Muitos gostam de enfatizar o lado misericordioso de Jesus; como exemplo podemos destacar o que se recita em dois terços dirigidos à sua misericórdia. Num, dizemos: “pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”; no outro, dizemos: “meu Jesus, perdão e misericórdia, pelos méritos de vossas santas chagas”.
Pois bem, não há nada de errado nisso, até porque tudo que vem de Jesus tem para nós um valor infinito! A dívida impagável por conta de nossa natureza, já que foi uma ofensa ao Santíssimo Deus, só poderia ser sanada por alguém com a “envergadura” de Cristo. Todavia, a fé que o católico professa, tem consciência de que Jesus é misericordioso, mas também é justo juíz.
A profissão de fé diz em alto e bom tom que “donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”. E sabemos que seu julgamento será pautado em nossas obras – Apocalipse 22,12. Muito bem, vale aqui um lembrete, pois existe um detalhe interessante nesse julgamento de Jesus: ele ocorre sempre, acompanhemos.
Sabemos que quando morremos iremos passar pelo crivo da justiça divina e, por conta de nossas obras, seremos admitidos à glória dos céus ou condenados ao suplício eterno. Até aí tudo bem, nem é tão difícil a compreensão. Mas a profissão de fé diz que ele julgará os vivos. Como fica? Simples, aqueles que fizerem parte da grande tribulação final e testemunharem sua segunda vinda, conforme lemos na bíblia quando os anjos anunciam isso durante sua ascensão, receberão seu julgamento.
Agora, para encerrarmos a reflexão, vale dirigirmos um olhar confortante para outro detalhe. Com um exemplo a explicação ficará mais bem entendida: Pensemos no fato das pessoas pedirem coisas a Deus por intermédio de suas orações; sabemos que nem tudo que pedimos recebemos e nas sagradas escrituras aprendemos que é porque não sabemos como e o que pedir. Então quando pedimos, Jesus que vê os corações, sabe da intenção do pedido, se é lícita, interesseira ou egoísta; nesse olhar que faz aos nossos corações emite seu julgamento (outra forma de julgamento aos vivos) e concede ou não o que pedimos, se o que pedimos contribuir para a salvação das almas.
Fonte: Jefferson Roger
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