelas diversas idolatrias presentes nos mundo.

Baruc 6,5 – “Quando virdes a multidão comprimir-se em torno deles [falsos deuses] para adorá-los, dizei no silêncio de vossos corações: É somente a vós, Senhor, que devemos adorar”.

E esse dever é uma realidade de quem pelo batismo tornou-se filho do altíssimo:

João 4,23-24 – “Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade”.

Fonte: Jefferson Roger

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Amar a Jesus



Bem-aventurado aquele que compreende o que seja amar a Jesus e desprezar-se a si por amor de Jesus. Por esse amor deves deixar qualquer outro, pois Jesus quer ser amado acima de tudo. O amor da criatura é enganoso e inconstante; o amor de Jesus é fiel e inabalável. Apegado à criatura, cairás com ela, que é instável; abraçado com Jesus, estarás firme para sempre. A ele ama e guarda como amigo que não te desamparará, quando todos te abandonarem, nem consentirá que pereças na hora suprema. De todos te hás de separar um dia, quer queiras, quer não.

Conchega-te a Jesus na vida e na morte; entrega-te à sua fidelidade, que só ele te pode socorrer, quando todos te faltarem. Teu amado é de tal natureza, que não admite rival: ele só quer possuir teu coração e nele reinar como rei em seu trono. Se souberes desprender-te de toda criatura, Jesus acharia prazer em morar contigo. Quando confiares nos homens, fora de Jesus, verás que estás perdido. Não te fies nem te firmes na cana movediça: porque toda a carne é feno, e toda a sua glória fenece como a flor do campo.

Facilmente serás enganado, se olhares para as aparências dos homens. Se procuras alívio e proveito nos outros, quase sempre terás prejuízo. Procura a Jesus em todas as coisas, e Jesus acharás. Se te buscas a ti mesmo, também te acharás, mas para a tua ruína. Pois o homem que não busca a Jesus é mais nocivo a si mesmo que todo o mundo e seus inimigos todos.

Fonte: Tomás de Kempis

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Santo Otão



Foi Bispo de Bamberg e é chamado o apóstolo da Pomerânia. Nasceu na Suábia, Alemanha, e viveu no século XII. Órfão de pai e mãe, enfrentou várias dificuldades para custear seus estudos. Mesmo assim conseguiu formar-se em filosofia e ciências humanas. Partiu então para a Polônia a fim de ganhar a vida naquele país. Aos poucos, foi-se estabelecendo, chegando a fundar ali uma escola que granjeou fama e lhe rendeu bons proventos.

Tornou-se conhecido e estimado na corte polonesa e amigo e conselheiro do imperador, que o nomeou bispo de Bamberg. Santo Otão, entretanto, somente ficou com a consciência tranquila quando foi sagrado bispo pelas mãos do papa Pascoal, por volta do ano de 1106.

É considerado o evangelizador na Pomerânia, fundando ali numerosos mosteiros. Apoiado por Boleslau, duque da Polônia, que havia subjugado a região, e por Vratislau, duque cristão da Pomerânia, percorreu todas as cidades, instruindo os gentios e batizando os que aderiram à fé, intercedendo junto ao príncipe  pela liberdade dos prisioneiros, chamando todos a abandonar os ídolos e a se converter ao Deus de Jesus Cristo. Espalhou missionários por toda a Pomerânia.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, cantamos a vossa glória e louvamos o vosso nome.

Vós sois a rocha em que buscamos apoio e proteção. Que suba até vós este canto: escutai, ó céus, e eu falarei; ouve, ó terra, as palavras de minha boca;  minha doutrina desça como chuva, minha palavra se espalhe como orvalho; como chuvisco sobre a relva e aguaceiro sobre a grama. Vou proclamar o nome do Senhor: e vós, daí glória ao nosso Deus! Ele é a Rocha, e sua obra é perfeita, pois seus caminhos todos são justos; ele é um Deus fiel, sem justiça, ele próprio é justiça e retidão.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

A Bênção do Santíssimo



Em alguns lugares do mundo, apesar da pandemia, as autoridades não fecharam as portas das igrejas e ainda acontecem, com os devidos cuidados sanitários e profiláticos para se evitar a propagação do vírus, as santas missas. São lugares de grande fervor cristão, a missa não é apenas a celebração deste acontecimento que une o céu a terra e pronto; muito mais que isso. Como em costumes e épocas antigas, existe uma preparação antes e depois uma atividade de ação de graças.

Por não se tratar de acontecimento ordinário e mundano, nada mais justo. Não pode ser aquela correria participar de uma santa missa; nela mergulhamos no mistério da fé, na atualização incruenta do calvário e, a exemplo de Maria Santíssima, participamos com o devido espírito que nos une à cruz de Cristo.

Primeiro a récita do Santo terço (dois grupos de mistérios), depois a missa e depois, a ladainha de Nossa Senhora seguida de meia hora de adoração ao Santíssimo com a sua bênção. Com um tempo total de quase três horas de duração, em média, é possível perceber no olhar dos fiéis a sede pelas coisas de Deus. Não existe preço unir-se ao salvador do mundo de uma forma tão singular como as que podemos colocar em nossas práticas religiosas.

