E vivereis; e o Senhor Deus dos exércitos estará convosco, como o dizeis. Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça nas vossas assembleias (Amós 5,14-15). Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares (Efésios 6,12).
Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites. Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço (Romanos 6,12-13).
Ademais, como vemos nessas exortações bíblicas, o esforço precisa ser contínuo, pois a concupiscência presente em cada um é favorável ao demônio, São Tiago vai dizer que ela nos alicia e arrasta para o pecado. São Paulo vai dizer em Romanos 7,18-26 que “eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?... Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à lei de Deus; de outro lado, por minha carne, sou escravo da lei do pecado”.
E nesta reflexão humilde e verdadeira de São Paulo nos encaixamos todos nós, composto de corpo e alma em constante batalha pela salvação da alma. Por isso Jesus nos disse que sem ele nada podemos fazer (João 15,5). Quem quiser fazer um “test-drive” para ver se consegue sem ele, que fique a vontade. Assim como os viciados precisam reconhecerem-se como tal e quererem ajuda para superar o vício, assim também nós, a exemplo da pequenez de Santa Terezinha do Menino Jesus, precisamos nos reconhecer dependentes de Deus para tudo, e isso inclui nossa luta (que deve ser até o sangue – Hebreus 12,4) contra o mal e o pecado.
Fonte: Jefferson Roger
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