Não só em tempos de necessidades, ou como o tempo em que estamos passando. Todavia, sabe-se que a oração tem maior valor na tribulação, pois isso move a pessoa a retirar forças das entranhas da alma e do coração entoando em tom de verdadeira e sincera súplica seus pedidos a Deus.
No entanto é preciso ter cuidado para que os pedidos não sejam contraditórios; vamos entender.
O sujeito quando reza o “Pai Nosso” pede a Deus que “seja feita a vontade dele”. Muito bem, através desse pedido a pessoa se coloca sob sua vontade, renuncia-se a si mesmo (Lucas 9,23) e se dispõe a servi-lo por amor. Então, por sua vontade Deus envia uma tribulação para que seu filho cresça no amor, na fé e na santidade – verdadeira dádiva de Deus – e o que essa pessoa faz? Sai correndo a rezar pedindo que Deus a livre desse “infortúnio”.
Percebem a contradição? Eis o teor católico; aquilo que é católico abraça a totalidade. Como cristão não podemos escolher uma parte e deixar a outra de fora. Ou aceitamos que seja feita a vontade de Deus (toda ela) ou não, não dá para escolher qual parte aceitar. Claro, não sejamos ingênuos, de fato os sofrimentos são ruins mesmo, mas o Cristo nos ensinou que são necessários. Esse é um passo bem difícil de se dar na fé: passar nessa vida pelas dores de parto para sair do outro lado cobertos pela glória celeste. O que devemos é pedir forças para suportarmos o que Deus nos envia e nos mantermos na paz do Senhor.
Romanos 12,12 – “Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração”.
Tiago 1,2-4 – “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma”.
1ª Pedro 4,12-13 – “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória”.
Fonte: Jefferson Roger
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