Se amamos a Deus e queremos estar com ele na eternidade, então aceitamos de bom grado as purificações que eles nos manda por amor. Sofremos com a mesma alegria que os apóstolos sofreram por pregarem o evangelho e darem testemunho do Cristo. Afinal, se lemos nas sagradas escrituras que temos que imitar Jesus, longe de nós passa a atitude de acovardar-se ou relativizar a importância de Deus em nossas vidas.

Assim deve ser a postura do cristão, saber pedir é fácil, agradecer também, mas colocar a mão no arado, não olhar para trás e renunciar-se a si mesmo, tomando dia após dia sua cruz e seguir Jesus, aí se trata de outro nível de comprometimento. Lemos no evangelho que Deus irá nos “peneirar”; não podia ser mais bem colocado pelo ressuscitado; e esta peneira que nos separa do paraíso é “bem fina”.

Fonte: Jefferson Roger

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A alegria da boa consciência



A glória do homem virtuoso é o testemunho da boa consciência. Conserva pura a consciência, e sempre terás alegria. A boa consciência pode suportar muita coisa e permanece alegre, até nas adversidades. A má consciência anda sempre medrosa e inquieta. Suave sossego gozarás, se de nada te acusar o coração. Não te dês por satisfeito, senão quando tiveres feito algum bem. Os maus nunca têm verdadeira alegria nem sentem paz interior; pois não há paz para os ímpios, diz o Senhor. E se disserem: vivemos em paz, não há mal que nos possa acontecer, e quem ousará ofender-nos? – não lhes dês crédito, porque de repente levantar-se-á a ira de Deus, e então as suas obras serão aniquiladas e frustrados seus intuitos.

A quem ama não é dificultoso gloriar-se na tribulação; pois gloriar-se assim é gloriar-se na cruz do Senhor. Pouco dura a glória que os homens dão e recebem. A glória do mundo anda sempre acompanhada de tristeza. A glória dos bons está na própria consciência, e não na boca dos homens. A alegria dos justos é de Deus e em Deus, a sua alegria procede na verdade. Quem deseja a glória temporal ou não a despreza de todo, mostra que pouco ama a celestial. Grande tranquilidade do coração goza aquele que não faz caso de elogios nem de censuras.

É fácil estar contente e sossegado, tendo a consciência pura. Não é mais santo porque te louvam, nem mais ruim porque te censuram. És o que és, nem te podem os louvores fazer maior do que és aos olhos de Deus. Se considerares o que és no teu interior, não farás caso do que te dizem os homens. O homem vê o rosto, Deus o coração. O homem nota os atos, mas Deus pesa as intenções. Proceder sempre bem e ter-se em pequena conta é indício de uma alma humilde. Rejeitar toda consolação das criaturas é sinal pureza e confiança interior.

Aquele que não procura o testemunho favorável dos homens mostra que está todo entregue a Deus. Porque, como diz São Paulo, não é aprovado aquele que a si próprio recomenda, mas aquele que é recomendado por Deus. Andar recolhido no interior com Deus, sem estar preso a alguma afeição humana, é próprio do homem espiritual.

Fonte: Tomás de Kempis

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Marco Túlio Maruzzo



Marco Túlio nasceu em Lapio de Arcugmano, em 1930, Itália. Logo após a ordenação, veio para a Guatemala. Exerceu grande parte do seu ministério na diocese de Izabal e , finalmente, em Quirigua e Los Amates.

Coordenador geral das comunidades eclesiais de base, padre Túlio visitava a pé ou a cavalo os núcleos de evangelização, animando os cristãos na fé e levando-os a um compromisso sério com o evangelho. Foi assassinado no dia 1º de julho de 1981, juntamente com Obdulio, seu motorista e catequista.

Sua morte, como a de tantos outros, é uma consequência da luta evangélica contra o sistema de morte que privilegia uma pequena camada da sociedade e condena ao “inferno” a grande maioria dos sem-voz e sem-vez. Em 1981, ano em que padre Túlio foi morto, 80% do povo da Guatemala vivia em condições desumanas; 81% das crianças estavam condenadas à desnutrição. De 100 crianças, 35 morriam antes de completarem 5 anos de idade.

Sob a alegação de “comunistas”, “subversivos”, “guerrilheiros”, o governo justificava o terror, a tortura, o massacre dos que lutavam para mudar tal situação.

Prece do dia:

Deus, nosso Pai, vosso povo é perseguido porque luta pela justiça e, seguindo o exemplo do mestre Jesus, opõe-se a um sistema que reprime, viola os direitos fundamentais da pessoa, sacrificando populações inteiras aos deuses dos privilégios, dos lucros, do poder, sempre ávidos de sangue.

Ensinai-nos, Senhor, que não basta sermos cristãos no fundo de nosso coração, mas que é preciso agirmos publicamente como cristãos.

Ajudai-nos a compreender que a solução de nossos problemas passa pela comunidade que se organiza e busca na palavra o discernimento para a sua luta em favor do reino.

Fonte: Os Santos de Cada Dia – J. Alves

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